domingo, 28 de março de 2010

28 DE FEVEREIRO - RESULTADOS


O último dia de provas dos Jogos olímpicos de Vancouver reuniu apenas duas disputas, a de 50km, masculina, no Esqui de fundo (cross-country), e a de Hóquei masculino, resultando na distribuição das seis últimas medalhas. Os EUA, já garantidos na final do Hóquei, obtiveram oficialmente sua 37ª medalha, garantindo o recorde de medalhas, no total, numa única edição dos Jogos de Inverno, ultrapassando a marca de 36 medalhas estabelecida pela Alemanha em 2002, em Salt Lake City, EUA. O Canadá, campeão no Hóquei, chegou à sua 14ª medalha de ouro, tornando-se o país que mais medalhas de ouro obteve numa única edição dos Jogos, batendo o recorde de 13 medalhas de ouro estabelecido pela União Soviética em 1976, em Innsbruck, Áustria, e igualado pela Noruega em 2002. Confira os resultados e os comentários das provas:


ESQUI DE FUNDO – masculino – 50km-C


1.NOR – 2:05:35.5 – Petter Northug
2.ALE – 2:05:35.8 – Axel Teichmann
3.SUE – 2:05:36.5 – Johan Olsson


A Noruega ampliou seu domínio nas provas de Esqui de Fundo dos Jogos Olímpicos de Inverno de Vancouver-2010, conquistando a medalha de ouro na última disputa do programa. Petter Northug garantiu a medalha de ouro de forma dramática, superando o alemão Axel Teichmann por apenas 0.3s na chegada. O sueco Olsson ficou com a medalha de bronze, também de forma emocionante, ficando à frente de outro alemão, Tobias Angerer, bronze no mundial de 2009, por apenas 0.5s. O equilíbrio entre os competidores foi tão grande que o quinto colocado, o canadense Kershaw, ficou a apenas 1.6s do campeão. Grandes competidores acabaram ficando fora do pódio, como o estoniano Andrus Veerpalu (6º lugar), o russo Maksim Vylegzhanin (8º), o suíço Dario Cologna (10º) e o italiano Giorgio Di Centa (11º). O campeão mundial de 2007, o norueguês Odd-Bjoern Hjelmeset ficou somente em 17º lugar. Petter Northug conquistou um total de 4 medalhas durante os Jogos, 2 de ouro, 1 de prata e 1 de bronze.

HÓQUEI – masculino – Equipes


1.CAN
2.EUA
3.FIN


Os países favoritos à conquista do título eram Canadá, o anfitrião, e Rússia, campeã mundial de 2008 e 2009. Suécia, Finlândia, EUA e República Tcheca completavam a lista de prováveis medalhistas. Os 12 países participantes foram divididos em 3 grupos de 4 países cada um, classificando-se cada primeiro colocado para as quartas-de-finais, e o melhor segundo colocado, ficando os demais países classificados para a disputa de uma repescagem. O grupo "A" contava com EUA, que acabaram em primeiro lugar, Canadá, Suíça e Noruega. No grupo "B", classificou-se a Rússia, ficando República Tcheca, Eslováquia e Letônia para a disputa de repescagem. O grupo "C" conseguiu garantir dois países na fase de quartas-de-final, no caso, Suécia e Finlândia, deixando Alemanha e Bielorrússia para a disputa das vagas remanescentes. Na repescagem, o Canadá arrasou a Alemanha (8-2); a República Tcheca suou para superar a Letônia (3-2); a Eslováquia bateu a Noruega (4-3); e a Suíça passou com dificuldades pela Bielorrússia (3-2). As quartas-de-final reuniram o jogo que todos esperavam que seria a grande final, Rússia e Canadá. Porém, o jogo não foi muito emocionante, já que o Canadá começou de forma fulminante e acabou superando uma débil Rússia por incríveis 7-3, resultado inesperado para um confronto de dois gigantes. O fraco desempenho russo acabou não sendo uma grande surpresa se comparado com vergonhoso total de medalhas obtido pelo país nos Jogos. Já o Canadá, resolveu assumir uma atitude mais responsável após a derrota por 5-3 diante dos EUA na fase de classificação. Nos outros jogos, a Finlândia passou pela República Tcheca (2-0); a Eslováquia surpreendeu a favorita Suécia (4-3); e os EUA bateram a Suíça (2-0). As semifinais não reservaram muita emoção, pois os EUA, empolgados pela vitória diante do Canadá, começaram de forma arrasadora seu jogo diante da Finlândia, marcando 6 gols no primeiro tempo. Os finlandeses ainda fizeram um gol no terceiro período, mas acabaram derrotados por 6-1. Na outra partida, o Canadá também começou com força seu jogo diante da Eslováquia, garantindo um placar de 3-0 já no segundo tempo. A Eslováquia conseguiu marcar dois gols no terceiro período, mas não conseguiu evitar a derrota por 3-2. Na disputa pela medalha de bronze, a Eslováquia conseguiu abrir uma diferença de 3-1 no segundo período, mas no terceiro período a Finlândia iniciou uma incrível reação, marcando 4 gols e finalizando o jogo com uma vitória de 5-3. A final foi incrivelmente emocionante, com o Canadá abrindo o placar com Jonathan Toews no primeiro período. Corey Perry aumentou a diferença para 2-0 no segundo período, mas os EUA, com Ryan Kesler, diminuíram para 2-1. No terceiro período, faltando 25 segundo para o término da partida, os EUA conseguiram o empate através de Zach Parise, levando o jogo para a prorrogação com morte súbita. Poder-se-ia pensar que o inesperado empate norte-americano tiraria a confiança dos canadenses. Mas o Canadá continuou lutando, e sua torcida foi recompensada quando seu maior astro, Sidney Crosby, aos 7:40 minutos da prorrogação, marcou o gol decisivo, finalizando o placar em 3-2. O Canadá havia sido campeão em 2002, em Salt Lake City, EUA, mas ficara de fora da disputa de medalha em 2006, em Torino, Itália. O resultado do Canadá no Hóquei sobre o gelo permitiu ao país a estabelecer um novo recorde de medalhas de ouro, chegando a 14. A medalha de prata dos EUA também foi histórica, pois representou a 37ª do país nos Jogos de Vancouver, um novo recorde mundial, ultrapassando o total de 36 estabelecido pela Alemanha em 2002. O Canadá, medalha de ouro, disputou 7 partidas, obtendo 6 vitórias e 1 derrota. Na primeira fase bateu a Noruega (8-0) e a Suíça, mas caiu diante dos EUA (3-5). Na repescagem, arrasou a Alemanha (8-2). Nas quartas-de-final, aplicou uma impressionante goleada na favorita Rússia (7-3). Nas semifinais passou pela Eslováquia (3-2) e na final venceu a revanche diante dos EUA (3-2). Os EUA, medalha de prata, realizou 6 partidas, vencendo 5 e perdendo uma. Na primeira fase bateu a Suíça (3-1), a Noruega (6-1) e o Canadá (5-3), superou novamente a Suíça (2-0), dessa vez nas quartas-de-final, arrasou a Finlândia (6-1) nas semifinais mas caiu diante do Canadá (2-3) na final. A Finlândia, medalha de bronze, disputou 6 partidas, vencendo 4 e perdendo 2. Na primeira fase, arrasou a Bielorrússia (5-1) e a Alemanha (5-0), mas caiu diante da Suécia (0-3). Nas quartas-de-final, surpreendeu a República Tcheca (2-0). Porém, na semifinal foi triturada pelos EUA (1-6) num início arrasador, em que os norte-americanos marcaram 6 gols apenas no primeiro período. Na disputa pela medalha de bronze, superou a Eslováquia (5-3), depois de estar atrás no placar.

