domingo, 17 de fevereiro de 2013

ISRAEL - ANÁLISE





Israel é um país localizado no Oriente Médio, no continente asiático, com população de cerca de 7,9 milhões de habitantes. Encontra-se no centro de grande tensão política com seus vizinhos árabes, o que o coloca sempre nos noticiários internacionais. Nos Jogos Olímpicos, o país nunca teve uma boa projeção esportiva e iniciou sua participação como país inependente a partir de 1952, em Helsinque, Finlândia. Entretanto, em 1933, teve seu Comitê Olímpico Nacional formado, quando da ocupação britânica na Palestina. Porém, a delegação que iria representar os judeus nos Jogos, acabou optando pelo boicote por não concordar com as práticas antisemitas de Adolf Hitler, então no comando da Alemanha Nazista, que receberia os Jogos em 1936. Infelizmente, Israel é mais conhecido dentro do cenário olímpico por causa do atentado terrorista, promovido pelo grupo árabe Setembro Negro, que vitimou 11 de seus participantes nos Jogos de 1972, em Munique, então Alemanha Ocidental. Desde 1952, Israel esteve ausente apenas da edição de verão de 1980, quando optou por apoiar seu maior aliado, os EUA, que incentivaram um boicote aos Jogos de Moscou em represália à invasão do Afeganistão por tropas soviéticas. Já nas edições de inverno, Israel estreiou em 1994, em Lillehammer, Noruega, e desde então sempre esteve presente. O país possui apenas 7 medalhas olímpicas, uma de ouro, uma de prata e 5 de bronze, todas em edições de verão, tendo chegado ao pódio pela primeira vez somente em 1992, em Barcelona, Espanha. Naquele ano, obteve 2 medalhas,  1 de prata e 1 de bronze, no Judô. Yael Arad, na categoria feminina até 61 kg, obteve a medalha de prata e se tornou a primeira competidora de Israel a obter uma medalha olímpica. Arad iniciou sua participação já nas oitavas-de-finais, batendo a espanhola Gómez Martín. Nas quarta-de-finais, derrotou a tcheca Jánosiková. Na semifinal, passou pela alemã Frauke Eickhoff, por ippon, e garantiu ao menos a medalha de prata, tornando-se a primeira pessoa a obter uma medalha olímpica por Israel. Na final, porém, Arad não conseguiu superar a francesa Catherine Fleury e teve que se contentar com a medalha de prata. Já a medalha de bronze foi obtida por Shay Oren Smadga, na categoria masculina até 71 kg. Smagda, que alguns escrevem Smadja, iniciou sua campanha com uma vitória sobre Taher, do Djibuti, na segunda rodada, por ippon em 9 segundos. Nas oitavas-de-finais, obteve outro ippon, dessa vez diante do britânico Cusack, em 50 segundos. Nas quartas-de-finais, acabou derrotado pelo sul-coreano Sehoon Chung, por ippon, em 27 segundos. Na repescagem, derrotou o italiano Sulli e o mongol Boldbataar por ippon. Na decisão da medalha de bronze, superou o alemão Steffan Dott, por ippon. Em 1996, em Atlanta, EUA, Israel obteve apenas uma medalha de bronze, dessa vez na Vela, feito de Gal Fridman, que ficou em terceiro lugar na classe Prancha a Vela. Fridman somou 21 pontos perdidos, ficando à frente do neozelandês Aaron McIntosh, que terminou com 27 pontos perdidos. A medalha de ouro ficou com o grego Kaklamanakis, com 17 pontos perdidos, e a de prata com o argentino Carlos Espínola, com 19 pontos negativos. Em 2000, em Sidney, Austrália, Israel novamente ficou com apenas uma medalha de bronze. O feito coube a Michael Kolganov, da Canoagem, terceiro colocado na prova de K1-500m. Kolganov marcou 1:59.563 min, ficando á frente do húngaro Vereckei (2:00.145 min), mas atrás do búlgaro Merkov, prata, e do norueguês Holmann, ouro em 1:57.847 min. Em 2004, em Atenas, Grécia, Israel realizou a melhor campanha olímpica de sua história ao conquistar 2 medalhas, 1 de ouro e 1 de bronze. A medalha de ouro, a primeira e única de sua história até o momento, foi obtida pelo velejador Gal Fridman na prova de Prancha a Vela. Fridman somou 42 pontos negativos, superando facilmente o segundo colocado, o grego Kaklamanakis, campeão em 1996, por 10 pontos de diferença. Já a medalha de bronze foi obtida pelo judoca Ariel Zeevi, na categoria masculina até 100 kg. Zeevi superou o brasileiro Sabino na primeira rodada. Depois, passou pelo italiano Monti nas oitavas-de-finais. Nas quartas-de-finais, acabou perdendo para o sul-coreano Sungho Jang. Na repescagem, derrotou Moussima, de Camarões, e o francês Lemaire. Na decisão pela medalha de bronze, superou o holandês Elco van der Geest. Em 2008, nos Jogos Olímpicos de Beijing, China, Israel obteve apenas uma medalha de bronze, na Vela, com Shahar Zubari, que ficou em terceiro lugar na Prancha, com 58 pontos perdidos, superado pelo neozelandês Tom Ashley (52 pp) e pelo francês Julien Bontemps (53 pp). Zubari, que alguns escrevem Tzuberi, superou o britânico Nick Dempsey por apenas 2 pontos de vantagem. Em 2012, nos Jogos Olímpicos de Londres, Reino Unido, Israel não conseguiu subir no pódio em nenhuma prova, quebrando uma sequência de 5 Jogos Olímpicos obtendo alguma medalha. Curiosamente, Israel é um país excessivamente militarizado, mas não consegue traduzir tal habilidade para o cenário olímpico. Poder-se-ia esperar que o país obtivesse medalhas em esportes de combate e no Tiro ao Alvo, mas apenas o Judô já alcançou o pódio. Não há previsão de que Israel realize melhores campanhas nos próximos Jogos Olímpicos. Suas expectativas de medalha são reduzidíssimas. Ao menos, espera-se que consiga novamente chegar ao pódio.  





quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

MOLDÁVIA - ANÁLISE





A Moldávia é um pequeno país europeu de população de cerca de 3,5 milhões de habitantes. Esteve vinculado à antiga União Soviética mas declarou sua independência em 27 de Agosto de 1991, antes do esfacelamento da antiga URSS. Participou dos Jogos Olímpicos como integrante da antiga União Soviética de 1952 a 1988, competindo também em 1992 na Equipe Unificada. A partir de 1994, nos Jogos Olímpicos de Inverno em Lillehammer, Noruega, passou a competir como país independente e desde então disputou todas edições olímpicas de verão e de inverno. Neste período, a Moldávia conquistou um total de 7 medalhas olímpicas, 2 de prata e 5 de bronze, nenhuma de ouro e todas nas edições de verão. De 1996 a 2012, só ficou de fora do pódio em 2004, em Atenas, Grécia. Em 1996, em Atlanta, EUA, o país estreiou nos Jogos de Verão de forma independente e já obteve 2 medalhas, uma de prata e uma de bronze. A medalha de prata foi obtida na Canoagem pelos atletas Nikolai Juravschi e Victor Reneyskiy, que ficaram em segundo lugar na final da prova de canoa dupla na distância de 500m. A dupla marcou 1:40.456 min, ficando atrás da Hungria por apenas 0.036s de diferença. Juravschi e Reneyskiy haviam sido campeões olímpicos nas provas de canoa dupla nas distâncias de 500m e 1000m pela antiga União Soviética nos Jogos Olímpicos de 1988, em Seul, Coreia do Sul. A medalha de bronze foi obtida por Serguei Moureiko na categoria até 130 kg do torneio masculino de Luta Greco-romana. Moureiko bateu o romeno Amariei na primeira rodada (12-1), perdeu para o russo Karelin na segunda rodada (0-2), derrotou o estoniano Hallik na terceira rodada (4-0) e o sueco Johansson na quarta rodada (3-0). Na quinta rodada, massacrou o japonês Suzuki (11-0) e na sexta obteve uma boa vitória diante do alemão Schiekel (5-0). Na decisão da medalha de bronze, passou pelo ucraniano Petro Kotok por 1-0. Em 2000, em Sidney, Austrália, a Moldávia repetiu seu desempenho de quatro anos antes, com 2 medalhas, uma de prata e outra de bronze. A medalha de prata foi conquistada pelo atirador Oleg Moldovan, que ficou em segundo lugar na prova masculina de alvo móvel. Moldovan marcou 681.0 pontos, perdendo para o chinês Yang Ling por apenas 0.1 ponto de diferença. A medalha de bronze foi obtida pelo boxeador Vitalie Grusac, que passou pelo etíope Aregawi por WO na primeira rodada, pelo uzbeque Sherzod Hussanov nas oitavas-de-finais (13-7), pelo turco BülentUlusoy nas quartas-de-finais (19-10), garantindo ao menos a medalha de bronze. Porém, nas semifinais, foi fortemente derrotado pelo ucraniano Sergey Dotsenko (17-8), ficando com a medalha de bronze. Em 2004, em Atenas, Grécia, a Moldávia não obteve qualquer medalha, mas em 2008, em Beijing, China, o país retornou ao pódio graças ao feito de Veaceslav Gojan, que obteve a medalha de bronze na categoria até 54 kg. Gojan bateu o bielorrusso Khatsigov na decisão dos árbitros após um empate em 1-1 logo na primeira rodada. Nas oitavas-de-finais, passou pelo chinês Gu Yu (13-6), e nas quartas-de-finais pelo indiano Akhil Kumar (10-3), garantindo a medalha de bronze após esta vitória. Porém, foi massacrado nas semifinais pelo mongol Enkhbatyn Badar-Uugan (15-2). Em 2012, em Londres, Reino Unido, a Moldávia conquistou 2 medalhas de bronze, ambas no Levantamento de Peso, feitos de Cristina Iovu, na categoria feminina até 53 kg, e de Anatoli Ciricu, na categoria masculina até 94 kg. Iovu ergueu 99 kg no arranque e 120 kg no arremesso, obtendo um total de 219 kg. Perdeu a medalha de prata para a chinesa de taipei, Shu-ching, no peso corpóreo, por apenas 0.38 kg. A medalha de ouro ficu com a cazaque Tchinshanlo, com 226 kg. Ciricu, por sua vez, ergueu 181 kg no arranque e 226 kg no arremesso, totalizando 407 kg. O atleta da Moldávia somente chegou ao pódio por ser 0.56 kg mais leve do que o russo Andrey Demanov, que também registrou 407 kg. A Moldávia parece destinada a ser um país de poucas medalhas e deverá seguir no mesmo ritmo. A seu favor, o fato de apresentar uma relativa diversidade esportiva em suas conquistas olímpicas, que se estendem a 5 modalidades esportivas.  


