sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

25 DE FEVEREIRO - RESULTADOS


As disputas pelas medalhas estão cada vez mais intensas nos Jogos de Vancouver. O dia 25 de Fevereiro foi marcado pela realização de 6 finais, que distribuíram 18 medalhas. Os EUA novamente conseguiram o melhor desempenho e ampliaram sua vantagem no quadro de medalhas. Conquistaram 4 medalhas, 1 de ouro e 3 de prata. O segundo desempenho ficou por conta da Alemanha, 2 medalhas, 1 de ouro, outra de prata. Foram dsiputadas finais no esqui alpino, hóquei sobre o gelo, esqui de fundo (cross-country), combinado nórdico, esqui livre e patinação artística. Confiram os resultados:


ESQUI ALPINO – feminino – Eslalom Gigante

1.ALE – 2:27.11 – Viktoria Rebensburg
2.ESL – 2:27.15 – Tina Maze
3.AUT – 2:27.25 – Elisabeth Goergl


A Alemanha obteve mais uma vitória no esqui alpino, dessa vez com Viktoria Rebensburg, deixando novamente a Áustria sem um desempenho razoável. O país obteve apenas a medalha de bronze, com Elisabeth Goergl. Duas de suas favoritas, Kathrin Zettel e Eva-Maria Brem, terminaram respectivamente em quinto e sétimo lugares. As norte-americanas também decepcionaram, com Julia Mancuso, a campeã de 2006, em oitavo lugar e Lindsay Vonn sem terminar a prova. A francesa Tainá Barioz, que estava em segundo lugar após a primeira descida, não conseguiu manter seu resultado e despencou para a nona colocação após a segunda descida. A eslovena Tina Maze novamente teve uma excelente atuação e conquistou a medalha de prata, perdendo para a alemã Rebensburg por apenas 0,04s. A suíça Fabienne Suter foi a quarta colocada.


HÓQUEI SOBRE O GELO – feminino – Equipes

1.CAN
2.EUA
3.FIN


Canadá e EUA dominaram as competições femininas de Hóquei, como já era esperado. Na final, o Canadá superou os EUA por 2-0 e conquistou a medalha de ouro. Foi o terceiro título olímpico consecutivo do Canadá, campeão também em 2002 e 2006. Os Estados Unidos ficaram com a medalha de prata, melhorando o terceiro lugar obtido em 2006, mas nada comparado com o título que obtiveram em 1998. O Canadá bateu a Eslováquia (18-0), a Suíça (10-1) e a Suécia (13-1) na primeira fase, depois superou a Finlândia (5-0) na semifinal e os EUA (2-0) na final. Os EUA, por sua vez, derrotaram a China (12-1), a Rússia (13-0) e a Finlândia (6-0) na primeira fase, a Suécia (9-1) na semifinal, mas perderam para o Canadá (0-2) na final. Na disputa da medalha de bronze, a Finlândia derrotou a Suécia, na prorrogação, por 3-2. A Suécia, prata em 2006, ficou fora do pódio.


ESQUI DE FUNDO – feminino – 4x5km

1.NOR – 55:19.5 – (2-3-1-1)
2.ALE – 55:44.1 – (3-6-3-2)
3.FIN – 55:49.9 - (12-7-3-3)


Pelo desempenhos das atletas durantes os Jogos, os países favoritos ao pódio eram Noruega, Suécia e Alemanha, embora Itália, Finlândia e Rússia também estivessem na disputa. Na primeira etapa da prova, no estilo clássico, a sueca Anna Olsson foi quem ficou na primeira posição, colocando a Suécia na liderança. Porém, na segunda etapa do revezamento, também no estilo clássico, o destaque ficou por conta da polonesa Justyna Kowalczyk, que colocou a Polônia na primeira posição. Na terceira etapa, no estilo livre, Kristin Steira, da Noruega, tomou a liderança para seu país e a sustentou até entregá-la à quarta esquiadora da equipe, a supercampeã Marit Bjoergen. A norueguesa ampliou a diferença e garantiu a medalha de ouro para o seu país. Alemanha foi se recuperando durante a prova e assegurou a medalha de prata, depois de passar apenas na sexta posição após a segunda etapa. A Finlândia, que esteve em sétimo lugar depois da segunda etapa, teve uma excelente atuação no estilo livre, com Roponen e Saarinen, garantindo a medalha de bronze com 16s de vantagem sobre a Itália. A Rússia, campeã em 2006, foi a grande decepção, amargando a oitava posição, embora resultado parecido fôsse esperado pelo fato de suas esquiadoras não estarem fazendo uma boa apresentação nos Jogos de Vancouver. A Suécia também não correspondeu, ficando em 5º lugar.