QUADRO DE MEDALHAS

PAÍS..........................TOTAL (OURO-PRATA-BRONZE)

EUA................................37 (9-15-13)
Alemanha......................30 (10-13-7)
Canadá..........................26 (14-7-5)
Noruega........................23 (9-8-6)
Áustria..........................16 (4-6-6)
Rússia............................15 (3-5-7)
Coreia do Sul................14 (6-6-2)
China.............................11 (5-2-4)
Suécia............................11 (5-2-4)
França...........................11 (2-3-6)
Suíça................................9 (6-0-3)
Holanda...........................8 (4-1-3)
República Tcheca...........6 (2-0-4)
Polônia.............................6 (1-3-2)
Itália................................5 (1-1-3)
Japão...............................5 (0-3-2)
Finlândia.........................5 (0-1-4)
Austrália..........................3 (2-1-0)
Bielorrússia.....................3 (1-1-1)
Eslováquia.......................3 (1-1-1)
Croácia.............................3 (0-2-1)
Eslovênia.........................3 (0-2-1)
Letônia............................2 (0-2-0)
Reino Unido....................1 (1-0-0)
Estônia............................1 (0-1-0)
Cazaquistão....................1 (0-1-0)


Os Estados Unidos realizaram uma das mais memoráveis atuações de sua história nos Jogos Olímpicos de Inverno, que culminou com a conquista de um total de 37 medalhas, recorde absoluto, superando a marca de 36 medalhas estabelecida pela Alemanha nos Jogos Olímpicos de Salt lake City, nos EUA, em 2002. Além disso, foi a primeira vez desde 1932 que os EUA terminaram uma edição de Inverno na liderança do quadro de medalhas. O desempenho norte-americano melhorou sensivelmente a partir dos Jogos de 2002, quando obtiveram 34 medalhas em seu próprio território em Salt Lake City. Anteriormente, o maior total obtido por uma equipe norte-americana era de 13 medalhas, em 1994, em Lillehammer, Noruega, e em 1998, em Nagano, Japão. Em 2002 e 2006, nesta ocasião em Torino, Itália, os EUA foram superados apenas pela Alemanha na disputa pelas medalhas, mas a possibilidade de obterem a liderança era iminente. Com uma equipe fortemente homogênea, alcançaram resultados expressivos em várias modalidades, com maior destaque para o Combinado Nórdico, com 4 medalhas, e para o Esqui Alpino, 8 medalhas, desempenhos que alavancaram os norte-americanos à primeira posição. Outros resultados expressivos vieram da Patinação de Velocidade, 4 medalhas na pista longa e 6 na curta, do Snowboarding, 5 medalhas, e do Esqui Livre, 4 medalhas. O Trenó garantiu 2 medalhas, o mesmo que o Hóquei e a Patinação Artística. A Alemanha obteve 30 medalhas, seu segundo maior total na história. Entretanto, foi no Biatlo masculino que perdeu as possibilidades de novamente liderar o quadro de medalhas, já que sua equipe, ganhadora de 5 medalhas, 4 de ouro, em 2006, saiu dos Jogos sem qualquer medalha, a primeira vez na história desde 1968, ano em que nem a Alemanha Oriental e nem a Ocidental alcançaram o pódio. Dessa vez a Alemanha não apresentou um esporte em que tivesse um desempenho arrasador. Suas medalhas vieram do Biatlo (5), do Tobogã (5), do Esqui de Fundo (5), da Patinação de Velocidade (4), do Trenó (3), do Esqui Alpino (3), do Skeleton (2), da Patinação Artística (1), do Combinado Nórdico (1) e do Salto de Esqui (1). Como se percebe, faltou aos alemães um esporte que os conduzissem ao primeiro lugar, embora tenham obtido medalha num maior número de modalidades esportivas. O anfitrião Canadá terminou com 26 medalhas no total, estabelecendo um novo recorde nacional. Porém, o desempenho ficou abaixo do esperado, pois em 2006, em solo italiano, os canadenses haviam obtido 24 medalhas, apenas duas a menos do que nos Jogos atuais. Ao menos, o Canadá conseguiu estabelecer um novo recorde mundial de medalhas de ouro, chegando a 14, superando o antigo recorde estabelecido pela União Soviética em 1976, em Innsbruck, Áustria, e igualado pela Noruega em Salt Lake City, EUA, em 2002. No início dos Jogos, o Canadá teve resultados desapontadores, mas conseguiu se recuperar no meio da competição e foi capaz de obter o melhor desempenho de sua história. Para um país candidato ao primeiro lugar no total de medalhas, ficou o consolo de alcançar o feito no número de medalhas de ouro. As medalhas do Canadá foram obtidas nas seguintes modalidades esportivas: Patinação de Velocidade em pista curta (5) e pista longa (5), Esqui Livre (3), Trenó (3), Snowboarding (3), Hóquei (2), Curling (2), Patinação Artística (2) e Skeleton (1). O desempenho foi inferior ao obtido pelo país nos campeonatos mundiais que antecederam os Jogos, embora tenha conseguido por fim ao estigma de não obter medalha de ouro em seu próprio território, como ocorrera na edição de Verão de 1976, em Montreal, e na de Inverno em 1988, em Calgary. A Noruega atingiu seu objetivo de melhorar seus resultados de 2006, quando decepcionou e alcançou apenas 19 medalhas, 2 de ouro. Em Vancouver, os tradicionais noruegueses somaram 23 medalhas, 9 de ouro, colocando-se apenas na quarta posição no quadro de medalhas. Ainda são os maiores ganhadores de medalhas na história, mas estão perdendo terreno para os EUA e para a Alemanha. Note-se que na análise desses números a Alemanha não é considerada com a soma das medalhas obtidas pelos orientais e pelos ocidentais nos tempos da divisão. Caso fosse seguido este critério, a Alemanha seria a maior medalhista da história até o momento em Jogos Olímpicos de Inverno. A Noruega concentrou suas medalhas no Esqui de Fundo (9), no Biatlo (5) e no Esqui Alpino (4). O Esqui Livre (2), a Patinação de Velocidade (1), o Salto de Esqui (1) e o Curling (1) foram responsáveis pelas demais medalhas. A Áustria teve um desapontador desempenho, com apenas 16 medalhas, 4 de ouro. Seu fraco resultado no esqui alpino, em que apenas as mulheres obtiveram medalha, e um total de apenas 4, comparado às 14 medalhas obtidas pelas equipes masculina e feminina em 2006, comprometeu o seu desempenho final. Os homens austríacos, pela primeira vez na história, não chegaram ao pódio no esqui alpino, resultado constrangedor, pois foram responsáveis por 8 medalhas quatro anos antes em Torino. A Áustria ainda obteve medalha no salto de esqui (3), Biatlo (2), Tobogã (2), Combinado Nórdico (2), Snowboarding (2) e Esqui Livre (1). A Rússia foi a grande decepção dos Jogos de Vancouver ao totalizar apenas 15 medalhas, o pior desempenho de sua história. O que torna mais dramático ainda o feito, é o fato do país receber a próxima edição dos Jogos de Inverno, em Sochi, em 2014. Como todo país encarregado de sediar uma edição dos Jogos, é natural que apresente uma melhoria em relação à edição anterior. Porém, os russos foram campeões em ineficiência e pioraram seu resultado em relação a 2006, caindo de 22 medalhas para apenas 15. Mas o decepcionante resultado já era esperado, pois há muito tempo a Rússia vem alcançando pífios resultados em campeonatos mundiais. Para 2014, provavelmente, os russos não conseguirão reverter o quadro e deverão ser coadjuvantes de EUA e Alemanha. Uma pena para um país que foi parte da maior potência olímpica de seu tempo, a União Soviética. A fraca Rússia obteve medalhas no Biatlo (4), no Esqui de Fundo (4), na Patinação Artística (2), na Patinação de Velocidade (2), no Trenó (1), no Snowboarding (1) e no Skeleton (1). Ao menos, nas duas últimas modalidades, obteve as primeiras medalhas de sua história. Se a Rússia foi a grande decepção dos Jogos, a Coreia do Sul, com 14 medalhas, 6 de ouro, transformou-se na grande sensação. Se não tivesse perdido 3 medalhas nas provas de patinação de velocidade em pista curta, teria alcançado a quinta posição no quadro geral, superando Áustria e Rússia, o que seria um feito fantástico. Ainda assim, a Coreia do Sul revolucionou as disputas de Patinação