 






terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

REPÚBLICA DOMINICANA - ANÁLISE






A República Dominicana é um país da América Central, com cerca de 9.4 milhões de habitantes. Tornou-se definitivamente independente da Espanha em 1865. Embora o país tenha se tornado independente há muito tempo, se comparado com os países africanos, sua estreia nos Jogos Olímpicos foi relativamente demorada, já que sua primeira participação ocorreu apenas nos Jogos de Olímpicos de Verão de 1964, em Tóquio, Japão. Porém, desde então, nunca mais esteve ausente do evento. A República Dominicana possui um total de apenas 6 medalhas olímpicas, 3 de ouro, 2 de prata e 1 de bronze. Entretanto, somente em 1984, em Los Angeles, EUA, obteve sua primeira medalha olímpica, feito do pugilista Pedro Nolasco, na categoria até 54 kg. Nolasco obteve a medalha de bronze, somando 4 vitórias e uma derrota. Sua vitória mais importante ocorreu diante do sul-coreano Moon Sungkil, por nocaute, nas quartas-de-finais, o que lhe garantiu no pódio. Porém, na semifinal, perdeu por pontos para o italiano Maurizio Stecca, futuro campeão. Sua conquista foi favorecida pelo boicote dos países do Bloco Socialista. Posteriormente, a República Dominicana passou por um grande jejum de medalhas, retornando ao pódio somente em 2004, em Atenas, Grécia. Contou com a excepcional participação de Félix Sánchez, que venceu a prova masculina de 400m com barreiras no torneio de Atletismo, com um grande resultado de 47.63s. Curiosmente, nenhum competidor dos EUA chegou ao pódio na ocasião. O segundo colocado foi o jamaicano Danny McFarlane, em 48.11s. Sánchez se converteu no primeiro campeão olímpico da história da República Dominicana. O país inciou uma relativa melhoria na sua condição esportiva e em 2008, em Beijing, China, obteve o melhor desempenho de sua história olímpica ao conquistar 2 medalhas, 1 de ouro e 1 de prata. A medalha de prata foi obtida no Taekwondo, com Yulis Gabriel Mercedes, no torneio masculino na categoria até 58 kg. Mercedes realizou uma grande campanha, batendo grandes competidores. Nas oitavas-de-finais, superou o português Pedro Póvoa (3-0). Nas quartas-de-finais, derrotou o fortíssimo chinês Chu Mu-Yen, da Taipe (3-2). Nas semifinais, outra notável vitória, dessa vez diante do espanhol Juan Ramos (3-2). Na final, emapatou com o mexicano Guillermo Pérez em 1-1, mas acabou perdendo por superioridade do seu adversário. Já a medalha de ouro foi obtida no torneio masculino de Boxe, esporte que rendeu a primeira medalha ao país. Manuel Félix Díaz, competindo na categoria até 64 kg, sagrou-se campeão com vitórias diante do armênio Hambardzumyan, na primeira fase; do irlandês John Joyce, nas oitavas-de-finais, com decisão dos árbitros após empate em 11 a 11; e do iraniano Morteza Sepahvand, nas quartas-de-finais, o que lhe garantiu ao menos a medalha de bronze. Na semifinal, passou pelo francês Alexis Vastine por 12-10, chegando à final olímpica, diante do tailandês Manus Boonjumnong, campeão em 2004. Na final, Díaz demonstrou uma grande superioridade e venceu por 12-4, garanbtindo a primeira medalha de ouro da República Dominicana na modalidade. Em 2012, em Londres, Reino Unido, a República Dominicana conseguiu repetir seu desempenho de 2008, somando 2 medalhas, 1 de ouro e 1 de prata, ambas no Atletismo masculino. Félix Sánchez, já veterano, 35 anos, causou grande surpresa ao conquistar novamente a medalha de ouro na prova de 400m com barreiras. Sánchez obteve o melhor tempo das semifinais, com 47.76s. Na final, novamente melhorou a marca ao registrar 47.63s, melhor tempo da temporada até então. Superou o norte-americano Michael Tinsley, segundo colocado, por 0.28s. Sánchez ficou muito emocionado e conseguiu escrever seu nome na história da prova como um dos melhores de todos os tempos. A medalha de prata da República Dominicana foi conquistada na prova de 400m, com o novato Luguelín Santos, que marcou 44.46s na final, vencida pelo granadino Kirani James em 43.94s. Curiosamente, os EUA, que não perdiam a prova desde 1984, não conseguiram colocar atleta no pódio. Ao contrário de Sánchez, Santos não havia completado 19 anos de idade no dia de sua conquista. A República Dominicana, de uma forma geral, melhorou sensivelmente seu esporte nos últimos anos, obtendo nos últimos 3 Jogos Olímpicos 5 de suas 6 medalhas, inclusive todas as 3 de ouro. Além disso, o país começa a estabelecer uma tênue tradição nas provas de Atletismo, além de poder contar com alguma surpresa no Boxe. Some-se a isso, o fato de já ter obtido medalha no Taekwondo. Logicamente, o país não deverá se tornar uma força, mas tem condições de seguir ampliando suas conquistas. Cabe lembrar, que o país, na cidade de Santo Domingo, sediou os Jogos Panamericanos de 2003, um ano antes de iniciar suas conquistas olímpicas mais importantes.  




segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

MALÁSIA - ANÁLISE



A Malásia é um país que se localiza basicamente em duas regiões distintas, uma continental e outra peninsular, além de possuir algumas ilhas. Possui cerca de 28.8 milhões de habitantes. Iniciou sua participação olímpica em 1956, ainda como Malaya, nome que ostentou também em 1960. Em 1963 a Malásia se tornou independente do Reino Unido e o país passou a participar dos Jogos Olímpicos como Malásia a partir de 1964. Desde então, esteve ausente dos Jogos Olímpicos de Verão apenas em 1980, quando apoiou o boicote promovido pelos EUA aos Jogos Olímpicos de Moscou. Embora tenha uma população relativamente grande, o país não possui um bom desempenho esportivo, demonstrado pelo total de apenas 6 medalhas, 3 de prata e 3 de bronze, ou seja, nenhuma de ouro. Além disso, 5 das suas medalhas foram obtidas após o ingresso do Badminton como esporte olímpico em 1992. Aliás, foi nesse ano, nos Jogos de Barcelona, que a Malásia obteve sua primeira medalha olímpica, com a dupla masculina Razif Sidek e Jalani Sidek, que ficou em terceiro lugar, após ser derrotada por uma dupla da Coreia do Sul. Os Sidek obtiveram 3 vitórias em seu caminho rumo ao pódio. Garantiram a medalha de bronze ao derrotar a dupla japonesa Matsuno e Matsuura nas quartas-de-finais. Em 1996, em Atlanta, EUA, a Malásia obteve 2 medalhas, uma de prata e uma de bronze, ambas no Badminton. A dupla masculina formada por Soon Kit Cheah e Kim Hock Yap obteve a medalha de prata, somando 3 vitórias e 1 derrota. Garantiu ao menos a medalha de bronze ao bater uma dupla da Coreia do Sul. Nas semifinais, passou com facilidade pelos indonésios Antonius Ariantho e Denny Kantono, assegurando a medalha de prata. Na final, a dupla acabou derrotada pelos indonésios Rexy Mainaky e Ricky Subagja por 2-1, terminando com a medalha de prata. Já a medalha de bronze da Malásia foi assegurada por Rashid Sidek na prova de simples. Sidek obteve 3 vitórias antes de chegar às semifinais. Na semifinal, foi derrotado pelo chinês Dong Jiong por 2-0. Na disputa pela medalha de bronze, Sidek bateu o indonésio Heryanto Arbi por 2-1. Nos Jogos Olímpicos de 2000, em Sidney, Austrália, e de 2004, em Atenas, Grécia, o país não chegou ao pódio. Porém, em 2008, em Beijing, China, a Malásia obteve sua quarta medalha olímpica, novamente no Badminton. O autor da proeza foi Lee Chong Wei, que ficou em segundo lugar na prova masculina de simples, garantindo a medalha de prata. Chong Wei obteve 4 vitórias e uma derrota. Nas quartas-de-finais derrotou o indonésio Sony Kuncoro por 2-0 e nas semifinais passou pelo sul-coreano Lee Hun-il por 2-1. Na final, não foi páreo para o chinês Lin Dan, perdendo por 2-0, com parciais 21-12 e 21-8. Em 2012, em Londres, Reino Unido, pode-se afirmar que a Malásia fez a melhor exibição olímpica de sua história, pois obteve 2 medalhas, uma de prata e uma de bronze, como em 1996, mas pela primeira vez chegou ao pódio em dois esportes, no tradicional Badminton e nos Saltos Ornamentais. Lee Chong Wei novamente assegurou a medalha de prata na prova masculina de simples no Badminton. Depois de 3 vitórias nas fases iniciais, Wei derrotou o chinês Chen Long na semifinal por 2-0, chegando à final, onde enfrentou o também chinês Lin Dan, que venceu a dramática partida por 2-1, sendo que o set decisivo terminou 21-19. A medalha de bronze da Malásia foi obtida por Pandelela Rinong na prova feminina de Plataforma nos Saltos Ornamentais. Rinong marcou 359.20 pontos, superando a australiana Melissa Wu por apenas 1.10 pontos. Sua conquista foi dramática pois ela ultrapassou a russa Yuliya Koltunova e a mexicna Paola Espinosa somente no último salto. Superou Koltunova por 1.30 pontos e Espinosa por exatos 3.0 pontos. A Malásia segue fraca no esporte olímpico, mas a ampliação de pódio para outra modalidade esportiva diferente do Badminton parece ampliar as possibilidades de maior sucesso esportivo do país. Porém, não se pode esperar da Malásia, no atual estágio, uma participação olímpica que chegue a 5 ou mais medalhas numa única edição dos Jogos.     




