O Paquistão é um
país asiático com população de cerca de 180 milhões de habitantes. Foi concebido
nos anos 30 como forma de separar os muçulmanos da Índia. Em 1947, declarou sua
independência em relação ao Reino Unido e em 1956 estabeleceu sua República
Islâmica. Desde sua independência, o Paquistão tem participado dos Jogos
Olímpicos, esteeiando, portanto, na edição de 1948, curiosamente, em Londres,
Reino Unido. Seguindo a tradição da Índia, o Paquistão também se destacou no
Hóquei sobre a grama, respnsável por 8 de suas 10 medalhas olímpicas, e rivalizou com o vizinho, principalmente nos
anos 50 e 60. O Paquistão esteve ausente apenas da edição olímpica de 1980,
quando apoiou o boicote patrocinado pelos EUA aos Jogos Olímpicos de Moscou,
disputados na então União Soviética. Nos Jogos Olímpicos de Inverno, o país
iniciou sua participação somente em 2010, em Vancouver, Canadá. O Paquistão não
obteve medalha nas edições de 1948 e 1952, mas conquistou sua primeira medalha
olímpica em 1956, em Melbourne, Austrália. Sua equipe masculina de Hóquei sobre
a grama conquistou a medalha de prata, perdendo a final para a Índia. Na fase
de classificação, derrotou a Bélgica, 2-0, e a Nova Zelândia, 5-1, mas empatou
com a Alemanha, 0-0, o suficiente para garantir a primeira posição de seu
grupo. Na semifinal, derrotou o Reino Unido por 3-2, mas caiu na final, diante
da Índia, por 0-1, ficando com a medalha de prata. O Paquistão somou 5 jogos, 3
vitórias, 1 empate e 1 derrota.Marcou 10 gols e sofreu 4. Em 1960, em Roma,
Itália, o Paquistão realizou sua melhor participação olímpica na história ao
conquistar 2 medalhas, 1 de ouro e outra de bronze. Foi a única vez que o país
subiu mais de uma vez ao pódio numa edição olímpica. A equipe masculina de Hóquei
sobre a grama conquistou a inédita medalha de ouro, conseguindo quebrar a
seqüência de vitórias da poderosa Índia, campeã de 1928 a 1956. Na primeira
fase, o Paquistão arrasou seus adversários, com vitórias diante de Austrália,
3-0, Polônia, 8-0, e Japão, 10-0. Nas quartas-de-finais, passou pela Alemanha,
com o difícil placar de 2-1. Na semifinal, obteve outra difícil vitória, 1-0
diante da Espanha. Na final, diante da Índia, obteve nova vitória por 1-0. Ao
todo, o Paquistão venceu todos os seus 6 jogos, marcou 25 gols e sofreu apenas
1. A medalha de bronze foi obtida na Luta Livre, na categoria meio-média, até
73 kg, por Mohammad Bashir, que obteve vitórias do britânico Amey, por derubada
e do argentino Rolon, por pontos, em seus primeiros combates. Na terceira
rodada, perdeu para o iraniano Gondarzi, por pontos. Na quarta-rodada, bateu o
suíço Bruggmann por derrubada. Depois superou o italiano De Vescovi, por
pontos. Na fase final, perdeu para o turco Ogan e para o norte-americano
Blubaugh, ambas por pontos. Em 1964, em Tóquio, Japão, o Paquistão novamente
ficou com a medalha de prata no torneio masculino de Hóquei sobre a grama, a
sua única nos Jogos. Na primeira fase, a equipe paquistanesa venceu dos seus 6
jogos, batendo, na seqüência, Austrália (2-1), Quênia (5-2), Japão (1-0), Reino
Unido (1-0), Rodésia (6-0) e Nova Zelândia (2-0). Na semifinal, bateu
facilmente a Espanha por 3-0. Porém, na final, perdeu para a grande rival Índia
por 1-0, limitando-se à medalha de prata. Em 1968, na Cidade do México, México,
o Paquistão voltou a conquistar a medalha de ouro no torneio masculino de
Hóquei sobre a grama, sua única nos Jogos. A equipe paquistanesa venceu todos
os seus 7 jogos na fase de classificação, passando por Holanda (6-0), França
(1-0), Austrália (3-2), Argentina (5-0), Reino Unido (2-1), Malásia (4-0) e
Quênia (2-1). Na semifinal, venceu a Alemanha por 1-0, num jogo dificílimo. Na
final, o Paquistão garantiu a medalha de ouro ao bater novamente a Austrália,
dessa vez por 2-1. Em 1972, em Munique, Alemanha Ocidental, o Paquistão
novamente conquistou apenas uma medalha de prata e novamente no Hóquei sobre a
grama masculino. Porém, dessa vez não perdeu para a rival Índia, mas sim para a
anfitriã Alemanha Ocidental. Na primeira fase, obteve 5 vitórias, 1 empate e 1
derrota. Derrotou a França (3-0), empatou com a
Espanha (1-1), passou por Uganda (3-1), antes de cair diante da anfitriã
Alemanha Ocidental (1-2). A seguir, obteve vitórias diante de Argentina (3-1),
Malásia (3-0) e Bélgica (3-1). Na semifinal, passou pela rival Índia, por 2-0,
garantindo ao menos a medalha de prata. Na final, acabou perdendo para a
anfitriã Alemanha Ocidental por 0-1, confirmando a medalha de prata.