de Velocidade, atingindo 8 medalhas na pista curta, algo costumeiro para o país, mas obtendo 5 medalhas, 3 de ouro, na pista longa, inclusive superando a poderosa Holanda nas disputas masculinas. Com mais uma medalha na patinação artística, a Coreia do Sul parece se afastar da imagem de país que somente se destacava na patinação de velocidade em pista curta. Conseguindo expandir seus resultados para outras modalidades, poderá ampliar seu desempenho nas futuras edições dos Jogos de Inverno e diminuir sua diferença em relação aos países lideres mundiais, como EUA, Alemanha, Canadá e Noruega. China e Suécia alcançaram o mesmo número de medalhas, 11 no total, sendo 5 de ouro para cada um. A China continua melhorando seu desempenho, mas não ao nível do que já obteve nas edições de verão. Em Vancouver, conseguiu uma inédita medalha de ouro na patinação artística, em que obteve 2 medalhas, e uma medalha no curling (1). Dominou as competições femininas de patinação de velocidade em pista curta, vencendo todas as 4 provas, e ainda obteve medalhas no esqui livre (3) e na patinação de velocidade em pista longa (1). A Suécia, por sua vez, retomou seu vitorioso caminho no Esqui de Fundo, conquistando um total de 7 medalhas, 3 de ouro. Suas outras medalhas vieram do esqui alpino (2), do biatlo (1) e do curling (1). A França somou 11 medalhas, apenas 2 de ouro. Teve um excelente início de Jogos, mas acabou perdendo força. Surpreendeu no Biatlo ao ser o país com maior número de medalhas, 6 no total. Ainda obteve medalha no Snowboarding (3), no Esqui Livre (1) e no Combinado Nórdico (1). No Esqui Alpino, modalidade em que geralmente apresenta grandes esquiadores, ficou sem medalha. A Suíça terminou os Jogos com 9 medalhas, porém brilhou com 6 de ouro. Obteve medalha no Esqui Alpino (3), no Salto de Esqui (2), no Esqui de Fundo (1), no Curling (1), no Esqui Livre (1) e no Snowboarding (1). Tradicional no Trenó, ficou de fora do pódio na modalidade, uma raridade para os suíços. A Holanda conquistou um total de 8 medalhas, 4 de ouro. Sempre acostumada a obter medalhas numa solitária modalidade, a Patinação de Velocidade, em Vancouver inovou ao conquistar uma medalha, de ouro por sinal, no Snowboarding. Na Patinação de Velocidade repetiu os costumeiros bons desempenhos, somando 7 medalhas, 3 de ouro. Porém, acabou surpreendida pela Coreia do Sul nas provas masculinas, principalmente depois da eliminação de Sven Kramer na prova de 10.000 metros. A República Tcheca teve uma boa atuação, com 6 medalhas, 2 de ouro. Seu maior destaque também foi um dos principais dos Jogos, a patinadora de velocidade Martina Sábliková, que venceu as provas de 3000m e 5000m e ainda ficou em terceiro lugar nos 1500m. Foi a primeira vez na história que os tchecos chegaram ao pódio na modalidade. A Polônia também obteve 6 medalhas, mas apenas uma de ouro. Ainda assim, teve o melhor desempenho de sua história em Jogos de Inverno. Seu resultados foram devidos a apenas dois atletas, a esquiadora de fundo Justyna Kowalczyk, 3 medalhas, 1 de ouro, e o saltador Adam Malysz, 2 medalhas, nenhuma de ouro. A outra medalha veio da patinação de velocidade. A Itália decepcionou completamente ao conquistar apenas 5 medalhas, 1 de ouro. Sua única vitória ocorreu no esqui alpino. Até mesmo no esqui de fundo, em que os italianos tinham esperança de algumas medalhas, o desempenho foi pífio, apenas uma de prata. Aliás, o fracasso da Itália é mais retumbante pelo fato do país ter sediado os Jogos quatro anos antes, em Torino. O Japão obteve 5 medalhas, nenhuma de ouro. Porém, não se pode dizer que decepcionou, pois obteve mais medalhas do que em 2002 (2) e 2006 (1). A Finlândia também obteve 5 medalhas, nenhuma de ouro. Seu resultado foi catastrófico se considerarmos seu vitorioso passado. Esqui de fundo (2), Hóquei (2) e Snowboarding (1) foram os esportes responsáveis por suas medalhas. A Austrália obteve 3 medalhas, 2 de ouro. Superou as expectativas e realizou a melhor campanha de sua história. Aliás, obteve apenas uma medalha de ouro a menos do que a Rússia, país cercado por gelo e neve, bem diferente de sua condição. Suas medalhas de ouro vieram do Snowboarding e do Esqui Livre. Ultimamente, a presença da Austrália na primeira colocação em alguma prova dos Jogos de Inverno tem virado uma constância, algo inimaginável há duas décadas atrás. A Bielorrússia também obteve 3 medalhas, mas somente uma de ouro. Entretanto, a medalha de ouro obtida por Alexey Grishin no esqui livre foi a primeira da história do país em Jogos Olímpicos de Inverno. Além disso, a Bielorrússia realizou em Vancouver-2010 a melhor campanha de sua história. As demais medalhas vieram do Biatlo. A Eslováquia também realizou a melhor campanha de sua história, com 3 medalhas, uma de ouro. Todas as suas conquistas vieram do Biatlo, sendo que duas medalhas foram obtidas por Anastazia Kuzmina, atleta russa naturalizada eslovaca, inclusive a de ouro. A Croácia ficou com 3 medalhas, nenhuma de ouro. Chegou ao pódio duas vezes no esqui alpino e uma vez no Biatlo. A Eslovênia também somou 3 medalhas, nenhuma de ouro. Duas medalhas vieram do Esqui Alpino, a outra do esqui de fundo. A Letônia obteve 2 medalhas de prata, realizando a melhor campanha de sua recente história. Novamente suas medalhas vieram de esportes de sled, com uma no Tobogã e outra no Skeleton. O Reino Unido não consegue se sobressair nos esportes de Inverno. Obteve apenas uma medalha, porém de ouro, na modalidade Skeleton. Diferentemente de países como França, Itália e Alemanha, que conseguem alternar bons desempenhos tanto nos Jogos de Verão quanto nos de Inverno, o Reino Unido é um completo fracasso nas disciplinas da neve e do gelo. A Estônia decepcionou, com apenas uma medalha de prata, obtida no esqui de fundo. Depois de um brilhante resultado em 2006, em que obteve 3 medalhas de ouro, esperava-se um pouco mais do pequeno país europeu. Ao menos, chegou ao pódio pela terceira vez consecutiva em Jogos de Inverno. O Cazaquistão ficou em último lugar na lista dos medalhistas, ao lado da Estônia, com apenas uma medalha de prata, obtida no Biatlo feminino. Sua última conquista em Jogos de Inverno ocorrera em 1998, duas medalhas de bronze. Em 2002 e 2006, não chegou ao pódio em nenhuma prova. Em Vancouver, após 12 anos, novamente viu sua bandeira num pódio olímpico de inverno. Ao todo, assim como em 2006, um total de 26 países obteve ao menos uma medalha, porém o número de medalhas distribuídas foi maior do que na edição anterior. Em resumo, os Jogos de Vancouver-2010 serão lembrados por alguns fatores, como o estabelecimento de recordes de medalhas no total, 37 pelos EUA, e em ouro, 14 pelo Canadá; a grande mudança nos Jogos de Inverno em relação a 1988, com o domínio passando a EUA e Canadá, países que somaram apenas 11 medalhas em Calgary, no mesmo Canadá; o fracasso da Rússia, que, mesmo sendo a sede da próxima edição, não tem conseguido demonstrar qualquer competência nos Jogos de Inverno desde o colapso da União Soviética, potência que havia dominado o quadro de medalhas em 7 das 9 edições de inverno que disputara de 1956 a 1988; pela Coreia do Sul, que se insere num patamar um pouco abaixo das grandes potências dos Jogos de Inverno. Sochi, na Rússia, reservará que tipo de surpresas? Os EUA continuarão sua evolução dentro dos Jogos de Inverno? O Canadá conseguirá manter os resultados das últimas edições? A Alemanha poderá retomar a liderança mundial nos Jogos de Inverno, estando longe do território norte-americano? A Rússia conseguirá se reabilitar e recuperar parte do domínio da antiga URSS ou estará sujeita a passar por mais um vexame olímpico, algo costumeiro para o país desde passou a competir de forma independente, mas agora com o agravante de ser o anfitrião? Novas histórias e emoções estarão reservadas para Sochi 2014!