sábado, 2 de fevereiro de 2013

CAMARÕES - ANÁLISE





Camarões é um país africano com população de cerca de 20 milhões de habitantes. Tornou-se independente da França em 1960. Em 1963 formou seu Comitê Olímpico Nacional e já em 1964, em Tóquio, Japão, estreiou nos Jogos Olímpicos. Desde então, nunca esteve ausente, mesmo em 1976, em Montreal, quando se retirou em protesto contra a participação da Nova Zelândia. Na ocasião, alguns atletas já haviam disputado provas e por isso o país é considerado como participante. Camarões contabiliza um total de apenas 5 medalhas, 3 delas de ouro, resultado muito fraco levando-se em conta o tamanho de sua população. Já em 1968, em sua segunda participação olímpica, Camarões obteve sua primeira medalha olímpica. O feito coube ao boxeador Joseph Bessala, segundo colocado na categoria até 67 kg. Bessala derrotou o chileno Luis Gonzales, Julius Luipa, de Zâmbia, nas oitavas-de-finais, por nocaute. Depois, nas quartas-de-finais, passou pelo romeno Victor Zilberman, garantindo ao menos a medalha de bronze. Na semifinal, derrotou o argentino Mario Guilloti por pontos, chegando à medalha de prata. Na final, perdeu para o alemão-oriental Manfred Wolke por 4-1. Bessala tornou-se o primeiro medalhista olímpico da história de Camarões. Após três edições olímpicas sem chegar ao pódio, Camarões se aproveitou do boicote dos países do Bloco Socialista aos Jogos de Los Angeles em 1984 para conquistar sua segunda medalha olímpica, novamente no Boxe. Martin N’Dongo Ebanga, na categoria até 60 kg, garantiu a medalha de bronze, superando o sueco Shadrah Odhiambo na segunda rodada, Gordon Carew, de Guiana, nas oitavas-de-finais, o turco Fahri Sumer nas quartas-de-finais, antes de perder para o porto-riquenho Luis Ortiz nas semifinais por apenas 3-2. Camarões, até então, ajustou-se ao padrão africano de obter medalhas no Boxe. Porém, amargou mais 16 anos sem subir no pódio, retornando ao mesmo nos Jogos Olímpicos de Sidney, na Austrália, e de forma memorável. Sua equipe masculina de Futebol sagrou-se campeã do torneio olímpico e garantiu a primeira medalha de ouro da história de Camarões em Jogos Olímpicos. Anteriormente, Camarões já havia brilhado no Futebol mundial nas Copas do Mundo de 1982 e 1990, com jogadores habilidosíssimos. Em Sidney, deu continuidade à boa fase dos países africanos, que conquistaram medalha de bronze em 1992 com Gana e de ouro em 1996 com a Nigéria. Camarões enfrentou muitas dificuldades para chegar à medalha de ouro. Na primeira fase ficou em segundo lugar no grupo C, atrás dos EUA no saldo de gols. Derrotou o Kuweit por 3-2, mas somente empatou com os EUA (1-1) e a República Tcheca (1-1). Nas quartas-de-finais, surpreendeu o Brasil na morte súbita, vencendo por 2-1. Nas semifinais, superou o forte Chile também por 2-1. Na final, acabou empantando com a Espanha em 2-2, tendo que levar a decisão para a disputa de penaltes, a qual venceu por 5-3. Patrick M'Boma, com 4 gols, e Lauren Etame Mayer, com 3 gols, foram os maiores goleadores da equipe. O famoso Samuel Eto'o marcou apenas 1 gol. O Futebol, esporte que mais projetou Camarões mundialmente, foi a modalidade esportiva responsável pela primeira medalha olímpica de ouro do país. Em 2004, em Atenas, Grécia, Camarões novamente conseguiu uma medalha de ouro, mas o feito ocorreu no Atletismo feminino. Françoise Mbango Etone venceu a prova de salto triplo com um resultado de 15.30m, superando a grega Hrysopiyi Devetzi por apenas 0.05m. Em 2008, em Beijing, China, Françoise Mbango Etone obteve o bicampeonato olímpico, dessa vez com um salto de 15.39m, superando a russa Tatyana Lebedeva por apenas 0.07m. Camarões seguiu à risca o modelo africano, com medalhas no Atletismo e no Boxe, completadas com um triunfo no Futebol. O país possui potencial para obter melhores resultados no esporte, mas precisa se estruturar. Em Londres-2012, conseguiu resultados expressivos, entre os oito melhores, numa prova feminina da Luta Livre e do Levantamento de peso.  



sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

LUXEMBURGO - ANÁLISE




Luxemburgo é um pequeno país europeu localizado entre Bélgica, Alemanha e França, com apenas pouco mais de 520 mil habitantes. Apesar do pequeno tamanho, possui uma interessante história olímpica, embora conte com apenas 4 medalhas, 1 de ouro e 3 de prata. Sua primeira participação olímpica ocorreu em 1912, em Estocolmo, Suécia. Entretanto, descobriu-se que em 1900, em Paris, França, o vencedor da maratona, Michel Théato, que competiu pela França, era luxemburguês. Assim, a estreia do país teria ocorrido em 1900, já que na época os competidores participavam como individuos e não sob uma nação. Controvérsia à parte, oficialmente, a estreia de Luxemburgo teria ocorrido em 1912. Desde então, o país esteve ausente apenas da edição de 1932, em Los Angeles, EUA. Nos Jogos Olímpicos de Inverno, Luxemburgo estreiou em 1928, em Saint Moritz, Suíça, mas ausentou-se em 1932, de 1948 a 1984, 2002 e 2010. Ainda assim, com participações esparsas, o país ainda obteve 2 medalhas de prata no Esqui Alpino. Porém, vamos iniciar a história do pequeno país pela sua primeira medalha, conquistada em 1920, na Antuérpia, Bélgica, pelo levantador de peso Joseph Alzin, que ficou em segundo lugar na categoria acima de 82,5 kg e colocou Luxemburgo no pódio olímpico. Alzin ergueu 65.0 kg no arranque com um só braço, 75.0 kg no arremesso com um só braço e 120.0 kg no arremesso com dois braços, totalizando 260.0 kg, perdendo apenas para o italiano Filippo Bottino, que somou 265.0 kg. Após esta medalha, Luxemburgo demorou mais 32 anos para chegar ao pódio olímpico novamente. Porém, sua conquista foi emocionante. Em 1952, nos Jogos Olímpicos de Helsinque, na Finlândia, nas competições masculinas de Atletismo, Joseph Barthel realizou uma memorável corrida na prova de 1.500m e a venceu com a marca de 3:45.28 min, superando o norte-americano Robert McMillen por apenas 0.11s, embora oficialmente os tempos de ambos foi registrado como 3:45.2 min. Barthel chorou intensamente, não parecia acreditar naquele momento único e garantiu à Luxemburgo sua única medalha de ouro olímpica. Posteriormente, o país jamais voltou ao pódio dos Jogos Olímpicos de Verão. Porém, nos Jogos Olímpicos de Inverno, Luxemburgo teve uma boa atuação em 1992, em Albertville, França, ao garantir duas medalhas de prata no Esqui Alpino, ambas com o esquiador Marc Girardelli, que ficou em segundo lugar nas provas de eslalom super gigante e eslalom gigante. No eslalom super gigante, Girardelli marcou 1:13.77 min, sendo facilmente derrotado pelo norueguês Kjetil André Aamodt, que registrou o fantástico tempo de 1:13.04 min. No eslalom gigante, Girardelli cobriu o percurso em 2:07.30 min, perdendo apenas para o italiano Alberto Tomba, que obteve um resultado de 2:06.98 min. Dessa forma, Girardelli faturou duas medalhas de prata, as últimas de Luxemburgo na história dos Jogos Olímpicos. Em Londres-2012, o país quase chegou ao pódio no Judô feminino, quando Marie Müller amargou a quinta posição na categoria até 52 kg, derrotada pela italiana Rosalba Forciniti.  



PERU - ANÁLISE