Curiosamente, já havia perdido para os alemães na primeira fase, por 1-2. Em
1976, em Montreal, Canadá, o Paquistão obteve apenas uma medalha de bronze,
mais uma vez com o Hóquei sobre a grama. A equipe paquistanesa obteve 3
vitórias e um empate na fase de classificação. Derrotou a Bélgica (5-0),
empatou com a Espanha (2-2) e venceu a Alemanha Ocidental (4-2) e a Nova
Zelândia (5-2). Porém, na semifinal, perdeu para a Austrália, 1-2. Na decisão
da medalha de bronze, bateu a Holanda por 3-2, chegando mais uma vez ao pódio.
Em 1980, o Paquistão apoiou o boicote dos Estados Unidos aos Jogos Olímpicos de
Moscou, na então União Soviética. Após essa ausência, retornou com força total
para os Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984, nos EUA, onde conquistaram uma
única medalha, a de ouro do torneio masculino de Hóquei sobre a grama. A equipe
paquistanesa obteve 2 vitórias e 3 empates na fase de clasisficação. Empatou
com a Nova Zelândia (3-3), derrotou o Quênia (3-0), empatou com a Holanda
(3-3), arrasou o Canadá (7-0) e empatou com o Reino Unido (0-0). Na semifinal,
conseguiu uma convincente vitória diante da Austrália, por 3-0. Na final,
novamente confirmou sua força ao bater a Alemanha Ocidental por 3-1. Hassan
Sardar, com 10 gols, foi o principal goleador da equipe, seguido por Manzoor
Hussain, com 5 gols. Em 1988, em Seul, Coreia do Sul, o Paquistão obteve apenas
uma medalha olímpica de bronze, curiosamente no torneio de Boxe. A equipe
masculina de Hóquei sobre a grama ficou de fora do pódio pela primeira vez,
exceto por causa do boicote de 1980, desde 1956. A medalha do Boxe foi
conquistada por Hussain Shah Syed, na categoria média, até 75 kg. Syed derrotou
o mexicano Amarillas (3-2) na segunda rodada, o representante de Zaire,
Kabongo, nas oitavas-de-finais (5-0), e garantiu ao menos a medalha de bronze
ao derrotar o húngaro Fuzesy (3-2) nas quartas-de-finais. Porém, na semifinal,
perdeu para o canadense Egerton Marcus (1-4). De certa forma, foi favorecido
pelo boicote de Cuba aos Jogos de Seul. Em 1992, em Barcelona, Espanha, o Paquistão
obteve sua última medalha olímpica ao ficar em terceiro lugar no torneio
masculino de Hóquei sobre a grama. Depois dessa medalha, o Paquistão nunca mais
subiu num pódio olímpico. A equipe paquistanesa de hóquei realizou uma
excelente campanha na primeira fase ao vencer todos os seus 5 jogos. Obteve
vitórias diante de Malásia (4-1), Nova Zelândia (1-0), Equipe Unificada (6-2),
antiga URSS, Holanda (3-2) e Espanha
(6-1). Na semifinal, perdeu para a Alemanha por 1-2, mas garantiu a medalha de
bronze ao bater a Holanda por 4-3. Depois dos Jogos de Barcelona, o Paquistão
nunca mais voltou ao pódio olímpico em qualquer esporte, ficando sem medalha de
1996 a 2012. Para um dos países mais populosos do mundo, seu desempenho é
simplesmente desapontador e não há perspectivas de melhora para as próximas
edições olímpicas.
