sexta-feira, 31 de maio de 2013

BAHAMAS - ANÁLISE








As Bahamas são um país formado por mais de 700 ilhas, ilhotas e ilhéus no Oceano Atlântico e com população reduzida, pouco acima de 350 mil habitantes. Participa dos Jogos Olímpicos desde a edição de 1952, realizada em Helsinque, Finlândia, e obteve sua primeira medalha olímpica já em 1956, em Melbourne, Austrália. Porém, suas primeiras medalhas ocorreram entre 1956 e 1964 e vieram da Vela, mas a partir dos anos 90 do Século XX o país passou a conquistar medalhas no Atletismo, mirando-se nos exemplos da Jamaica e de Trinidad e Tobago. Desde então, o país acumula 12 medalhas, 5 de ouro, 2 de prata e 5 de bronze, sendo 10 delas oriundas do Atletismo. Pelo seu tamanho, o desempenho das Bahamas é bastante significativo, superando países bem mais populosos, como Paquistão, Venezuela, Colômbia, Peru, Arábia Saudita, Bangladesh, dentre outros. Em 1956, em Melbourne, Austrália, Bahamas obteve sua primeira medalha olímpica com os velejadores Durward Knowles e Sloane Farrington, que ficaram em terceiro lugar na classe Star, atrás dos representantes dos EUA, medalhistas de ouro, e da Itália, medalhistas de prata. Knowles e Farrington marcaram 5.223 pontos, ficando mais de 600 pontos atrás dos norte-americanos. Em 1960, Bahamas não obteve qualquer medalhas, mas voltou com força em 1964, em Tóquio, Japão, para conquistar a primeira medalha olímpica de ouro de sua história. O feito novamente ocorreu na Vela e dessa vez Durward Knowles esteve acompanhado por Cecil Cooke. Knowles e Cooke marcaram 5.664 pontos, superando os norte-americanos, medalhistas de prata, por apenas 79 pontos de diferença. Ambos se tornaram os primeiros campeões olímpicos da história das Bahamas, que continuou competindo nos Jogos Olímpicos, a exceção de 1980, quando apoiou o boicote dos EUA aos Jogos de Moscou, mas somente retornou ao pódio nos anos 90. Em 1992, em Barcelona, as Bahamas quebraram um jejum de 28 anos sem medalha olímpica ao obterem uma medalha de bronze no Atletismo, com Frank Rutherford, terceiro colocado na prova masculina de Salto Triplo. Rutherford alcançou a marca de 17.36m e acabou superando o soviético Leonid Voloshin, prata no mundial de 1991, que marcou 17.32m. A medalha de ouro ficou com o norte-americano Michael Conley, com um fantástico resultado de 18.17m, ajudado pelo vento de apenas 2.1 m/s. O resultado de Rutherford teve muito significado para as Bahamas, que iniciaram uma forte tradição nas competições olímpicas de Atletismo. Em 1996, em Atlanta, EUA, as Bahamas novamente conquistaram uma medalha no Atletismo, dessa vez a medalha de prata da prova feminina de revezamento 4x100m. A equipe formada por Debbie Ferguson, reserva, Eldece Clarke-Lewis, Chandra Sturrup, Savatheda Fynes e Pauline Davis-Thompson registrou a marca de 42.14s, perdendo apenas para os EUA, campeões em 41.95s. Foi a primeira conquista olímpica por mulheres das Bahamas. Em 2000, em Sidney, Austrália, as Bahamas registraram o melhor desempenho de sua história olímpica ao conquistar um total de 3 medalhas, 2 de ouro e 1 de bronze, todas em provas de Atletismo. A equipe feminina de revezamento 4x100m, formada por Savatheda