As Bahamas são
um país formado por mais de 700 ilhas, ilhotas e ilhéus no Oceano Atlântico e
com população reduzida, pouco acima de 350 mil habitantes. Participa dos Jogos
Olímpicos desde a edição de 1952, realizada em Helsinque, Finlândia, e obteve
sua primeira medalha olímpica já em 1956, em Melbourne, Austrália. Porém, suas
primeiras medalhas ocorreram entre 1956 e 1964 e vieram da Vela, mas a partir
dos anos 90 do Século XX o país passou a conquistar medalhas no Atletismo,
mirando-se nos exemplos da Jamaica e de Trinidad e Tobago. Desde então, o país
acumula 12 medalhas, 5 de ouro, 2 de prata e 5 de bronze, sendo 10 delas
oriundas do Atletismo. Pelo seu tamanho, o desempenho das Bahamas é bastante
significativo, superando países bem mais populosos, como Paquistão, Venezuela,
Colômbia, Peru, Arábia Saudita, Bangladesh, dentre outros. Em 1956, em
Melbourne, Austrália, Bahamas obteve sua primeira medalha olímpica com os
velejadores Durward Knowles e Sloane Farrington, que ficaram em terceiro lugar
na classe Star, atrás dos representantes dos EUA, medalhistas de ouro, e da
Itália, medalhistas de prata. Knowles e Farrington marcaram 5.223 pontos,
ficando mais de 600 pontos atrás dos norte-americanos. Em 1960, Bahamas não
obteve qualquer medalhas, mas voltou com força em 1964, em Tóquio, Japão, para
conquistar a primeira medalha olímpica de ouro de sua história. O feito
novamente ocorreu na Vela e dessa vez Durward Knowles esteve acompanhado por
Cecil Cooke. Knowles e Cooke marcaram 5.664 pontos, superando os
norte-americanos, medalhistas de prata, por apenas 79 pontos de diferença.
Ambos se tornaram os primeiros campeões olímpicos da história das Bahamas, que
continuou competindo nos Jogos Olímpicos, a exceção de 1980, quando apoiou o
boicote dos EUA aos Jogos de Moscou, mas somente retornou ao pódio nos anos 90.
Em 1992, em Barcelona, as Bahamas quebraram um jejum de 28 anos sem medalha
olímpica ao obterem uma medalha de bronze no Atletismo, com Frank Rutherford,
terceiro colocado na prova masculina de Salto Triplo. Rutherford alcançou a
marca de 17.36m e acabou superando o soviético Leonid Voloshin, prata no
mundial de 1991, que marcou 17.32m. A medalha de ouro ficou com o
norte-americano Michael Conley, com um fantástico resultado de 18.17m, ajudado
pelo vento de apenas 2.1 m/s. O resultado de Rutherford teve muito significado
para as Bahamas, que iniciaram uma forte tradição nas competições olímpicas de
Atletismo. Em 1996, em Atlanta, EUA, as Bahamas novamente conquistaram uma
medalha no Atletismo, dessa vez a medalha de prata da prova feminina de
revezamento 4x100m. A equipe formada por Debbie Ferguson, reserva, Eldece Clarke-Lewis,
Chandra Sturrup, Savatheda Fynes e Pauline Davis-Thompson registrou a marca de
42.14s, perdendo apenas para os EUA, campeões em 41.95s. Foi a primeira
conquista olímpica por mulheres das Bahamas. Em 2000, em Sidney, Austrália, as
Bahamas registraram o melhor desempenho de sua história olímpica ao conquistar
um total de 3 medalhas, 2 de ouro e 1 de bronze, todas em provas de Atletismo.
A equipe feminina de revezamento 4x100m, formada por Savatheda Fynes, Chandra
Sturrup, Pauline Davis-Thompson, Debbie Ferguson e Eldece Clarke-Lewis, reserva,
obteve a medalha de ouro com a marca de 41.95s, batendo a Jamaica por 0.18s.
Foi a primeira conquista de medalha olímpica de ouro por competidoras das
Bahamas. Pauline Davis-Thompson, por sua vez, ficou em segundo lugar na prova feminina
de 200m, com a marca de 22.27s. A campeã foi a norte-americana Marion Jones, em
21.84s. Porém, a norte-americana Jones foi desclassificada posteriormente por
uso de doping e Davis-Thompson foi elevada à posição de medalhista de ouro. A
medalha de bronze foi obtida pela equipe masculina de revezamento 4x400m,
formada por Avard Moncur, Troy McIntosh, Carl Oliver e Chris Brown, que
registrou a marca de 2:59.23 min. Originariamente, a equipe havia terminado
apenas na quarta posição, mas o norte-americano Antonio Pettigrew, integrante
da equipe dos EUA, medalhista de ouro, confessou, em 2008, ter utilizado doping
e a equipe acabou desclassificada. Porém, o resultado oficial só foi modificado
em 2012 e as Bahamas foram elevadas para a terceira posição. Em 2004, em
Atenas, Grécia, as Bahamas continuaram obtendo medalhas, e sempre no Atletismo.
Dessa vez o país obteve 2 medalhas, uma de ouro e uma de bronze, em provas
femininas. Tonique Williams-Darling conquistou a medalha de ouro da prova de
400m com a marca de 49.42s, superando a mexicana Ana Guevara, prata com 49.56s.
Já a medalha de bronze foi conquistada por Debbie Ferguson na distância de
200m, com um resultado de 22.30s, sendo que a campeã da prova, a jamaicana
Veronica Campbell, registrou a marca de 22.05s. Em 2008, em Beijing, China, as
Bahamas conquistaram mais duas medalhas, uma de prata e uma de bronze, ambas no
Atletismo, ficando fora da primeira posição do pódio. A equipe masculina de
revezamento 4x400m, formada por Andretti Bain, Michael Mathieu, Andrae Williams
e Chris Brown, obteve a medalha de prata com um resultado de 2:58.03 min, sendo
superada apenas pelos EUA, campeões com a marca de 2;55.39 min. A medalha de
bronze foi obtida por Leevan Sands, na prova masculina de Salto triplo, assim
como Rutherford fez em 1992. Sands registrou o excelente resultado de 17.59m,
recorde nacional na época, superando o cubano Arnie David Giralt por 0.07m de
diferença. Em 2012, em Londres, Bahamas obteve apenas uma medalha, mas voltou a
frequentar o local mais alto do pódio. A equipe de revezamento 4x400m, formada
por Chris Brown, Demetrius Pinder, Michael Mathieu e Ramon Miller, obteve a
medalha de ouro com a marca de 2:56.72 min, superando a tradicional equipe dos
EUA, que ficou com a medalha de prata, marcando 2:57.05 min. O resultado das
Bahamas foi muito significativo pois os EUA não sofriam uma derrota na pista,
nesta prova, desde 1952, quando a equipe jamaicana, contando com astros como
George Rhoden, Arthur Wint e Herbert McKenley, obteve a medalha de ouro. As
Bahamas conseguiram estabelecer uma importante tradição ns provas de Atletismo
e vem conseguindo evoluir significativamente no quadro geral de medalhas.
Atualmente,. sua força no Ateltismo, ainda que modesta diante de EUA, Etiópia,
Quênia ou Jamaica, é uma realidade que vem se perpetuando através dos tempos.
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