segunda-feira, 22 de março de 2010

28 DE FEVEREIRO - FAVORITOS

ESQUI DE FUNDO - masculino - 50km-C


Noruega - Petter Northug, Odd Bjørn Hjelmeset, Frode Estil
Rússia - Maksim Vylegzhanin, Alexander Legkov
Alemanha - Tobias Angerer, Jens Filbrich
Estônia - Andrus Veerpalu
Itália - Giorgio di Centa
República Tcheca - Lukas Bauer
Suécia - Marcus Hellner, Johan Olsson


HÓQUEI SOBRE O GELO - masculino - Equipes


Canadá
Rússia
Suécia
EUA
República Tcheca
Finlândia

sexta-feira, 12 de março de 2010

27 DE FEVEREIRO - RESULTADOS


O penúltimo dia dos Jogos Olímpicos de Vancouver foi marcado pela realização de 7 finais, que distribuíram um total de 21 medalhas. O anfitrião Canadá obteve o melhor desempenho entre os países, comprovado pela conquista de 4 medalhas, 3 de ouro e 1 de bronze. O resultado garantiu a primeira colocação do Canadá no critério de medalhas de ouro. Os EUA, por sua vez, garantiram mais duas medalhas, uma de ouro e uma de prata, chegando a um total de 36, igualando o recorde obtido pela Alemanha em 2002. Como já estão na final masculina do Hóquei, os EUA garantiram a primeira posição no total de medalhas, somando 37, três a mais do que obtivera em 2002, ano em que teve o melhor resultado de sua história em Jogos de Inverno. A seguir, confiram os resultados das provas do dia:

ESQUI DE FUNDO – feminino – 30km, clássico


1.POL – 1:30:33.7 – Justyna Kowalczyk
2.NOR – 1:30:34.0 – Marit Bjoergen
3.FIN – 1:31:38.7 – Aino-Kaisa Saarinen


A competição foi dramática, com um duelo sensacional entre as duas grandes sensações do Esqui de fundo feminino nos Jogos de Vancouver, a polonesa Justyna Kowalczyk e a norueguesa Marit Bjoergen. Nas provas anteriores, Bjoergen havia somado 4 medalhas, 3 de ouro e 1 de bronze, enquanto Kowalczyk contava com apenas 2 medalhas, 1 de prata e 1 de bronze. Nesta prova, as duas esquiadoras ingressaram lado a lado na reta final, depois de longos 30km, deixando as demais competidoras para trás. Kowalczyk teve forças para ultrapassar Bjoergen, derrotando-a por apenas 0.3s. Com o resultado, a polonesa finalmente pôde comemorar uma medalha olímpica de ouro, enquanto Bjoergen conseguiu chegar a um total de 5 medalhas nos Jogos de Vancouver, tornando-se a maior medalhista desta edição olímpica. A finlandesa Aino-Kaisa Saarinen ficou com a medalha de bronze, um resultado fraco, se comparado com as expectativas em relação à participação da Finlândia no Esqui de Fundo. Ocorreram algumas decepções, como a sueca Charlotte Kalla (6º lugar), a finlandesa Virpi Kuitunen (14º), a estoniana Kristina Smigun-Vaehi (28º) e a ucraniana Valentyna Shevtchenko, que abandonou a prova. A Rússia, antiga potência do esqui de fundo, mas atingida por casos de doping nos últimos tempos, teve outro péssimo desempenho, com Olga Savialova, 23ª colocada, sendo sua melhor competidora na prova.


PATINAÇÃO DE VELOCIDADE – masculino – Perseguição por equipes


1.CAN – 3:41.37
2.EUA – 3:41.58
3.HOL – 3:39.95


As competições reservaram muitas surpresas, com a poderosa Holanda deixando de obter a medalha de ouro, embora tivesse a melhor equipe entre os participantes. Nas quarta-de-finais, o Canadá eliminou a campeã de 2006, a Itália, por mais de 3 segundos, enquanto a Noruega bateu a Coréia do Sul, os EUA superaram o Japão e a Holanda não tomou conhecimento da Suécia, medalhista mundial. Nas semifinais, o Canadá estabeleceu um recorde olímpico de 3:42.22 minutos para bater a Noruega. Já os EUA, surpreenderam a Holanda, tricampeã mundial, batendo-a por 0.40s, marcando um tempo de 3:42.71 contra 3:43.11 dos rivais. O grande campeão Sven Kramer, campeão dos 5.000m e desclassificado dos 10.000m após cometer um pequeno erro na prova, novamente teve que lidar com a frustração de perder uma medalha de ouro que tinha como certa. Na disputa pela medalha de bronze, a Holanda demonstrou que era a melhor equipe nos Jogos, derrotando a Noruega por 0.55s e estabelecendo um recorde olímpico de 3:39.95. Curiosamente, os dois países obtiveram os melhores tempos de toda a competição. Na disputa pela medalha de ouro, o anfitrião Canadá, comandado por Denny Morrison, que decepcionou nas provas individuais, obteve uma apertada vitória diante dos EUA, superando-os por apenas 0.21s, marcando um tempo de 3:41.37 contra 3:41.58.