Fynes, Chandra Sturrup, Pauline Davis-Thompson, Debbie Ferguson e Eldece Clarke-Lewis, reserva, obteve a medalha de ouro com a marca de 41.95s, batendo a Jamaica por 0.18s. Foi a primeira conquista de medalha olímpica de ouro por competidoras das Bahamas. Pauline Davis-Thompson, por sua vez, ficou em segundo lugar na prova feminina de 200m, com a marca de 22.27s. A campeã foi a norte-americana Marion Jones, em 21.84s. Porém, a norte-americana Jones foi desclassificada posteriormente por uso de doping e Davis-Thompson foi elevada à posição de medalhista de ouro. A medalha de bronze foi obtida pela equipe masculina de revezamento 4x400m, formada por Avard Moncur, Troy McIntosh, Carl Oliver e Chris Brown, que registrou a marca de 2:59.23 min. Originariamente, a equipe havia terminado apenas na quarta posição, mas o norte-americano Antonio Pettigrew, integrante da equipe dos EUA, medalhista de ouro, confessou, em 2008, ter utilizado doping e a equipe acabou desclassificada. Porém, o resultado oficial só foi modificado em 2012 e as Bahamas foram elevadas para a terceira posição. Em 2004, em Atenas, Grécia, as Bahamas continuaram obtendo medalhas, e sempre no Atletismo. Dessa vez o país obteve 2 medalhas, uma de ouro e uma de bronze, em provas femininas. Tonique Williams-Darling conquistou a medalha de ouro da prova de 400m com a marca de 49.42s, superando a mexicana Ana Guevara, prata com 49.56s. Já a medalha de bronze foi conquistada por Debbie Ferguson na distância de 200m, com um resultado de 22.30s, sendo que a campeã da prova, a jamaicana Veronica Campbell, registrou a marca de 22.05s. Em 2008, em Beijing, China, as Bahamas conquistaram mais duas medalhas, uma de prata e uma de bronze, ambas no Atletismo, ficando fora da primeira posição do pódio. A equipe masculina de revezamento 4x400m, formada por Andretti Bain, Michael Mathieu, Andrae Williams e Chris Brown, obteve a medalha de prata com um resultado de 2:58.03 min, sendo superada apenas pelos EUA, campeões com a marca de 2;55.39 min. A medalha de bronze foi obtida por Leevan Sands, na prova masculina de Salto triplo, assim como Rutherford fez em 1992. Sands registrou o excelente resultado de 17.59m, recorde nacional na época, superando o cubano Arnie David Giralt por 0.07m de diferença. Em 2012, em Londres, Bahamas obteve apenas uma medalha, mas voltou a frequentar o local mais alto do pódio. A equipe de revezamento 4x400m, formada por Chris Brown, Demetrius Pinder, Michael Mathieu e Ramon Miller, obteve a medalha de ouro com a marca de 2:56.72 min, superando a tradicional equipe dos EUA, que ficou com a medalha de prata, marcando 2:57.05 min. O resultado das Bahamas foi muito significativo pois os EUA não sofriam uma derrota na pista, nesta prova, desde 1952, quando a equipe jamaicana, contando com astros como George Rhoden, Arthur Wint e Herbert McKenley, obteve a medalha de ouro. As Bahamas conseguiram estabelecer uma importante tradição ns provas de Atletismo e vem conseguindo evoluir significativamente no quadro geral de medalhas. Atualmente,. sua força no Ateltismo, ainda que modesta diante de EUA, Etiópia, Quênia ou Jamaica, é uma realidade que vem se perpetuando através dos tempos. 