O Blog tem por objetivo estudar os Jogos Olímpicos enfatizando os países, as provas disputadas, as edições olímpicas, os esportes disputados nos Jogos e também os atletas. Nos marcadores encontram-se: 1) os anos das edições olímpicas; 2) os esportes olímpicos ( E ); 3) os países que já obtiveram medalha olímpica ( P ); 4) e cada prova olímpica com os países medalhistas e um quadro geral de medalhas ( PR ). Visite também: www.livrosesportivos.blogspot.com e www.favoritos2012.blogspot.com
sábado, 27 de abril de 2013
quarta-feira, 17 de abril de 2013
TUNÍSIA - ANÁLISE
A Tunísia é um país
africano, localizado no norte do continente, com população de aproximadamente
10,7 milhões de habitantes. Tornou-se independente da França em 20 de Março de
1956 e declarou sua república em 25 de julho de 1957, ano em que também foi
criado seu comitê olímpico nacional. A Tunísia inciou sua participação olímpica
em 1960, em Roma, Itália. Desde então, ausentou-se dos Jogos somente na edição
de 1980, apoiando o boicote dos Estados Unidos aos Jogos Olímpicos de Moscou,
antiga URSS. Nunca participou dos Jogos de Inverno. No geral, em suas participações
olímpicas, acumula um total de 10 medalhas, 3 delas de ouro. O país não demorou
muito para chegar ao pódio olímpico. Em 1964, em Tóquio, Japão, obteve sua
primeiras medalhas olímpicas, uma de prata, no Atletismo, e outra de bronze, no
Boxe. Mohammed Gammoudi ficou em segundo lugar na prova masculina de 10.000m no
Atletismo, com um resultado de 28:24.8 min, apenas 0.4s atrás do surpreendente
norte-americano William Mills, que nem era cotado como medalhista para a prova.
A outra medalha da Tunísia foi obtida por Habib Galhia, que ficou em terceiro
lugar na categoria até 63,5 kg do torneio masculino de Boxe. Galhia derrotou o
holandês Gerlach (3-2) na segunda rodada. Nas oitavas-de-finais, derrotou
Omparsad, do Nepal, por nocaute. Nas quartas-de-finais, obteve outro nocaute,
dessa vez contra o cubano Betancourt. Com o resultado, Galhia garantiu a medalha
de bronze, oficializada após perder para o soviético Yevgeni Frolov, nas
semifinais, por 5-0. Em 1968, na Cidade do México, no México, a Tunísia
conseguiu melhorar seu desempenho, novamente somando 2 medalhas, mas uma de
ouro e uma de bronze. Ambas foram conquistadas pelo corredor Mohammed Gammoudi,
que venceu a prova de 5.000m e ficou em terceiro lugar na de 10.000m. Na prova
de 5.000m, Gammoudi registrou um tempo de 14:05.0 min, superando o queniano
Kipchoge Keino por somente 0.2s. Com o resultado, tornou-se o primeiro campeão
olímpico da história de seu país. Na prova de 10.000m, obteve a marca de
29:34.2 min, ficando apenas na terceira posição, 6.8s atrás do queniano Naftali
Temu, medalhista de ouro, e 6.2s atrás do etíope Mamo Wolde, medalhista de
prata. Gammoudi ajudou a Tunísia a registrar o melhor desempenho olímpico de
sua história até então, algo que só mudaria em 2012. Em 1972, em Munique,
Alemanha Ocidental, a Tunísia obteve apenas uma medalha de prata. Novamente o
feito coube ao corredor Mohammed Gammoudi, que ficou em segundo lugar na prova
masculina de 5.000m no Atletismo. Gammoudi registrou a marca de 13:27.4 min,
perdendo apenas para o finlandês Lasse Viren, campeão em 13:26.4 min. Gammoudi
tornou-se o maior medalhista da história da Tunísia, com 4 medalhas, 1 de ouro,
2 de prata e 1 de bronze. Depois do bom período proporcionado por Gammoudi, a
Tunísia demorou para retornar ao pódio olímpico, algo ocorrido somente em 1996,
nos Jogos Olímpicos de Atlanta, nos Estados Unidos. Na ocasião, a Tunísia
limitou-se a uma medalha de bronze conquistada no torneio masculino de Boxe. Fethi
Missaoui ficou na terceira posição na categoria até 63.5 kg. Missaoui derrotou
o australiano Trautsch na primeira rodada (25-9). Nas oitavas-de-finais, passou
pelo irlandês Barrett (18-6). Nas quartas-de-finais, teve um difícil combate
contra o argelino Mohamed Alalou, vencendo-o por apenas 16-15. Com a medalha de
bronze garantida, Missaoui enfrentou o alemão Oktay Urkal nas semifinais,
perdendo facilmente por 6-20. Depois deste retorno ao pódio olímpico, a Tunísia
passou em branco nos Jogos de 2000 e 2004. Porém, em 2008, nos Jogos de
Beijing, na China, retornou novamente ao pódio e para receber uma medalha de ouro.