O Peru é um país da América do Sul, com população de cerca de 30 milhões de habitantes. Participou dos Jogos Olímpicos pela primeira vez, oficialmente, na edição de 1936, em Berlim, Alemanha. Entretanto, em 1900, Carlos de Candamo competiu em provas de Esgrima, no florete e na espada. Em Jogos de Inverno, o Peru estreiou apenas em 2010, em Vancouver, Canadá. O país possui um fraco desempenho esportivo, principalmente se considerarmos sua grande população. Possui apenas 4 medalhas olímpicas, 1 de ouro e 3 de prata, conquistadas entre 1948 e 1992. Curiosamente, a primeira medalha olímpica do Peru foi de ouro, conquista do atirador Edwin Vásquez Cam, vencedor da prova de Pistola Livre nos Jogos Olímpicos de 1948, em Londres, Reino Unido. Cam marcou 545 pontos, superando facilmente o suíço Rudolf Schnyder e o sueco Torsten Ullman, respectivamente medalhistas de prata e de bronze, cada um com 539 pontos. Cam tornou-se o primeiro e único campeão olímpico da história do Peru em Jogos Olímpicos. Em 1984, em Los Angeles, com a ajuda do boicote dos países do Bloco Socialista, o Peru mais uma vez conseguiu uma medalha no Tiro ao Alvo, dessa vez de prata, obra de Francisco Boza na competitiva prova de Fossa Olímpica. Boza terminou empatado em 192 pontos com o italiano Luciano Giovanetti e com o norte-americano Daniel Carlisle. Porém, no desempate, marcou 23 pontos, contra 24 de Giovanetti e 22 de Carlisle, ficando com a medalha de prata. Em 1988, em Seul, Coreia do Sul, talvez o Peru tenha conquistado uma das mais importantes medalhas de sua história. Na época o país possuía uma das melhores equipes de Voleibol feminino do mundo, juntamente com Cuba e China. Com o boicote de Cuba, as chances do Peru aumentaram significativamente, mas ainda havia a poderosa China, campeã mundial em 1986 e olímpica em 1984, no caminho. Na primeira fase, o Peru demonstrou grande força, batendo o Brasil por 3-0, a poderosa China por 3-2 e os EUA também por 3-2, terminando em primeiro lugar no seu grupo. Na semifinal, o Peru derrotou o surpreendente Japão também por 3-2, assegurando ao menos a medalha de prata. Na final, travou uma emocionante disputa com a União Soviética, que nem era favorita e que havia perdido para o Japão na fase de classificação. No primeiro set o Peru venceu por 15-10. No segundo, nova vitória, dessa vez por 15-12, abrindo 2-0 no jogo. No terceiro set, a URSS conseguiu a vitória por 15-13. No quarto set, um desequilibrado Peru acabou perdendo por 15-7. No quinto e decisivo set, a União Soviética assegurou a vitória com um placar de 17-15, ficando com a medalha de ouro e deixando o Peru com a medalha de prata. O resultado do Peru foi heroico, mas deixou um significado de decepção, já que o país havia superado a China e não teve a forte equipe cubana pela frente. Em 1992, em Barcelona, Espanha, o Peru obteve sua última medalha olímpica, novamente no Tiro ao Alvo. Juan Giha marcou 222 pontos, ficou em segundo lugar na prova de skeet, atrás da chinesa Zhang Shan, que anotou 223 pontos. Giha havia terminado empatado com o italiano Bruno Rossetti, mas venceu a série de desempate por 12-11. É curioso notar que o Peru não possui medalhas em esportes cujos países da América Latina conseguem razoáveis desempenhos, como o Boxe e o Atletismo. Aliás, esportes em que os países mais fracos esportivamente acabam obtendo alguma medalha. Incrivelmente, é no Tiro ao Alvo, esporte considerado elitizado, que o Peru obtém seus feitos olímpicos. Infelizmente não há previsão de que o país melhore seu desempenho olímpico. Em Londres-2012, não chegou próximo do pódio em nenhuma prova.