 




quarta-feira, 29 de maio de 2013

AUSTRALÁSIA - ANÁLISE





 

A Australásia foi uma equipe combinada formada por competidores da Austrália e da Nova Zelândia que competiram juntos, formando uma única delegação, nos Jogos Olímpicos de 1908 e 1912. Posteriormente, em 1920, os dois países passaram a competir separados. Em 1908, em Londres, Reino Unido, a delegação da Australásia obteve um total de 5 medalhas, 1 de ouro, 2 de prata e 2 de bronze. A Natação foi responsável por 2 medalhas, enquanto Rugby, Boxe e Atletismo responderam por apenas uma. A única medalha de ouro combinado foi conquistada no Rugby, que contou apenas com duas equipes, a própria Australásia e o anfitrião Reino Unido. A Australásia derrotou o Reino Unido por 32-3 para garantir a vitória. A Natação foi responsável por 2 medalhas, ambas conquistadas por Frank Beaurepaire, que ficou em segundo lugar na disputa de 400m, estilo livre, com a marca de 5:44.2 min, 7.4s atrás do campeão Henry Taylor, do Reino Unido, e em terceiro lugar na distância de 1.500m, no mesmo estilo, com o tempo de 22:56.2 min, 7.8s a mais do que o campeão Taylor. No Atletismo, Harry Kerr ficou em terceiro lugar na disputa de marcha na distância de 3.500m, com um resultado de 15:43.4 min, muito distante do britânico George Larner, campeão em 14:55.0 min. Kerr era neozelandês. No Boxe, Reginald Baker obteve a medalha de prata da categoria até 71.67 kg, com vitórias por nocaute diante dos britânicos W.J. Dees, na primeira rodada, W. Childs, na segunda rodada, e William Philo, na semifinal. Na final, foi derrotado por pontos pelo britânico John Douglas. Em 1912, em Estocolmo, Suécia, a delegação da Australásia melhorou seu desempenho ao conquistar um total de 7 medalhas, 2 de ouro, 2 de prata e 3 de bronze. A Natação foi responsável por 6 medalhas, incluindo as duas únicas de ouro. As medalhas de ouro foram conquistadas pela equipe masculina de revezamento 4x200m, estilo livre, que marcou um resultado de 10:11.6 min, quebrando o recorde mundial, e por Fanny Durack, que venceu a prova de 100m, estilo livre, com a marca de 1:22.2 min, na estreia da Natação feminina em Jogos Olímpicos. A equipe australiana de revezamento possuía um neozelandês, Malcom Champion, e 3 australianos, Cecil Healy, Leslie Boardman e Harold Hardwick, que superaram os EUA por 8.6s. Já Durack, bateu a compatriota Wilhelmina Wylie, medalhista de prata, por 3.2s de vantagem. A Australásia conseguiu fazer uma dobradinha na primeira prova olímpica feminina individual. Além destas medalhas, a Australásia garantiu pódio em mais três disputas masculinas no estilo livre, com Cecil Healy, segundo colocado na distância de 100m, medalha de prata, com o tempo de 1:04.6 min, e Harold Hardwick, terceiro colocado nas distâncias de 400m, com a marca de 5:31.2 min, e de 1.500m, com um resultado de 23:15.4 min, ganahdor de duas medalhas de bronze. Healy foi superado pelo norte-americano Duke Kahanamoku, que marcou 1:03.4 min, enquanto Hardwick acabou superado pelo canadense George Hodgson nas duas ocasiões, sendo por 6.8s na prova de 400m e por 1:15.4 min na distância de 1.500m. Além das medalhas da Natação, a Australásia ainda conquistou uma medalha de bronze no Tênis, com Anthony Wilding, que ficou em terceiro lugar na prova masculina de simples em quadra coberta. Wilding derrotou o sueco Silverstolpe (3-0) na primeira rodada, o sueco Grönfors (3-0) na segunda rodada, o britânico G. Caridia (3-0) nas quartas-de-finais, antes de cair diante do britânico Charles Dixon (1-3) na fase semifinal. Na disputa pela medalha de bronze, derrotou o britânico Francis Lowe por 3-1. Wilding, assim como o nadador Champion, era neozelandês. Já em 1920, tanto Austrália quanto Nova Zelândia enviaram equipes separadas para competirem nos Jogos Olímpicos da Antuérpia, prática que segue até os dias atuais. Um combinado de Austrália e Nova Zelândia na história olímpica resultaria num país de 589 medalhas, 188 delas de ouro, que ocuparia o oitavo lugar dentre os países com maior número de medalhas.     