PATINAÇÃO DE VELOCIDADE – feminino – Perseguição por Equipes


1.ALE – 3:02.82
2.JAP – 3:02.84
3.POL – 3:03.73


As competições foram marcadas por muitas surpresas, que acabaram deixando equipes favoritas fora do pódio. Nas quartas-de-finais, o Japão eliminou a Coréia do Sul, a Polônia surpreendeu a Rússia, enquanto, num duelo de gigantes, a Alemanha bateu a Holanda, estabelecendo o melhor tempo da fase, com 3:01.95. Em outra surpresa, na mesma fase, os EUA derrotaram o anfitrião Canadá por apenas 0,05s, marcando 3:02.19. As semifinais foram emocionantes, tendo o Japão eliminando a Polônia por somente 0.19s, e a Alemanha superando os EUA por 0.23s, numa corrida dramática, em que a alemã Anni Friesinger desequilibrou-se e perdeu contato com as demais competidoras da equipe, caindo antes da linha de chegada. Porém, foi ágil o bastante para esticar a perna e marcar um tempo melhor do que a equipe norte-americana. Friesinger demorou para perceber o resultado, permanecendo deitada na pista. Quando levantou a cabeça e conferiu o placar, vibrou intensamente. A marca da Alemanha foi de apenas 3:03.55 minutos. Na disputa pela medalha de bronze, a surpreendente Polônia bateu os EUA por 1.57s, marcando 3:03.73 minutos. Na final, novamente houve grande emoção. O Japão começou a prova e conseguiu colocar uma boa diferença em relação à Alemanha. Porém, nas voltas finais, as alemãs começaram a diminuir a diferença e conseguiram cruzar a linha de chegada apenas 0.02s à frente das japonesas, com um resultado de 3:02.82 minutos. A Alemanha também havia sido a campeã em 2006. Na final C, o Canadá obteve a melhor marca da competição, com 3:01.41 minutos, deixando a Holanda para trás, mas com um tempo de 3:02.04 minutos, suficiente para vencer a final olímpica.

SNOWBOARDING – masculino – Eslalom gigante paralelo


1.CAN – Jasey Jay Anderson
2.AUT – Benjamin Karl
3.FRA – Mathieu Bozzetto


A competição apresentou um grande equilíbrio entre os países, já que sete deles colocaram atletas entre os oito primeiros colocados, sendo que apenas a Eslovênia teve mais de um competidor entre eles. O canadense Anderson, o campeão mundial de 2009, superou o austríaco Karl na final, colocando uma diferença de 0.35s após duas descidas. Na disputa pela medalha de bronze, o francês Bozzetto superou o russo Stanislav Detkov, que acabou desclassificado. Dentre os favoritos que decepcionaram, estão o esloveno Rok Flander, o campeão mundial de 2007, apenas o oitavo colocado, assim como o canadense Matthew Morison (11º lugar), o francês Sylvain Dufour (10º lugar) e o austríaco Siegfried Grabner, que não conseguiu colocação.

ESQUI ALPINO – masculino – Eslalom


1.ITA – 1:39.32 – Giuliano Razzoli
2.CRO – 1;39.48 – Ivica Kostelic
3.SUE – 1:39.76 – André Myhrer


A disputa de eslalom foi a última chance da Áustria obter uma medalha nas provas masculinas de esqui alpino nos Jogos Olímpicos de Vancouver. Na primeira descida, a liderança ficou com o italiano Razzoli, seguido pelo esloveno Mitja Valencic e pelo austríaco Benjamin Raich. Na segunda descida, o sueco Myhrer obteve o melhor tempo, o que lhe garantiu a medalha de bronze no geral. Razzoli obteve apenas a sétima marca, mas com o bom resultado da primeira descida, terminou com a medalha de ouro, 0.16s à frente do croata Kostelic, que foi o mais equilibrado dos esquiadores, com um 4º lugar na primeira descida e um 3º lugar na segunda. A Áustria teve Benjamin Raich em quarto lugar e Marcel Hirscher em quinto lugar, ficando com o triste registro de não obter medalha nas provas masculinas pela primeira vez desde 1936, ano em que também não teve esquiador no pódio, pois havia boicotado a competição. Ou seja, pode-se dizer que Vancouver-2010 marcou a primeira vez na história em que os esquiadores austríacos participantes dos Jogos Olímpicos de Inverno não obtiveram qualquer medalha nas provas masculinas. Dentre os favoritos que decepcionaram estão o italiano Manfred Moelgg (7º lugar), o francês Julien Lizeroux (9º), o austríaco Reinfried Herbst (10º) e o canadense Michael Janyk (13º).

TRENÓ – masculino – Quarteto


1.EUA – 3:24.46
2.ALE – 3:24.84
3.CAN – 3:24.85


A prova foi amplamente dominada pela equipe dos EUA, liderada por Steve Holcomb. Desde a primeira descida os norte-americanos assumiram a liderança e a mantiveram até a quarta descida, garantindo a medalha de ouro. A equipe norte-americana superou a alemã por 0.38s e impediu o grande André Lange de se tornar o primeiro piloto com 5 medalhas de ouro olímpicas. O Canadá, de Lyndon Rush, garantiu a medalha de bronze, superando por boa margem a segunda equipe da Alemanha. O audacioso trajeto da pista acabou ocasionando acidentes que prejudicaram equipes favoritas, como a da Rússia, de Zubkov, e a dos EUA, de Napier. A vitória dos EUA quebrou um longínquo jejum, pois os norte-americanos não venciam uma prova olímpica masculina de trenó desde 1948, ano em que venceu a competição para quartetos. Holcomb superou suas próprias limitações, pois possui sérios problemas de visão.