COMBINADO NÓRDICO – masculino – rampa grande/10km

1.EUA – 25:32.9 - Bill Demong
2.EUA – 25:36.9 - Johnny Spillane
3.AUT – 25:43.7 - Bernhard Gruber


Os EUA dominaram a competição, confirmando o seu favoritismo. O norte-americano Demong largou em sexto lugar, 46s atrás do austríaco Gruber, enquanto o compatriota Spillane largou em segundo, mas com uma desvantagem de 34s. Gruber largou na frente mas não conseguiu resistir ao melhor desempenho dos norte-americanos no esqui de fundo, embora tenha conseguido se manter com os mesmos até a reta final. A prova foi marcada por várias decepções, como os alemães Bjorn Kircheisen, 20º lugar, e Eric Frenzel, 40º lugar; o francês Jason Lamy Chappuis, 18º lugar; e o norueguês Magnus Moan, 15º lugar, para ficar nos casos mais ilustres. Demong tornou-se o primeiro norte-americano a vencer uma prova de esqui nórdico em Jogos Olímpicos. Os EUA conseguiram confirmar o favoritismo na modalidade e marcaram uma nova etapa da mesma, em que as tradicionais forças, como Alemanha, Noruega, Áustria e Finlândia, terão que se curvar diante da competência olímpica da grande superpotência, os EUA. Com esse desempenho, os EUA enriqueceram ainda mais sua história dentro dos Jogos Olímpicos.


PATINAÇÃO ARTÍSTICA – feminina – Individual

1.COS – 228.56 - Kim Yu-Na
2.JAP – 205.50 - Mao Asada
3.CAN – 202.64 – Joannie Rochette


As favoritas confirmaram sua condição e ficaram no pódio. A sul-coreana Kim Yu-Na não deu chances às demais competidoras. Marcou 78.50 pontos no programa curto e 150.06 no programa livre, ampliando ainda mais sua vantagem sobre as demais. O Japão tinha esperança de obter duas medalhas, com Mao Asada e Miki Ando, porém somente Asada garantiu medalha, ao ficar em segundo lugar. A canadense Joannie Rochette também era candidata ao pódio, mas sua medalha de bronze foi heróica, pois na semana anterior sua mãe faleceu ao chegar a Vancouver. Rochette apresentou um grande controle emocional, fez belas apresentações, não cometeu erros graves e conseguiu uma medalha olímpica. A norte-americana mais bem colocada foi Mirai Nagasu, 4º lugar, posição que tirou os EUA do pódio pela primeira vez na prova desde 1968, ano em que Peggy Fleming conquistou a medalha de ouro. A pontuação das medalhistas, no programa curto e no livre, foram, respectivamente: Kim (78.50-150.06), Asada (73.78-131.72) e Rochette (71.36-131.28).


ESQUI LIVRE – masculino – Aerials

1.BIE – 248.41 – Alexey Grishin
2.EUA – 247.21 – Jeret Peterson
3.CHN – 242.53 – Liu Zhongqing


A competição possuía vários favoritos, sendo que China, Bielorrússia, Canadá e EUA eram apontados como candidatos às medalhas. Após o primeiro salto, a liderança ficou com o canadense Kyle Nissen, com mais de 6 pontos de vantagem sobre os demais colocados, especialmente o bielorrusso Alexey Grishin e o chinês Liu Zhongqing. Na segunda rodada, as maiores pontuações foram alcançadas pelo canadense Shouldice e pelo bielorrusso Dmitri Dashinsky, porém eles haviam fracassado na primeira rodada e acabaram fora do pódio. O canadense Nissen, por sua vez, fracassou e também não obteve medalha. O torneio acabou premiando os competidores de maior regularidade. O bielorrusso Alexey Grishin não liderou em nenhum dos saltos, mas obteve a medalha de ouro por 1,20 ponto de vantagem sobre o competidor Jeret Peterson, dos EUA. O chinês Liu Zhongqing terminou na terceira posição, muito aquém do objetivo que a China havia estabelecido para esta prova, vencida por ela em 2006, com Han Xiaopeng. Grishin tornou-se o primeiro campeão olímpico da Bielorrússia em Jogos Olímpicos de Inverno. Em 2002, em Salt Lake City, havia ficado com a medalha de bronze, e em 2006, apenas com a quarta colocação.


