sábado, 2 de fevereiro de 2013

CAMARÕES - ANÁLISE





Camarões é um país africano com população de cerca de 20 milhões de habitantes. Tornou-se independente da França em 1960. Em 1963 formou seu Comitê Olímpico Nacional e já em 1964, em Tóquio, Japão, estreiou nos Jogos Olímpicos. Desde então, nunca esteve ausente, mesmo em 1976, em Montreal, quando se retirou em protesto contra a participação da Nova Zelândia. Na ocasião, alguns atletas já haviam disputado provas e por isso o país é considerado como participante. Camarões contabiliza um total de apenas 5 medalhas, 3 delas de ouro, resultado muito fraco levando-se em conta o tamanho de sua população. Já em 1968, em sua segunda participação olímpica, Camarões obteve sua primeira medalha olímpica. O feito coube ao boxeador Joseph Bessala, segundo colocado na categoria até 67 kg. Bessala derrotou o chileno Luis Gonzales, Julius Luipa, de Zâmbia, nas oitavas-de-finais, por nocaute. Depois, nas quartas-de-finais, passou pelo romeno Victor Zilberman, garantindo ao menos a medalha de bronze. Na semifinal, derrotou o argentino Mario Guilloti por pontos, chegando à medalha de prata. Na final, perdeu para o alemão-oriental Manfred Wolke por 4-1. Bessala tornou-se o primeiro medalhista olímpico da história de Camarões. Após três edições olímpicas sem chegar ao pódio, Camarões se aproveitou do boicote dos países do Bloco Socialista aos Jogos de Los Angeles em 1984 para conquistar sua segunda medalha olímpica, novamente no Boxe. Martin N’Dongo Ebanga, na categoria até 60 kg, garantiu a medalha de bronze, superando o sueco Shadrah Odhiambo na segunda rodada, Gordon Carew, de Guiana, nas oitavas-de-finais, o turco Fahri Sumer nas quartas-de-finais, antes de perder para o porto-riquenho Luis Ortiz nas semifinais por apenas 3-2. Camarões, até então, ajustou-se ao padrão africano de obter medalhas no Boxe. Porém, amargou mais 16 anos sem subir no pódio, retornando ao mesmo nos Jogos Olímpicos de Sidney, na Austrália, e de forma memorável. Sua equipe masculina de Futebol sagrou-se campeã do torneio olímpico e garantiu a primeira medalha de ouro da história de Camarões em Jogos Olímpicos. Anteriormente, Camarões já havia brilhado no Futebol mundial nas Copas do Mundo de 1982 e 1990, com jogadores habilidosíssimos. Em Sidney, deu continuidade à boa fase dos países africanos, que conquistaram medalha de bronze em 1992 com Gana e de ouro em 1996 com a Nigéria. Camarões enfrentou muitas dificuldades para chegar à medalha de ouro. Na primeira fase ficou em segundo lugar no grupo C, atrás dos EUA no saldo de gols. Derrotou o Kuweit por 3-2, mas somente empatou com os EUA (1-1) e a República Tcheca (1-1). Nas quartas-de-finais, surpreendeu o Brasil na morte súbita, vencendo por 2-1. Nas semifinais, superou o forte Chile também por 2-1. Na final, acabou empantando com a Espanha em 2-2, tendo que levar a decisão para a disputa de penaltes, a qual venceu por 5-3. Patrick M'Boma, com 4 gols, e Lauren Etame Mayer, com 3 gols, foram os maiores goleadores da equipe. O famoso Samuel Eto'o marcou apenas 1 gol. O Futebol, esporte que mais projetou Camarões mundialmente, foi a modalidade esportiva responsável pela primeira medalha olímpica de ouro do país. Em 2004, em Atenas, Grécia, Camarões novamente conseguiu uma medalha de ouro, mas o feito ocorreu no Atletismo feminino. Françoise Mbango Etone venceu a prova de salto triplo com um resultado de 15.30m, superando a grega Hrysopiyi Devetzi por apenas 0.05m. Em 2008, em Beijing, China, Françoise Mbango Etone obteve o bicampeonato olímpico, dessa vez com um salto de 15.39m, superando a russa Tatyana Lebedeva por apenas 0.07m. Camarões seguiu à risca o modelo africano, com medalhas no Atletismo e no Boxe, completadas com um triunfo no Futebol. O país possui potencial para obter melhores resultados no esporte, mas precisa se estruturar. Em Londres-2012, conseguiu resultados expressivos, entre os oito melhores, numa prova feminina da Luta Livre e do Levantamento de peso.  



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