CURLING – masculino – Equipes


1.CAN
2.NOR
3.SUI


Os favoritos confirmaram sua condição, exceto o Reino Unido, que acabou eliminado na fase de classificação. As semifinais reuniram Canadá, Noruega, Suíça e Suécia. O Canadá derrotou a Suécia por 6-3, enquanto a Noruega despachou a Suíça por 7-5. Na disputa pela medalha de bronze, a Suíça bateu a Suécia por 5-4 e garantiu sua posição no pódio. Na final, o Canadá se impôs à Noruega e venceu facilmente por 6-3, garantindo sua segunda medalha de ouro consecutiva, pois fora campeão nos Jogos de 2006, em Torino, na Itália. O Canadá realizou uma campanha perfeita, vencendo todos os seus 11 jogos. Na primeira fase, venceu a Noruega (7-6), a Alemanha (9-4), a Suécia (7-3), a França (12-5), a Dinamarca (10-3), o Reino Unido (7-6), a Suíça (6-4), os EUA (7-2) e a China (10-3). Depois, superou a Suécia na semifinal (6-3) e a Noruega na final (6-3). A Noruega, medalha de prata, contabilizou um total de 8 vitórias e 3 derrotas. na primeira fase, perdeu para o Canadá (6-7), mas depois superou os EUA (6-5), a Alemanha (7-4), a Suíça (7-4), a China (7-5) e a Dinamarca (6-3), antes de sofrer nova derrota, dessa vez para a Suécia (7-8). Finalizou sua campanha na primeira fase com vitórias diante da França (9-2) e do Reino Unido (9-5). Na semifinal, passou pela Suíça (7-5) mas caiu diante do anfitrião Canadá (3-6) na final. A Suíça, medalha de bronze, somou 7 vitórias e 4 derrotas em suas 11 partidas. Venceu a Dinamarca (6-5), os EUA (7-6) e o Reino Unido (4-3), todos por diferença de apenas um ponto. Depois, sofreu duas derrotas consecutivas, diante da Noruega (4-7) e da Alemanha (6-7), venceu a China (9-5), perdeu para o Canadá (4-6) e superou a Suécia (7-3) e a França (6-2). Na semifinal, perdeu para a Noruega (5-7), mas garantiu a medalha de bronze ao derrotar a Suécia (5-4). Curiosamente, todos os três medalhistas haviam sido campeões olímpicos nas edições anteriores. A Suíça venceu em 1998, a Noruega em 2002 e o Canadá em 2006.

QUADRO DE MEDALHAS

PAÍS.................TOTAL (OURO-PRATA-BRONZE)

EUA...................36 (9-14-13)
ALE...................29 (10-12-7)
CAN..................25 (13-7-5)
NOR..................22 (8-8-6)
AUT..................16 (4-6-6)
RUS...................15 (3-5-7)
COS...................14 (6-6-2)
CHN..................11 (5-2-4)
FRA...................11 (2-3-6)
SUE...................10 (5-2-3)
SUI......................9 (6-0-3)
HOL....................8 (4-1-3)
RTC.....................6 (2-0-4)
POL.....................6 (1-3-2)
ITA......................5 (1-1-3)
JAP......................5 (0-3-2)
FIN......................4 (0-1-3)
AUS......................3 (2-1-0)
BIE.......................3 (1-1-1)
ESQ......................3 (1-1-1)
CRO.....................3 (0-2-1)
ESL......................3 (0-2-1)
LET......................2 (0-2-0)
RUN.....................1 (1-0-0)
EST......................1 (0-1-0)
CAZ......................1 (0-1-0)


Os EUA são os grandes vencedores dos Jogos Olímpicos de Vancouver. Com um desempenho fantástico, principalmente na primeira semana de competições, os norte-americanos já garantiram um recorde de 36 medalhas, igualando a marca da Alemanha de 2002. Além disso, como já possuem garantida ao menos a medalha de prata no Hóquei masculino, são os novos recordistas, com um total de 37 medalhas, ficando a apenas 3 medalhas do incrível total de 40. Seus ótimos desempenhos no esqui alpino, no snowboarding e na patinação de velocidade garantiram a quebra do recorde da Alemanha. Depois de estabelecerem um recorde próprio de 110 medalhas nos Jogos de Verão de 2008, numa edição sem boicote, novamente conseguem melhorar seu desempenho no total de medalhas, chegando a 37 numa edição de Inverno, um feito notável, considerando que é o maior total já alcançado por um país. Embora se comente que as competições estão cada vez mais equilibradas, com vários países ascendendo ao pódio, os EUA parecem desmentir a afirmativa, alcançando recordes tanto na edição de verão quanto na de inverno. A Alemanha está a apenas uma medalha da barreira das 30, mas deve lamentar a perda da liderança nos Jogos de Inverno para os EUA, que ficaram em segundo lugar em 2002 e 2006. Em ambas ocasiões, a vitória havia ficado com os alemães. Como fator de decadência da Alemanha, podemos localizar o fraquíssimo desempenho no Biatlo masculino, que ficou sem medalha pela primeira vez desde 1968, ano em que nem o lado ocidental, nem o oriental, chegou ao pódio. O Canadá, como esperado, conseguiu atingir um novo recorde de medalhas, fazendo com que seu desempenho seja o melhor de sua história. Porém, os canadenses esperavam alcançar mais medalhas, talvez chegar ao total de 30, mas teve um início de competição muito fraco e não conseguiu alcançar os EUA. Por outro lado, considerando o número de medalhas de ouro, conseguiu chegar a 13, igualando os recordes da URSS, de 1976, e da Noruega, de 2002. Caso vença a final do Hóquei masculino diante dos EUA, tornar-se-á o maior ganhador de medalhas de ouro numa única edição de inverno, com 14. A Noruega realizou uma boa campanha, mas ficou um pouco abaixo do que se esperava dela. Pelo menos, em termos de medalhas de ouro, conseguiu elevar amplamente seu desempenho, refazendo-se do fraco resultado de 2006, quando obteve 2 medalhas de ouro. Até o momento, já foi vitoriosa em 8 provas. A Áustria, como esperado, estacionou na quinta posição em número de medalhas, mas teve um decepcionante desempenho. Ao contrário de 2006, quando dominou o esqui alpino, em Vancouver teve que se curvar diante dos EUA, que foram o país que mais subiu ao pódio na modalidade. Pior ainda, os austríacos não conseguiram chegar ao pódio nas provas masculinas de esqui alpino, algo que só havia ocorrido em 1936, quando boicotaram o evento. Assim, Vancouver marcou a primeira vez na história dos Jogos Olímpicos de Inverno que os esquiadores alpinos masculinos da Áustria competiram e não chegaram ao pódio. A Rússia contabiliza apenas 15 medalhas, 3 de ouro. É o segundo pior desempenho do país no total de medalhas e o pior em número de medalhas de ouro. Com exceção de 1994, quando obteve 11 medalhas de ouro, a cada edição dos Jogos de Inverno a Rússia se afasta do glorioso passado da União Soviética, que liderou por muitas vezes o quadro de medalhas de 1956 a 1988, sendo sempre o país com maior total, exceto em 1968 e 1980. Com fracos desempenhos em todos os esportes, os russos parecem não estar se preparando para os Jogos de 2014, que ocorrerão em seu próprio território, em Sochi. Difícil imaginar que esta fraca e decadente Rússia conseguirá fazer frente a EUA, Noruega, Alemanha e Canadá, países muito mais estáveis e que se consolidaram como líderes nos esportes de inverno. A Coreia do Sul teve um desempenho exemplar, ficando a apenas duas medalhas da Áustria e a uma da Rússia. Se não tivesse sofrido desclassificações e quedas na Patinação de Velocidade em pista curta, teria conseguido ficar em quinto lugar em número total de medalhas, atrás apenas dos quatro grandes. Seus desempenhos não se limitaram apenas à patinação de velocidade em pista curta, chegando à vertente em pista longa e às patinação artística. É de se destacar a participação da Polônia, que obteve o melhor desempenho de sua história em Jogos de Inverno, superando a Itália, que decepcionou profundamente e se limitou a apenas 5 medalhas, 1 de ouro. Como prevíamos anteriormente, os EUA conseguiram quebrar o recorde de medalhas, mas ficaram a apenas 3 do mágico total de 40 medalhas. Quem sabe em Sochi-2014 os norte-americanos reafirmem sua condição de nova potência dos Jogos de Inverno e cheguem à antes inimaginável barreira? O mundo realmente está em constante mudança, pois em 1988, quando os Jogos foram no Canadá, a URSS, com 29 medalhas, 11 de ouro, e a Alemanha Oriental, com 25 medalhas, 9 de ouro, eram as grandes potências da época, ficando os EUA limitados a apenas 6 medalhas, 2 de ouro, e o anfitrião Canadá a 5 medalhas, nenhuma de ouro. Hoje assistimos aos EUA com um novo recorde no total de medalhas e ao Canadá igualando e podendo passar o recorde de medalhas de ouro. Os dois eventos, 1988 e 2010, ocorreram no mesmo país, mas os acontecimentos foram completamente diferentes.