QUADRO DE MEDALHAS


PAÍS..................TOTAL (OURO-PRATA-BRONZE)


EUA...................32 (8-12-12)
ALE...................26 (8-11-7)
NOR...................19 (7-6-6)
CAN....................17 (8-6-3)
RUS....................13 (3-4-6)
AUT...................12 (4-3-5)
COS....................11 (6-4-1)
FRA....................10 (2-3-5)
CHN.....................9 (4-2-3)
SUI.......................8 (6-0-2)
SUE......................8 (4-2-2)
HOL.....................6 (3-1-2)
RTC.....................5 (2-0-3)
POL.....................4 (0-3-1)
ITA......................4 (0-1-3)
AUS......................3 (2-1-0)
BIE.......................3 (1-1-1)
ESQ......................3 (1-1-1)
ESL......................3 (0-2-1)
FIN......................3 (0-1-2)
LET......................2 (0-2-0)
CRO.....................2 (0-1-1)
RUN.....................1 (1-0-0)
EST......................1 (0-1-0)
CAZ......................1 (0-1-0)


Os Estados Unidos ampliaram a diferença de medalhas em relação à Alemanha, obtendo mais 4 medalhas contra apenas 2 da Alemanha. Os norte-americanos já estão com 32 medalhas, apenas duas a menos do seu recorde e quatro atrás do recorde olímpico que a Alemanha estabeleceu em 2002. Ainda restam competições no Trenó, no Hóquei masculino e na patinação de velocidade, o que certamente contribuirá para que os EUA, ao menos, igualem seu recorde. Porém, poderão também bater a marca alemã, mas a tão sonhada barreira das 40 medalhas ainda parece distante. A Alemanha definitivamente não conseguirá fazer frente aos EUA. Seu nulo desempenho no Biatlo masculino, a ausência de medalhas no combinado nórdico e a não mais poderosa equipe de patinação de velocidade parecem ter modificado o cenário dos Jogos Olímpicos de Inverno, relegando a Alemanha a um segundo lugar. A Noruega já conta com 19 medalhas, e deverá travar uma ótima batalha com o Canadá, que está com 17, mas ainda terá as medalhas do Curling, do Hóquei masculino, da Patinação de Velocidade e do Trenó para serem somadas ao seu total. A Noruega apostará nas últimas medalhas do esqui de fundo (cross-country), biatlo e patinação de velocidade e esqui alpino. A Rússia está num distante quinto lugar, com 13 medalhas, sem qualquer esperança de repetir o desempenho de 2006, quando chegou 22 vezes ao pódio. A campanha da Rússia em Vancouver é a segunda pior de sua história nos Jogos de Inverno, o que demonstra uma falta completa de investimentos, num momento em que deveria estar numa posição melhor, pois o país abrigará o evento em 2014, em Sochi. Antigos esportes tradicionais da Rússia ficaram sem medalha, como o Esqui de fundo feminino, ou tiveram participação miserável, como ocorreu com a patinação artística, pior campanha desde 1964. Se continuar assim, a Rússia será um ótimo anfitrião, pois não atrapalhará os demais países na disputa pelas medalhas em Sochi-2014. A Áustria continua sua trágica campanha no esqui alpino, estando atrás dos EUA em número de medalhas. O mau desempenho afetará o total de medalhas dos austríacos, que deverá ser inferior ao de 2006 (23 medalhas). A Coreia do Sul segue firme na disputa pelas medalhas e em Vancouver apresentou grande revolução ao invadir as provas de patinação de velocidade em pista longa, ampliando seu campo de ação, que antes se restringia às provas em pista curta. A China ainda ganhará algumas medalhas, restando saber se conseguirá bater seu recorde, que é de 2006, 11 medalhas, 2 de ouro. Faltando apenas 3 dias para o término dos Jogos, parece que alguns pontos estão caminhando para um desfecho já antecipado anteriormente, com os EUA podendo quebrar os recordes de medalhas e a Alemanha sendo relegada a um segundo posto. Pela segunda vez na história os Estados Unidos ficarão em primeiro lugar no quadro de medalhas numa edição olímpica de Jogos de Inverno.

Nenhum comentário: