sábado, 30 de março de 2013

ZIMBÁBUE - ANÁLISE






O Zimbábue, país africano com cerca de 12.6 milhões de habitantes, foi anteriormente conhecido como Rodesia do Sudeste (1923), como Rodésia (1965) e Zimbabue Rodésia (1979). Em 1965 o país havia declarado independência do Reino Unido, mas a mesma não foi reconhecida até 1980, quando passou a ser conhecido como Zimbábue. Antes de 1980, como Rodésia, o país só havia participado dos Jogos Olímpicos de Verão de 1928, 1960 e 1964. Esteve ausente de 1968 e 1976, mas retornou em 1980, em Moscou, União Soviética, e já na condição de Zimbábue. Curiosamente, foi naquele ano que o país obteve sua primeira medalha olímpica, e de ouro, graças ao time feminino de Hóquei sobre a grama, que se sagrou campeão olímpico. A equipe somente participou dos Jogos como convidada de última hora por causa do boicote dos organizado pelos EUA, que resultou na ausência das grandes forças da modalidade. Na verdade, todos os 5 países que disputariam com a URSS o torneio de 1980, acabaram se ausentando. Dessa forma, os países participantes não representaram a elite mundial. Dispostos num grupo único, todos jogaram contra todos e o país com maior número de pontos se sagraria campeão. O Zimbábue conseguiu bons resultados e obteve 3 vitórias e 2 empates, somando 8 pontos, contra 7 da Tchecoslováquia e 6 da anfitriã URSS. Inicou sua campanha com vencendo a Polônia (4-0), mas empatou com a Tchecoslováquia (2-2). Contra a URSS, obteve uma heroica vitória por 2-0. A seguir, empatou com a Índia (1-1), mas garantiu a medalha de ouro com uma vitória trânqüila sobre a Áustria (4-1). Ao todo, marcou 13 gols e sofreu 4. Após este sucesso, o país ficou de 1984 a 2000 sem conseguir subir no pódio. Entretanto, o surgimento da nadadora Kirsty Coventry mudou completamente o desempenho do Zimbábue a partir dos Jogos Olímpicos de 2004, em Atenas, Grécia. Coventry obteve um total de 3 medalhas .Venceu a prova de 200m costas, com a marca de 2:09.19 min, superando a russa Svetlana Komarova, 2:09.72 min. Ficou em segundo lugar na prova de 100m costas, com a marca de 1:00.50 min, atrás da norte-americana Natalie Coughlin, que registrou o tempo de 1:00.37 min, e em terceiro na de 200m medley, com o resultado de 2:12.72 min, muito atrás da campeã Yana Klotchkova, da Ucrânia, vencedora em 2:11.14 min. Com seus resultados, Coventry elevou o total de medalhas olímpicas do Zimbábue de uma para 4. Em 2008, em Beijing, China, Coventry  brilhou ainda mais, chegando 4 vezes ao pódio para receber 1 medalha de ouro e 3 de prata, justamente na era dos maiôs tecnológicos. Venceu pela segunda vez a prova de 200m costas, dessa vez com a fantástica marca de 2:05.24 min, recorde mundial. Na prova de 100m costas, ficou com a medalha de prata ao registrar o tempo de 59.19s, perdendo novamente para a norte-americana Natalie Coughlin, campeã em 58.96s. Curiosamente, Coventry havia anotado um recorde mundial de 58.77s na semifinal. No estilo medley, Coventry ficou em segundo lugar nas distâncias de 200m e 400m. Na primeira, marcou 2:08.59 min, ficando a apenas 0.14s da campeã Stephanie Rice, da Austrália. Na segunda, obteve o tempo de 4:29.89 min contra 4:29.45 min da mesma australiana. Em 2012, em Londres, Reino Unido, o Zimbábue fracassou completamente ao não obter qualquer medalha olímpica. O país precisa se desenvolver esportivamente para realmente ter alguma representatividade e não ficar na dependência de algum talento esporádico como o de Kirsty Coventry, 7 vezes medalhista olímpica.  

   

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