quinta-feira, 11 de março de 2010

27 DE FEVEREIRO - FAVORITOS

ESQUI DE FUNDO - feminino - 30km-C

Noruega - Kristin Steira, Marit Bjoergen, Therese Johaug
Polônia - Justyna Kowalczyk
Finlândia - Aino-Kaisa Saarinen
Suécia - Charlotte Kalla
Ucrânia - Valentina Shevchenko
Rússia - Yevgeniya Medvedeva


CURLING - masculino - Equipes

Reino Unido
Canadá
Noruega
Alemanha
Suíça
EUA


PATINAÇÃO DE VELOCIDADE - masculino - Perseguição por equipes

Holanda
Suécia
EUA
Itália
Noruega
Canadá


PATINAÇÃO DE VELOCIDADE - feminino - Perseguição por equipes

Canadá
Holanda
Japão
Alemanha
Rússia


SNOWBOARDING - masculino - Eslalom gigante paralelo

Áustria - Siegfried Grabner, Benjamin Karl, Andreas Prommegger
Canadá - Jasey Jay Anderson, Matthew Morison, Michael Lambert
França - Sylvain Dufour
Suíça - Simon Schoch
Eslovênia - Rok Flander


ESQUI ALPINO - masculino - Eslalom

Áustria - Manfred Pranger, Reinfried Herbst
Itália - Patrick Thaler, Manfred Moelgg
França - Julien Lizeroux, Jean-Baptiste Grange
Canadá - Michael Janyk
Alemanha - Felix Neureuther
Suécia - Matthias Hargin
Croácia - Ivica Kostelic


TRENÓ - masculino - Quatro

EUA - Holcomb
Alemanha - Lange
Rússia - Zubkov
Letônia - Minins
EUA - Narpier
Alemanha - Florschuetz
Suíça - Ruegg

segunda-feira, 8 de março de 2010

26 DE FEVEREIRO - RESULTADOS


O dia foi agitadíssimo em Vancouver, com a realização de 7 finais, o que representou a distribuição de mais 21 medalhas olímpicas. O anfitrião Canadá obteve o melhor desempenho entre os países, com 4 medalhas, 2 de ouro, 1 de prata e 1 de bronze. Coreia do Sul e Áustria obtiveram 3 medalhas, mas nenhuma de ouro. Os EUA continuaram ampliando seu total, igualando seu recorde de 34 medalhas, obtido em 2002. Porém, com medalha garantida no Hóquei masculino, já tem 35 medalhas garantidas, estando a apenas uma de recorde da Alemanha, de 36 medalhas, obtido também em 2002. Um novo recorde para os EUA parece inevitável. Confiram as provas e os resultados do dia:


BIATLO – masculino – 4x7.5 km


1.NOR – 1:21:38.1 (0+7)
2.AUT – 1:22:16.7 (1+8)
3.RUS – 1:22:16.9 (0+4)


A Noruega confirmou o favoritismo e obteve a medalha de ouro, superando os demais países por quase 40 segundos. Os noruegueses, com Halvard Hanevold, ficaram em 7º lugar após a primeira passagem do revezamento, mas assumiram a primeira posição já na segunda passagem, com Tarjei Boe. Emil Svendsen manteve a liderança na terceira etapa. Ole Einar Bjoerndalen, o detentor de várias medalhas olímpicas, fechou o revezamento de forma brilhante e garantiu sua sexta medalha de ouro olímpica, a décima no total. A Áustria ficou com a medalha de prata, numa disputa apertada com a Rússia, superando-a por apenas 0.2s de diferença. Porém, durante toda a prova os austríacos mantiveram a segunda posição. A Rússia, que chegou a ser a primeira colocada na primeira etapa do revezamento, perdeu terreno com Anton Shipulin na segunda etapa, embora ele não tenha cometido erros. Posteriormente, Maksim Tchudov e Yevgeniy Ustyugov conseguiram colocar a equipe na terceira colocação, quase garantindo a medalha de prata no final. A Alemanha, campeã em 2006, ficou fora do pódio pela primeira vez desde 1968, ano em que também não obteve medalha. De 1972 a 1988, ou a Alemanha Oriental, ou a Ocidental, garantiam presença no pódio. E de 1992 a 2006, a Alemanha sempre conquistou a medalha de ouro, exceto em 2002. Em Vancouver, amargou a 5ª colocação. A França, com fortes componentes individuais, como Vnicent Jay, Vincent Defrasne, Martin Fourcade e Simon Fourcade, cometeu muitos erros e ficou apenas na 6ª colocação.


ESQUI ALPINO – feminino – Eslalom


1.ALE – 1:42.89 – Maria Riesch
2.AUT – 1:43.32 – Marlies Schild
3.RTC – 1:43.90 – Sarka Zahrobska


As principais favoritas confirmaram sua condição e garantiram presença no pódio. A alemã Maria Riesch venceu com a diferença de 0.43s. Obteve o melhor tempo na primeira descida e o terceiro tempo na segunda. A austríaca Marlies Schild obteve a medalha de prata, conseguindo o melhor tempo na segunda descida. Ela havia ficado em terceiro lugar na primeira descida. A tcheca Sarka Zahrobska garantiu a medalha de bronze, superando a sueca Holmner por 0.32s. A sueca Anja Paerson, a austríaca Michaela Kirchgasser e a alemã Susanne Riesch não terminaram a segunda descida, enquanto outras favoritas terminaram fora do pódio, mas conseguiram completar a prova, como foram os casos da finlandesa Tanja Poutiainen (6º lugar), das austríacas Elisabeth Goergl (7º) e Kathrin Zettel (13º) e da eslovena Tina Maze (9º).


SNOWBOARDING – feminino – Eslalom gigante paralelo


1.HOL – Nicolien Sauerbreij
2.RUS – Ekaterina Ilyukhina
3.AUT – Marion Kreiner


A competição possuía várias favoritas, mas a vitória acabou ficando com a holandesa Sauerbreij, que superou a russa Ilyukhina na final. Ilyukhina havia vencido a primeira descida por apenas 0.02s, mas Sauerbreij devolveu a derrota em melhor estilo, sendo 0.23s mais rápida na segunda descida e, por isso, ficando com a medalha de ouro. A austríaca Marion Kreiner ficou com a medalha de bronze ao superar a alemã Selina Joerg nas duas descidas. Várias favoritas ficaram pelo caminho, mas foi notável a presença de três alemãs e de três austríacas entre as oito primeiras colocadas.