COSTA RICA - ANÁLISE





Costa Rica é um país de América Central, com população de cerca de 4,3 milhões de habitantes. Estreiou nos Jogos Olímpicos de Verão na edição de 1936, em Berlim, Alemanha. Porém, não compareceu às 4 edições seguintes, retornando somente em 1964, em Tóquio, Japão. Desde então, não se ausentou do evento. Nos Jogos Olímpicos de Inverno, a Costa Rica estreiou em 1980, em Lake Placid, Estados Unidos, mas ausentou-se nas edições de 1994, 1998 e 2010. Em termos de medalhas olímpicas, a Costa Rica possui um fraco desempenho, totalizando apenas 4, incluindo uma de ouro. Ao contrário dos países da região, suas medalhas foram todas conquistadas na Natação, graças as irmãs Silvia e Claudia Poll entre 1988 e 2000. Em 1988, em Seul, Coreia do Sul, Costa Rica obteve a primeira medalha olímpica de sua história quando Silvia Poll ficou em segundo lugar na prova de 200m, na Natação, estilo livre, com uma marca de 1:58.67 min, perdendo apenas para a alemã-oriental Heike Friedrich, que estabeleceu um recorde olímpico de 1:57.65 min. Em 1996, em Atlanta, EUA, a irmã de Silvia, Claudia Poll, também na Natação, colocou Costa Rica no primeiro lugar do pódio ao vencer a prova de 200m, estilo livre, com uma marca de 1:58.16 min, superando a favorita alemã Franziska van Almsick por 0.41s. Em 2000, em Sidney, Austrália, Claudia obteve mais duas medalhas, ambas de bronze e no estilo livre, nas distâncias de 200m e 400m. Na de 200m, marcou 1:58.81 min, ficando atrás da australiana Susie O'Neill, campeã em 1:58.24 min, e da eslovaca Martina Moravcová, que registrou 1:58.32 min. Na prova de 400m, Poll cumpriu a distância em 4:07.83 min, ficando atrás das norte-americanas Brooke Bennett, campeã em 4:05.80 min, e Diana Munz, prata em 4:07.07 min. Claudia Poll se converteu na grande competidora olímpica da Costa Rica, com um total de 3 medalhas, 1 de ouro e 2 de bronze. Costa Rica destoou do padrão da região, que concentra medalhas principalmente no Atletismo. Depois das conquistas das irmãs Poll, o país nunca mais voltou ao pódio olímpico e não parece estar neste caminho. Possui muita semelhança com a Namíbia, em que Frankie Fredericks colocou o país no pódio olímpico e nada mais foi realizado em termos de medalhas. O mesmo parece ocorrer com as irmãs Poll.