O autor da façanha foi o nadador Oussama Mellouli, que venceu a prova masculina
de 1.500m, estilo livre, com o excelente tempo de 14:40.84 min. Foi a primeira
medalha olímpica do país na Natação. Mellouli superou o australiano Grant
Hackett, que buscava o tricampeonato olímpico, por 0.69s de diferença. Em 2012,
em Londres, Reino Unido, a Tunísia realizou a melhor campanha olímpica de sua
história ao conquistar um total de 3 medalhas, 1 de ouro, 1 de prata e 1 de
bronze. As medalhas foram conquistadas por Oussama Mellouli, que chegou 2 vezes
ao pódio na Natação masculina, e por Habiba Ghribi, medalhista no Atletismo
feminino. Habiba Ghribi ficou em segundo lugar na prova feminina de 3.000m com
obstáculos, com a marca de 9:08.37 min, 1.65s atrás da russa Yuliya Zaripova,
garantindo a medalha de prata e se tornando a primeira mulher da história da
Tunísia a chegar a um pódio olímpico. Oussama Mellouli, por sua vez, não
conseguiu repetir sua vitória na prova masculina de 1.500m, estilo livre, na
Natação, limitando-se apenas à terceira posição, com o tempo de 14:40.31 min.
Aliás, não tinha a mínima condição de vencer a prova devido à presença do
poderoso chinês Sun Yang, que registrou o fantástico recorde mundial de
14:31.02 min. Entretanto, Mellouli obteve sua segunda medalha de ouro olímpica
ao vencer de forma surpreendente a prova de 10 km em mar aberto, com um tempo
de 1:49:55.1h, superando o favorito alemão Thomas Lurz por 3.4s de diferença.
Nos Jogos de 2012 a Tunísia realizou uma excelente campanha, obtendo sua
primeira medalha feminina, com Habiba Ghribi no Atletismo, registrando seu
primeiro competidor a chegar a duas medalhas de ouro, com Oussama Mellouli, e
conseguindo seu melhor desempenho em termos de número de medalhas, chegando 3
vezes ao pódio. A Tunísia possui potencial para realizar melhores campanhas nos
Jogos Olímpicos e poderá utilizar o tripé formado por Boxe, Natação e Atletismo
para atingir este objetivo. Além disso o país possui algumas possibilidades de
pódio em esportes de combate. Como seus desempenhos são modestos, não seria
difícil o estabelecimento de outro recorde em 2016, nos Jogos do Rio de
Janeiro.