PAT.VEL.- PISTA CURTA – masculino – 500m


1.CAN – 40.770 – Charles Hamelin
2.COS – 40.821 – Sung Si-Bak
3.CAN – 41.326 – Francois-Louis Tremblay


A final da prova foi emocionante. Os favoritos confirmaram sua condição e chegaram à final, que contou com os canadenses Hamelin e Tremblay, com o sul-coreano Si-Bak e com o popular norte-americano Apolo Ohno. Porém, na reta final da corrida, o norte-americano empurrou o canadense Tremblay, que caiu, enquanto o sul-coreano Si-Bak, inclinou-se demais e teve a mão tocada pelos patins de Hamelin, que quase caiu mas heroicamente manteve-se de pé e cruzou a linha de chegada em primeiro lugar. Ohno foi desclassificado, Si-Bak ficou com a medalha de prata, tendo terminado a prova deitado na pista. E Tremblay, foi elevado à medalha de bronze. Ohno havia sido o campeão da prova em 2006.

PAT.VEL. – PISTA CURTA – feminino – 1000m


1.CHN – 1:29.213 – Wang Meng
2.EUA – 1:29.324 – Katherine Reutter
3.COS – 1:29.379 – Park Seung-Hi


As principais favoritas confirmaram sua condição e chegaram às finais. Na final, a chinesa Wang Meng, campeã dos 500m, garantiu mais uma medalha de ouro. Reutter ficou com a medalha de prata, mais uma para os EUA, e a sul-coreana Seung-Hi ficou com a de bronze. A chinesa Zhou Yang, outra finalista e campeã dos 1500m, cometeu uma irregularidade e acabou eliminada. Com sua vitória, Meng Wang garantiu a hegemonia total da China nas provas individuais. Em 2006, ela havia ficado em segundo lugar na prova.


PAT.VEL. PISTA CURTA – masculino – R 5000m


1.CAN – 6:43.610
2.COS – 6:43.845
3.EUA – 6:44.498


A competição de revezamento contou com a participação de cinco equipes na final, as quatro potências da modalidade, EUA, Coreia do Sul, China e Canadá, e mais a França, única representante da Europa. Canadá e China disputaram a liderança nas primeiras voltas da prova. Porém, o Canadá acabou prevalecendo, trazendo consigo a fortíssima equipe sul-coreana, a favorita para a medalha de ouro. Os Estados Unidos conquistaram a medalha de bronze, garantindo mais um pódio para Apolo Anton Ohno, que chegou a um total de 8 medalhas olímpicas entre 2002 e 2010, tornando-se o maior medalhista da história dos EUA em Jogos Olímpicos de Inverno.

CURLING - feminino - Equipes


1.SUE
2.CAN
3.CHN


Os países favoritos conseguiram chegar à fase final do torneio feminino de Curling. Na semifinal, a Suécia bateu a China por 9-4, enquanto o anfitrião Canadá obteve uma difícil vitória por 6-5 diante da Suíça. Na final, o Canadá esteve a ponto de vencer a partida, mas sua melhor jogadora, Cheryl Bernard, cometeu um grave erro e a Suécia soube aproveitar a oportunidade para prosseguir na partida, vencer por 7-6 e obter a medalha de ouro. A China, campeã mundial, teve que se contentar com a medalha de bronze ao bater a Suíça por 12-6. A Suécia também conquistara o título olímpico em 2006. A Suécia disputou 11 partidas, venceu 9 e perdeu apenas duas. O Canadá teve desempenho idêntico ao da Suécia, com 9 vitórias e 2 derrotas. A China venceu 7 partidas e perdeu 4, desempenho bem inferior ao conseguido por Canadá e Suécia.


QUADRO DE MEDALHAS


PAÍS..................TOTAL (OURO-PRATA-BRONZE)


EUA...................34 (8-13-13)
ALE....................27 (9-11-7)
CAN...................21 (10-7-4)
NOR...................20 (8-6-6)
AUT...................15 (4-5-6)
RUS...................15 (3-5-7)
COS...................14 (6-6-2)
CHN...................11 (5-2-4)
FRA...................10 (2-3-5)
SUE.....................9 (5-2-2)
SUI......................8 (6-0-2)
HOL.....................7 (4-1-2)
RTC.....................6 (2-0-4)
POL.....................4 (0-3-1)
ITA......................4 (0-1-3)
AUS......................3 (2-1-0)
BIE.......................3 (1-1-1)
ESQ......................3 (1-1-1)
ESL.......................3 (0-2-1)
FIN.......................3 (0-1-2)
LET.......................2 (0-2-0)
CRO.......................2 (0-1-1)
RUN......................1 (1-0-0)
EST........................1 (0-1-0)
CAZ.......................1 (0-1-0)


Os Estados Unidos ampliaram ainda mais a vantagem sobre a Alemanha, com a conquista de mais duas medalhas, contra apenas uma da rival. Com os resultados do dia, os norte-americanos acumulam um total de 34 medalhas, que corresponde ao seu recorde estabelecido em Salt Lake City em 2002. Restando ainda a prova de Hóquei masculino, na qual os EUA já tem garantida, no mínimo, a medalha de prata, e a de trenó masculino para quatro competidores, o recorde da Alemanha, de 36 medalhas, obtido em 2002, também em Salt Lake City, está para ser igualado pelos norte-americanos. Já a Alemanha, luta para novamente chegar à casa das 30 medalhas. Embora esteja com um excelente desempenho no geral, seu péssimo resultado no Biatlo masculino, em que não obteve medalha, comprometeu suas possibilidades de liderança. Ainda assim, poderá sair dos Jogos como a segunda colocada no total de medalhas, já que os EUA, à esta altura, parecem inatingíveis. O Canadá ultrapassou a Noruega na terceira posição, chegando a 21 medalhas. Porém, em número de medalhas de ouro, coloca-se à frente de EUA e Alemanha. A Noruega apresenta uma campanha regular, não tem condições de brigar pelas primeiras posições com Alemanha e EUA, e deve ficar atrás também do Canadá. Porém, apresentou fortíssimos desempenhos em 3 grandes esportes do programa de inverno: biatlo, esqui de fundo (cross-country) e esqui alpino. Com isso, mantém sua histórica tradição de brilhar nas competições de inverno, além de se colocar numa isolada quarta colocação, bem à frente de Áustria e Rússia. A Áustria chegou a 15 medalhas, mas não possui condições de progredir no quadro. Seu fraquíssimo desempenho no esqui alpino acabou com qualquer pretensão de fazer uma boa figura nos Jogos de Vancouver. Os austríacos ainda não obtiveram medalha nas provas masculinas de esqui alpino, o que contrasta com as 8 medalhas obtidas em 2006. A Coreia do Sul é um dos grandes destaques destes Jogos de Inverno. Com 14 medalhas, o país asiático obteve sua melhor campanha em toda a história. Antigamente restrita às provas em patinação de velocidade em pista curta, com alguns resultados na pista normal, a Coreia do Sul ampliou suas opções, passando a dominar a patinação de velocidade de uma forma geral, em pista curta e normal, e também garantindo medalha na patinação artística. Atualmente, coloca-se numa posição de destaque dentro do quadro de medalhas, ameaçando, inclusive, potências tradicionais, como Áustria e Rússia. Faltando dois dias para o término dos Jogos, provavelmente veremos os EUA estabelecerem um novo recorde de medalhas, deixando a Alemanha para trás, mas ainda aquém da marca das 40 medalhas.