segunda-feira, 25 de abril de 2011

CICLISMO

O Ciclismo integra o programa dos Jogos Olímpicos desde a sua primeira edição em 1896, em Atenas, Grécia. Entretanto, nas primeiras edições, mais precisamente de 1896 a 1912, não apresentou um programa de provas padronizado, havendo grande variação de uma a outra. Além disso, as mulheres somente foram admitidas no Ciclismo olímpico a partir de 1984, em Los Angeles, Estados Unidos, e somente numa disputa de estrada. Em 1988, em Seul, Coreia do Sul, estreiaram também na pista.
Na primeira edição dos Jogos, em 1896, em Atenas, Grécia, a França foi o país dominante no quadro de medalhas, vencendo 4 de 6 provas, sendo seguida pela anfitriã Grécia. Em 1900, em Paris, França, houve a disputa de várias provas, mas reservadas a ciclistas profissionais. Para amadores, foram apenas 3 disputas, que tiveram um forte domínio da anfitriã França. Em 1904, em Saint Louis, EUA, houve a participação de apenas ciclistas norte-americanos e, logicamente, acabaram ficando com todas as medalhas em disputa. Curiosamente, as provas seguiram o sistema britânico de medidas, com as distâncias em milhas. O Reino Unido dominou amplamente as provas dos Jogos de 1908, em seu próprio território, em Londres. Venceu 5 das 7 provas, o que não impediu que uma das provas, a de velocidade, ficasse sem vencedor por ultrapassagem do tempo de disputa. Em 1912, em Estocolmo, Suécia, não foram realizadas competições de pista, apenas duas de estrada. África do Sul e Suécia dividiram as honras. Em 1920, em Antuérpia, Bélgica, o programa de provas passou a ter um formato que perduraria por vários Jogos Olímpicos, mas ainda sem as disputas do quilômetro e da perseguição individual. O Reino Unido foi o país com melhor desempenho. Em 1924, em Paris, França, pela primeira vez na história o programa permaneceu inalterado em relação aos Jogos anteriores. A anfitriã França, com 4 vitórias, dominou amplamente as competições. Em 1928, em Amsterdã, Holanda, o programa foi alterado com a inclusão da prova do quilômetro e a exclusão da competição de 50km, e dessa forma prmaneceu até a edição de 1960, inclusive. Outra novidade foi a prevalência da anfitriã Holanda e da Dinamarca sobre os demais países. Em 1932, em Los Angeles, EUA, a Itália passou a dominar o Ciclismo olímpico, apesar de forte resistência da França. Os italianos venceram 3 provas, enquanto os franceses obtiveram apenas uma vitória. Porém, em 1936, em Berlim, Alemanha, a França foi o grande destaque, com um total de 7 medalhas, ficando bem à frente da anfitriã Alemanha e da Holanda, seus principais adversários. Em 1948, em Londres, Reino Unido, A França manteve sua liderança, mas foi seguida de perto pela Itália. O Reino Unido obteve 5 medalhas, mas não venceu qualquer prova. Em 1952, em Helsinque, Finlândia, houve uma grande mudança entre os principais destaques da modalidade. Embora a Itália tenha mantido sua tradição, foi seguida de perto por Bélgica e Austrália. Além disso, a França fracassou fortemente, assim como o Reino Unido. Em 1956, em Melbourne, Austrália, Itália e França retomaram o antigo domínio, vencendo 5 das 6 provas. Porém, a anfitriã Austrália venceu a única prova não dominada pelas duas potências. Em 1960, em Roma, Itália, o país anfitrião encontrou o cenário perfeito para exercer o seu domínio, que culminou na conquista de 5 das 6 medalhas de ouro em disputa. Porém, um novo país despontava entre as forças da modalidade, a URSS, vencedora da única prova que escapou ao domínio dos italianos e frequentadora do pódio em mais 4 provas. Em 1964, em Tóquio, Japão, o programa foi ampliado com a inclusão da prova individual de perseguição, mas novamente o país que dominou as disputas foi a Itália, com 3 vitórias e medalhas em todas as provas. Em 1968, na Cidade do México, no México, a França retomou seu domínio, inclusive com 4 vitórias em 7 provas, todas elas nas provas de pista. Foi seguida por Dinamarca e Itália. Em 1972, em Munique, Alemanha Ocidental, a União Soviética liderou pela primeira vez a modalidade, sendo o único país a vencer mais de uma prova, com 2 vitórias. A prova de velocidade tandém, em que dois ciclistas pedalam juntos numa mesma bicicleta, marcou sua última aparição olímpica. Em 1976, em Montreal, Canadá, o programa de provas foi reduzido com a exclusão da prova de velocidade tandém. A Alemanha Oriental foi o país com maior número de medalhas, 3 no total, mas a Alemanha Ocidental foi a única a ter vencido duas provas. Houve grande equilíbrio na distribuição das medalhas. Em 1980, em Moscou, União Soviética, atual Rússia, o boicote dos EUA e aliados tirou a forte Alemanha Ocidental dos Jogos. Porém, as duas grandes potências do Ciclismo mundial na época estiveram presentes, a anfitriã União Soviética, 6 medalhas, 3 de ouro, e a Alemanha Oriental, 4 medalhas, 2 de ouro. Em 1984, em Los Angeles, o progama sofreu uma forte modificação com a inclusão da primeira prova feminina, uma de estrada, e com o ingresso da competição masculina de pontos. Entretanto, o nível das competições ficou comprometido devido à ausência das duas grandes potências mundiais, a URSS e a RDA, que boicotaram aquela edição dos Jogos. Sem elas, o destaque ficou por conta dos EUA, que gozavam de pouca tradição na modalidade mas que haviam se preparado intensamente para obter grandes resultados em casa. A conquista de 9 medalhas, 4 de ouro, serviram para confirmar o preparo dos ciclistas dos EUA. A prova feminina também foi vencida pelos anfitriões. Em 1988, em Seul, Coreia do Sul, o programa foi ampliado com o ingresso da competição feminina de velocidade. Sem boicotes, União Soviética, com 4 vitórias, e Alemanha Oriental, com 3, retomaram seu domínio. Entretanto, mudanças políticas colocaram fim à URSS e acabaram afetando as competições dos Jogos de 1992, em Barcelona, Espanha. A Alemanha, novamente unificada, dominou as disputas, vencendo 4 de 10 provas. O progama feminino foi ampliado com o ingresso da competição individual de perseguição. A antiga URSS, agora dividida, limitou-se a duas medalhas obtidas pelos países bálticos, Letônia e Estônia. Em 1996, em Atlanta, EUA, o programa do Ciclismo passou por uma grande revolução, o que elevou de 10 para 14 o seu número de provas. As maiores novidades foram as provas de mountain-bike e de estrada contra o relógio, para homens e mulheres. Além disso, também foi incluída uma prova feminina de pontos, enquanto a competição de estrada por equipes foi excluída. França e Itália voltaram a dominar a modalidade, aproveitando-se do fim da URSS e de um declínio alemão, ficando com 9 dos 14 títulos em disputa. Em 2000, em Sidney, Austrália, o programa novamente foi ampliado, chegando a um total de 18 provas. Foram incluídas as competições masculinas de velocidade olímpica, keirin e madison e a feminina de 500m contra o relógio. França, Alemanha e Holanda dominaram fortemente as competições, sendo que a Alemanha chegou a 10 medalhas. Outra novidade foi o fato dos países soviéticos chegarem a 8 medalhas, depois de dois Jogos Olímpicos em decadência. Em 2004, em Atenas, Grécia, o programa permaneceu inalterado, com suas 18 provas. A Austrália foi o grande destaque das competições ao somar um total de 10 medalhas, 6 de ouro. Reino Unido, Alemanha e Rússia também se destacaram. Em 2008, em Beijing, China, o programa permaneceu com 18 provas, mas as competições de quilômetro, masculina, e 500m, feminina, saíram do programa e foram substituídas pelas competições masculina e feminina de BMX. O Reino Unido apresentou um excepcional desempenho ao conquistar um total de 14 medalhas, incluindo incríveis 8 de ouro. Foi seguida de longe pela França, 6 medalhas, e pelos EUA, 5 medalhas. 
No geral, a França é o país com melhor desempenho no Ciclismo olímpico, somando um total de 87 medalhas, 40 de ouro. Realizou grandes campanhas em 1924, 1936, 1948, 1968, 1996 e 2000. Além disso, suas medalhas estão distribuídas dentre as mais variadas provas. O Reino Unido encontra-se em segundo lugar, com um total de 63 medalhas, 18 de ouro. Teve desempenhos fantásticos em 1908, quando sediou o evento, e em 2008, com a conquista de 14 medalhas, 8 de ouro, nos Jogos de Beijing. Se mantiver seus resultados, poderá se aproximar da líder França. A Itália é a terceira maior medalhista da história do Ciclismo, com 58 pódios, 33 em primeiro lugar. Seu apogeu ocorreu de 1952 a 1968, mas ainda conseguiu grandes resultados nos anos 90 do século passado. Os Estados Unidos estão em quarto lugar com um total de 50 medalhas, 14 de ouro. Entretanto, sua colocação não reflete verdadeiramente seu desempenho ciclístico. 21 de suas medalhas foram obtidas em 1904, quando somente ciclistas norte-americanos participaram dos Jogos. Além disso, os norte-americanos obtiveram 9 medalhas nos Jogos de 1984, fortemente afetados pelo boicote de Alemanha Oriental e União Soviética. Ainda assim, ultimamente, os ciclistas dos EUA vem conseguindo bons resultados, elevando seu número de medalhas. A Alemanha aparece com um total de 43 medalhas, 13 de ouro. Seus melhores resultados ocorreram após a reunificação, em 1992 e 2000. Entretanto, a análise da Alemanha é bastante complicada, pois seu desempenho considera apenas a campanha de 1896 a 1964 e de 1992 a 2008. O período de 1968 a 1988 foi marcado pela divisão das equipes em oriental e ocidental. Somando-se todas as medalhas alemãs, o país teria 73 medalhas, estaria, portanto, em segundo lugar, atrás apenas da França. A Austrália vem a seguir, após a Alemanha, com um total de 42 medalhas, 13 de ouro. Seus melhores resultados ocorreram nos anos 50 e 90 do Século passado, bem como nos Jogos de 2004, em Atenas, Grécia. A Holanda é outro país de grande destaque no Ciclismo, com um total de 40 medalhas. Suas conquistas estão bem distribuídas pelas edições olímpicas, mas não se pode esquecer seu forte desempenho em 1928 e suas vitórias no ano 2000 nas provas femininas. Confira a distribuição das medalhas olímpicas do Ciclismo entre os países:

País-------Total-----Ouro-----Prata-----Bronze

FRA---------87--------40--------24--------23
RUN---------63--------18--------24--------21
ITA---------58--------33--------17---------8
EUA---------50--------14--------15--------21
ALE---------43--------13--------14--------16
AUS---------42--------13--------16--------13
HOL---------40--------15--------16---------9
SOV---------24--------11---------4---------9
BEL---------24---------6---------8--------10
DIN---------22---------6---------8---------8
RDA---------16---------6---------6---------4
SUI---------16---------3---------6---------7
SUE---------15---------3---------4---------8
ESP---------14---------5---------5---------4
RFA---------14---------4---------5---------5
RUS---------13---------4---------4---------5
CAN---------11---------1---------5---------5
POL----------9-------------------6---------3
AFS----------8---------1---------4---------3
TCH----------6---------2---------2---------2
GRE----------4---------1---------3----------
NZE----------4---------1---------1---------2
JAP----------4-------------------1---------3
NOR----------3---------2-------------------1
AUT----------3---------1-------------------2
CHN----------3-------------------1---------2
UCR----------3-------------------1---------2
LET----------2---------1-------------------1
MEX----------2-------------------1---------1
ARG----------1---------1--------------------
EST----------1---------1--------------------
CAZ----------1-------------------1----------
CUB----------1-------------------1----------
POR----------1-------------------1----------
URU----------1-------------------1----------
BIE----------1-----------------------------1
JAM----------1-----------------------------1
LIT----------1-----------------------------1

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