As Filipinas são
um país formado por um vasto arquipélago localizado na Ásia e com população de
cerca de 92.3 milhões de habitantes. Declarou sua independência em 1898, mas a
mesma só foi reconhecida em 1946. As Filipinas participam dos Jogos Olímpicos de
Verão desde 1924, na edição de Paris, França. Desde então, esteve ausente
apenas dos Jogos de 1980, em Moscou, antiga URSS. Nos Jogos Olímpicos de
Inverno, as Filipinas competiram nas edições de 1972, 1988 e 1992. O país soma
um total de 9 medalhas olímpicas, mas nunca conseguiu subir no local mais alto
do pódio. Em 1928, em Amsterdã, Holanda, as Filipinas conquistaram sua primeira
medalha olímpica quando o nadador Teofilo Yldefonzo ficou em terceiro lugar na
prova masculina de 200m, estilo peito, na Natação. Yldefonzo completou a prova
em 2:56.4 min e garantiu uma medalha de bronze a seu país. O japonês Yoshiyuki Tsuruta
venceu a prova em 2:48.8 min. Em 1932, em Los Angeles, EUA, as Filipinas
aproveitaram a crise mundial que havia comprometido boa parte das delegações de
vários países, principalmente os europeus. O país conseguiu o melhor desempenho
de sua história ao conquistar um total de 3 medalhas, todas de bronze. As
conquistas ocorreram em 3 esportes diferentes: Atletismo, Natação e Boxe. No
Atletismo, Simeon Toribio garantiu a terceira colocação na prova masculina de
salto em altura, com a marca de 1.97m, mesmo resultado do campeão Duncan
McNaughton, do Canadá, e do medalhista de prata Robert van Osdel, dos EUA. No
Boxe, José Villanueva ficou em terceiro lugar na categoria até 54 kg, com um
retrospecto de 2 vitórias e 1 derrotas nos 3 combates que realizou. Derrotou o
japaonês Nakao, nas quartas-de-finais, mas perdeu para o canadense Horace Gwynne
na semifinal. Na disputa pela medalha de bronze, bateu o norte-americano Joseph
Lang por pontos. Villanueva iniciou a tradição filipina de obter medalhas
olímpicas no Boxe. Na Natação, Teofilo Yldefonzo novamente ficou na terceira
posição na prova masculina de 200m, estilo peito. Dessa vez, registrou a marca
de 2:47.1 min. Foi superado pelos japoneses Yoshiyuki Tsuruta, novamente, que
marcou 2:45.4 min, e Reizo Koike. Em 1936, em Berlim, Alemanha, as Filipinas
novamente conquistaram uma medalha de bronze no Atletismo, a única do país nos
Jogos. Miguel White ficou em terceiro lugar na prova masculina de 400m com
barreiras com a boa marca de 52.8s, sendo superado apenas pelo norte-americano
Glenn Hardin (52.4s) e pelo canadense John Loaring (52.7s). Após esta conquista,
as Filipinas ficaram 28 anos sem subir no pódio, retornando ao mesmo apenas em
1964, nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão. O país obteve apenas uma medalha,
de prata, no torneio masculino de Boxe. Antony Villanueva ficou em segundo
lugar na categoria até 57 kg, com 4 vitórias e uma derrota. Enfrentou países
tradicionais na modalidade. Derrotou o italiano Girgenti na primeira rodada, o
marroquino Hassen nas oitavas-de-finais e o polonês Gutman nas
quartas-de-finais. A vitória diante do polonês garantiu-lhe ao menos a medalha
de bronze. Na semifinal, bateu o norte-americano Charles Brown, por pontos,
4-1. Na final, acabou derrotado pelo soviético Stanislav Stepashkin por pontos,
3-2. Antony atingiu a posição mais alta do pódio olímpico na história das
Filipinas e seu resultado serviu para homenagear seu pai, Jose, medalhista em
1932. Novamente as Filipinas passaram por um grande jejum de medalhas, ficando
fora do pódio de 1968 a 1984, inclusive boicotando os Jogos de 1980 em Moscou,
URSS. Em 1988, em Seul, Coreia do Sul, o país novamente retornou ao pódio e
novamente com o Boxe. Leopoldo Serantes obteve a medalha de bronze na categoria
até 48 kg, com um resultado de 3 vitórias e 1 derrota. Bateu o egípcio Hassan,
na primeira rodada, Stewart, da Libéria, nas oitavas-de-finais, e o marroquino
Mijirich, nas quartas-de-finais, garantindo ao menos a medalha de bronze,
confirmada após perder para o búlgaro Ismail Husseinov (Ivailo Marinov
Khristov) na semifinal. Em 1992, em Barcelona, Espanha, as Filipinas novamente
chegaram ao pódio e mais uma vez com o Boxe, que garantiu uma medalha de bronze
com a atuação de Roel Velasco na categoria até 48 kg. Velasco derrotou o
queniano Wanene (16-1) na primeira rodada, o indiano Prasad (15-6) nas
oitavas-de-finais, e garantiu a medalha de bronze com uma vitória sobre o
britânico Rowan Williams por 17-6. Na semifinal, não resistiu ao cubano Rogelio
Marcelo García, que o derrotou por nocaute técnico no primeiro assalto. Em
1996, em Atlanta, EUA, as Filipinas obtiveram sua última medalha olímpica quando
Mansueto Velasco ficou em segundo lugar na categoria até 48 kg no torneio
masculino de Boxe. Velasco obteve 4 vitórias e 1 derrota. Na primeira rodada,
passou pelo chinês de Taiwan Chih-Hsiu Tsai, por nocaute técnico no primeiro
assalto. Nas oitavas-de-finais, derrotou o cubano Yosvani Aguilera (14-5), e
garantiu posição no pódio ao bater o marroquino Berhili nas quartas-de-finais.
Na semifinal, massacrou o espanhol Rafael Lozano (22-10), mas não foi
adversário para o búlgaro Daniel Petrov na disputa da medalha de ouro, perdendo
por 6-19. Mansueto Velasco é irmão mais novo de Roel Velasco. Ambos foram
medalhistas olímpicos pelas Filipinas. De uma forma geral, podemos afirmar que
o esporte filipino está estagnado, pois o país já está há exatas quatro edições
olímpicas sem subir no pódio. Em 2016 completará um jejum de 20 anos sem medalha.
Parece difícil acreditar que o país obterá alguma medalha, mas se isso ocorrer
provavelmente ela virá do Boxe, responsável por 5 das 9 medalhas do país.
Aliás, após a Segunda Guerra Mundial, o país só obteve 4 medalhas olímpicas.
Mais da metade de suas medalhas foram conquistadas entre 1928 e 1936.
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