quarta-feira, 15 de maio de 2013

VENEZUELA - ANÁLISE




A Venezuela é um país sul-americano com população de cerca de 29 milhões de habitantes, que se tornou independente da Espanha em 1811 e da Grande Colômbia em 1830. Em Jogos Olímpicos o país possui uma fraca participação, somando apenas 12 medalhas. Seu Comitê Olímpico Nacional foi formado em 1935, mas o país iniciou sua participação nos Jogos de Verão em 1948 e nos de Inverno em 1998. Desde então, ausentou-se apenas da edição de inverno de 2010. Apesar de ter iniciado sua participação em 1948, sua primeira medalha olímpica, que foi de bronze, ocorreu quatro anos depois, em Helsinque, Finlândia. Arnoldo Devonish ficou em terceiro lugar na prova masculina de salto triplo, no Atletismo, com um resultado de 15.52m, superando o norte-americano Ashbaugh por 0.13m. Devonish foi superado apenas pelo brasileiro Adhemar Ferreira da Silva e pelo soviético Leonid Shtcherbakov e se tornou o primeiro medalhista olímpico da história da Venezuela. Depois de obter medalha em 1956, a Venezuela novamente chegou ao pódio nos Jogos de 1960, em Roma, Itália. Porém, novamente recebeu apenas uma medalha de bronze, feito do atirador Enrico Forcella Pelliccione, terceiro colocado na prova de carabina posição deitada. Pelliccione somou 587 pontos e ficou um à frente do grande atirador soviético Vassily Borissov. Em 1964, a Venezuela novamente não obteve medalha, mas compensou o fraco desempenho em 1968, na Cidade do México, México, ao obter a primeira medalha de ouro de sua história. O autor da façanha foi o boxeador Francisco Rodriguez, campeão olímpico na estreante categoria até 48 kg. Rodriguez bateu o cubano Rafael Carbonell (5-0) nas oitavas-de-finais e nocauteou o representante de Ceilão, Khata Karunatarne, no segundo assalto, nas quartas-de-finais, garantindo presença no pódio. Na semifinal, bateu o norte-americano Harlan Marbley (4-1), garantindo ao menos a medalha de prata. Na final, superou por apenas 3-2 o sul-coreano Yong-Ju, consagrando-se como o primeiro campeão olímpico da história da Venezuela. Em 1972, novamente o país ficou sem medalha. Em 1976, em Montreal, Canadá, a Venezuela voltou ao pódio, mais uma vez com o Boxe, ao conquistar uma medalha de prata na categoria até 67 kg, com Pedro Gamarro, que venceu 4 combates e perdeu apenas 1. Gamarro derrotou o iugoslavo Benes (5-0) na fase de classificação e depois obteve uma fantástica vitória diante do cubano Emilio Correa, campeão olímpico em 1972, por nocaute técnico no terceiro assalto, nas oitavas-de-finais. Nas quartas-de-finais alcançou outro brilhante resultado, despachando o norte-americano Clint Jackson com uma difícil vitória por 3-2. Na semifinal, bateu o alemão ocidental Reinhard Skricek (3-2) garantindo ao menos a medalha de prata, confirmada após perder para o alemão-oriental Jochen Bachfeld por 2-3 na final. Em 1980, a Venezuela não boicotou os Jogos Olímpicos de Moscou, na antiga União Soviética, e ainda conseguiu uma medalha de prata no torneio de Boxe, com Bernardo Pinango ficando em segundo lugar na categoria até 54 kg. Pinango bateu o nicaraguense Alguera (4-1), o finlandês Koota, por desclassificação no segundo assalto, e o ugandense Siryakibbe, por nocaute no segundo assalto, nas suas primeiras lutas, chegando à disputa por medalhas. Na semifinal, bateu o romeno Cipere por 3-2, mas caiu diante do cubano Juan Hernandez ao perder por 0-5, ficando apenas com a medalha de prata. Em 1984, em Los Angeles, EUA, a Venezuela registrou sua melhor campanha olímpica ao conquistar um total de 3 medalhas de bronze, duas no Boxe e uma na Natação. Foi favorecida pelo boicote dos países do Bloco Socialista, principalmente em relação às medalhas do Boxe. A medalha da Natação foi conquistada por Rafael Vidal Castro, que ficou na terceira posição na disputa masculina dos 200m, estilo borboleta. Vidal registrou a fantástica marca de 1:57.51 min e conseguiu superar o norte-americano Pablo Morales por 0.24s de diferença. O campeão foi o australiano Jon Sieben, que estabeleceu um recorde mundial de 1:57.04 min. As medalhas do Boxe foram conquistadas por Jose Marcelino Bolivar, na categoria até 48 kg, e Omar Catari Peraza, na divisão até 57 kg. Bolivar bateu o filipino Jamili, o espanhol Gómez e o guatemalteco Motta para se garantir no pódio. Porém, perdeu a semifinal para o norte-americano Paul Gonzales por 5-0, limitando-se à medalha de bronze. Já Peraza passou pelo argelino Said, pelo japonês Higashi e pelo sul-coreano Park Hyung-Ok para garantir sua medalha. Na semifinal, perdeu para o norte-americano Meldrick Taylor por 5-0. Depois das conquistas ininterruptas de 1976 a 1984, a Venezuela novamente passou por um período sem conquistas, ficando fora do pódio de 1988 a 2000, ou seja, por 4 edições olímpicas. Porém, em 2004, em Atenas, a Venezuela retornou ao pódio, conquistando 2 medalhas de bronze, uma no Taekwondo e outra no Levantamento de Peso. No Taekwondo a conquista coube a Adriana Carmona, que ficou em terceiro lugar na categoria feminina acima de 67 kg. Carmona passou com dificuldade pela britânica Stevenson (8-8), mas perdeu para a chinesa Chen Zhong nas quartas-de-finais (5-7). Na repescagem, bateu a japonesa Okamoto (5-2), a jordaniana Dawani (11-8) e garantiu sua medalha ao bater a brasileira Natália Falavigna. A medalha do Levantamento de Peso foi obtida por Israel José Rubio, que ficou em terceiro lugar na categoria masculina até 62 kg. Rubio ergueu 132.5 kg no arranque e 162.5 kg no arremesso, totalizando 295.0 kg, e foi beneficiado pela desclassificação do grego Leonidas Sabanis, originário medalhista de bronze. Em 2008, em Beijing, China, a Venezuela obteve apenas uma medalha de bronze, que coube a Dalia Contreras, terceira colocada na categoria feminina até 49 kg no Taekwondo. Contreras passou pela alemã Gülec (4-2) e pela norte-americana Craig (3-2) mas caiu diante da tailandesa Puedpong por superioridade depois de um empate em 2-2 nas semifinais. Na disputa pela medalha de bronze, Contreras superou a queniana Mildred Alango por 1-0, chegando ao pódio. Em 2012, em Londres, Reino Unido, a Venezuela obteve um fantástico feito ao conquistar uma inédita medalha de ouro na Esgrima masculina. Rubén Limardo consagrou-se campeão olímpico na prova individual de espada e obteve a segunda medalha de ouro da história olímpica venezuelana. Limardo derrotou o egípcio Fayez (15-13), o suíço Heinzer (15-11), o italiano Paolo Pizzo (15-11) nas quartas-de-finais (15-11) e o norte-americano Weston Kelsey (6-5) nas semifinais. Na final, derrotou o norueguês Bartosz Piasecki (15-10). Limardo obteve uma heroica e inédita medalha de ouro para a Venezuela. A política chavista e tem incentivado o esporte e se cogita da Venezuela se tornar uma força mundial. Porém, os resultados somente estão ocorrendo em nível panamericano, embora o país tenha voltado ao pódio olímpico depois de um grande período de ausência. Dificilmente a Venezuela será uma força esportiva de nível mundial mas poderá melhorar sua posição no ranking geral de medalhas. Porém, terá que realizar melhores campanhas olímpicas.  


 



 







segunda-feira, 13 de maio de 2013

ARMÊNIA - ANÁLISE






A Armênia é um país europeu de cerca de 3.2 milhões de habitantes. Esteve vinculada à antiga União Soviética de 1918 a 1991, ano em que teve sua independência reconhecida. Nos Jogos Olímpicos, participou com seus atletas integrados à antiga URSS e ajudou os soviéticos a obter grandes resultados, principalmente em provas de Luta, Boxe e Levantamento de Peso, esporte em que os armênios obtêm seus melhores resultados nos dias atuais. Desde a independência, a Armênia participa de todos os Jogos de Verão e de Inverno, tendo estreiado nos Jogos de Inverno de 1994, realizados em Lillehammer, Noruega. Nas edições de inverno nunca obteve medalha, porém já soma 12 medalhas, embora apenas 1 de ouro, nas edições de Verão. Em 1996, em Atlanta, EUA, em sua estreia nos Jogos de Verão, obteve 2 medalhas, 1 de ouro e 1 de prata. A medalha de ouro, a única de sua história até o momento, foi obtida por Armen Nazaryan, na Luta Grec-romana, na categoria até 52 kg. Nazaryan derrotou o ucraniano Kalashnykov (10-0) na primeira rodada. Na segunda, passou pelo sul-coreano Ha Tae-Yeon (12-2). Nas quartas-de-finais, bateu o russo Samuel Danielyan (3-0) e na semifinal massacrou o cubano Lázaro Rivas (7-1). Na disputa pela medalha de ouro, não tomou conhecimento do norte-americano Brandon Paulson, vencendo-o por 5-1. Nazaryan tornou-se o primeiro campeão olímpico da história da Armênia na Era Moderna. Infelizmente, acabou se naturalizando búlgaro e conquistou medalhas de ouro e de bronze pela seu novo país nos Jogos seguintes. A medalha de prata foi obtida por Armen Mkrtchyan, na Luta Livre, na categoria até 48 kg. Nas primeiras rodadas, Mkrtchyan passou pelo colombiano Restrepo (10-0) e pelo norte-americano Eiter (9-2). Depois, bateu o cubano Alexis Villa (4-2) nas quartas-de-finais. Na semifinal derrotou o moldávio Railean (7-2), mas perdeu para o norte-coreano Kim Il por 4-5 na final, ficando com a medalha de prata. Em 2000, em Sidney, Austrália, a Armênia teve uma discreta participação, limitando-se a uma medalha de bronze, conquistada por Arsen Melikyan, na categoria até 77 kg, no Levantamento de Peso masculino. Melikyan ergueu um total de 365,0 kg, sendo 167.5 kg no arranque e 197.5 kg no arremesso. Na categoria acima de 105 kg, Ashot Danielyan havia ficado com a medalha de bronze, com um total de 465.0 kg, mas foi desclassificado após o exame antidoping. Em 2004, em Atenas, Grécia, a Armênia fracassou completamente e sequer obteve uma medalha. Em 2008, em Beijing, China, o país realizou a melhor campanha de sua história e chegou a um total de 6 medalhas, todas de bronze. Foram 3 no Levantamento de Peso, 2 na Luta Greco-romana e 1 no Boxe. No Levantamento de Peso, Tigran G. Martirosyan ficou em terceiro lugar na categoria até 69 kg, com um total de 338 kg, erguendo 153 kg no arranque e 185 kg no arremesso. Perdeu a medalha de prata no peso corpóreo para o francês Dabaya. A de ouro ficou com o chinês Liao Hui, que ergueu 10 kg a mais do que Martirosyan. Na categoria até 77 kg, Gevorg Davtyan, com um total de 360 kg, sendo 165 no arranque e 195 no arremesso, também garantiu a medalha de bronze, 6 kg a menos do que o campeão Jaehyouk Sa, da Coreia do Sul. E a terceira medalha de bronze da Armênia no Levantamento de Peso foi obtida por Tigran V. Martirosyan, que somou 380 kg na categoria até 85 kg, sendo 177 kg no arranque e 203 no arremesso, muito longe do campeão Lu Yong, da China, cujo resultado foi de 394 kg. Na Luta Greco-romana as medalhas ficaram com Roman Amoyan categoria até 55 kg, e Yury Patrikeyev, categoria até 120 kg. Amoyan passou pelo cazaque Imanbayev (2-0) nas oitavas-de-finais e pelo georgiano Gogitadze (2-0) nas quartas-de-finais. Foi derrotado pelo azeri Bayramov (0-2) nas semifinais. Na disputa pela medalha de bronze, derrotou o cubano Yagnier Hernández (2-0). Patrikeyev, por sua vez, derrotou o egípcio Sakr (2-0) mas perdeu para o cubano Mijaín López nas quartas-de-finais (0-2). Derrotou o bielorrusso Artsiukhin (2-0) na repescagem e o sueco Sjöberg (2-1) na disputa pela medalha de bronze. A medalha do Boxe foi conquistada por Hrachik Javakhyan na categoria até 60 kg. Javakhyan derrotou o nigeriano Lawal (12-0), o sul-coreano Jong-Sub (wo) nas quartas-de-finais, antes de perder para o russo Tishtchenko (5-10) na semifinal. Em 2012, em Londres, a Armênia caiu um pouco em relação à edição anterior dos Jogos. Obteve apenas 3 medalhas, 1 de prata e 2 de bronze. Novamente a Luta Greco-romana trouxe os maiores destaques, com 2 medalhas, uma de prata e outra de bronze. Arsen Julfalakyan ficou em segundo lugar na categoria até 74 kg, batendo o quirguiz Kobonov (2-0), o bielorrusso kikiniou (2-0) nas quartas-de-finais, e o azeri Ahmadov (2-0) na semifinal. Na final, perdeu para o russo Roman Vlassov (0-2), limitando-se à medalha de prata. A medalha de bronze foi obtida por Artur Aleksanyan, na categoria até 96 kg. Aleksanyan bateu o italiano Timoncini (2-0), mas perdeu para o iraniano Ghasem Rezaei (0-2) nas quartas-de-finais. Na repescagem, passou pelo turco Ildem (2-0) e garantiu a medalha de bronze ao bater o cubano Estrada (2-0). A outra modalidade que garantiu medalha à Armênia foi o Levantamento de Peso, que se limitou a uma única medalha de bronze, bem diferente das 3 medalhas conquistadas em Beijing-2008. Além disso a conquista ocorreu na competição feminina, com Hripsime Khurshudyan, terceira colocada categoria acima de 75 kg. Khurshudyan ergueu 128 kg no arranque e 166 kg no arremesso, totalizando 294 kg, 5 kg a mais do que a sul-coreana jang Mi-Ran, campeã em 2008. A Armênia deverá experimentar algumas evoluções dentro do quadro de medalhas e seus últimos resultados tem demonstrado esta tendência. Esportes como o Levantamento de Peso e a Luta Greco-romana devem ditar o ritmo, mas a Luta Livre, o Judô e o Boxe também aparecem como boas opções de pódio para o país.