domingo, 14 de abril de 2013
URUGUAI - ANÁLISE
O Uruguai é um
país da América do Sul com cerca de 3,3 milhões de habitantes. Sua participação
nos Jogos Olímpicos tem sido discreta, embora apresente como destaque suas
conquistas no Futebol. O país participou dos Jogos Olímpicos de Verão pela
primeira vez em 1924, em Paris, França, e desde então esteve ausente apenas na
edição de 1980, quando aderiu ao boicote norte-americano aos Jogos Olímpicos de
Moscou, antiga URSS. Nos Jogos de Inverno, o Uruguai esteve presente apenas na
edição de 1998, em Nagano, Japão. Embora possua uma população parecida com a da
Noruega, por exemplo, o Uruguai conquistou apenas 10 medalhas olímpicas, 2 de
ouro, em sua história, sendo que seu melhor período ocorreu de 1924 a 1956,
quando obteve 8 de suas medalhas. Em 1924, nos Jogos Olímpicos de Paris, na
França, em sua estreia olímpica, o Uruguai obteve a medalha de ouro no torneio
masculino de Futebol. Na primeira rodada, o Uruguai massacrou a Iugoslávia com
um placar de 7-0. Na segunda rodada, o Uruguai ignorou os Estados Unidos e
venceram a partida por 3-0. Nas quartas-de-finais, realizaram um excelente jogo
contra a França, vencendo-a por 5-1. Na semifinal, teve um jogo duríssimo com a
Holanda, conseguindo vencê-la, de virada, por 2-1, garantindo a medalha de
prata. A final foi contra a Suíça, e o Uruguai novamente mostrou sua força,
vencendo por 3-0 e conquistando a medalha de ouro. A equipe contou com grandes
jogadores da época, como Andrade, Cea, Petrone, Scarone, Nasazzi e Santos
Urdinarán. A equipe do Uruguai realizou 5 jogos, obteve 5 vitórias, marcou 20
gols e sofreu apenas 2. Petrone, com 7 gols, Scarone, com 5, e Cea, com 4,
foram os goleadores da equipe. Romano, com 3 gols e Vidal, com apenas 1,
completaram a lista dos jogadores que marcaram gols para o Uruguai. Em 1928, em
Amsterdã, Holanda, o Uruguai novamente limitou-se a uma medalha de ouro, e de
novo com a equipe masculina de Futebol, que iniciou sua campanha com uma
vitória por 2-0 diante da anfitriã Holanda. Nas quartas-de-finais, o Uruguai
passou fácil pela Alemanha, com um resultado de 4-1. Na semifinal, o Uruguai
enfrentou a forte Itália, mas conseguiu derrotá-la por 3-2, embora estivesse
vencendo por 3-1 já no primeiro tempo. A final ocorreu diante da fortíssima
seleção da Argentina e só foi decidida em dois jogos, já que no primeiro jogo
houve empate em 1-1. Na segunda partida, o Uruguai conseguiu uma heroica
vitória por 2-1, conquistando sua segunda medalha olímpica de ouro no Futebol
masculino. A equipe uruguaia teve uma campanha bem menos eficiente do que há
quatro anos, jogando 5 partidas, vencendo 4 e empatando uma, marcando 12 gols e
sofrendo 5. Novamente, os maiores goleadores do time foram Petrone, com 4 gols,
e Scarone, com 3. Em 1932, em Los Angeles, EUA, o Uruguai se fez representar e
obteve apenas uma medalha de bronze, feito de Guillermo Douglas na prova
masculina de esquife individual no Remo. Douglas chegou muito atrás do
australiano Pearce, ouro, e do norte-americano Miller, prata, completando o
percurso em 8:13.6 min, mais de 28s atrás dos outros dois medalhistas. Em 1936,
o Uruguai não obteve qualquer medalha nos Jogos de Berlim, mas retornou ao
pódio em 1948, em Londres, Reino Unido, com 2 medalhas, uma de prata e outra de
bronze, ambas no Remo. Eduardo Risso ficou em segundo lugar na prova individual
de esquife, com a marca de 7:38.2 min, derrotado pelo australiano Mervyn Wood
por 13.8s de diferença, garantindo a medalha de prata. Já a medalha de bronze
foi obtida por Juan Rodriguez e William Jones, terceiros colocados na prova de
esquife duplo. Jones e Rodriguez completaram a prova em 7:12.4 min, ficando
mais de 20 segundos atrás do barco do Reino Unido, medalha de ouro. Em 1952, em
Helsinque, Finlândia, o Uruguai colecionou mais 2 medalhas de bronze, uma no
Basquetebol e outra no Remo. Miguel Seijas e Juan Rodriguez obtiveram a
terceira colocação na prova de esquife duplo no Remo, com um resultado de
7:43.7 min, bem atrás da URSS, prata, e da Argentina, ouro. Rodriguez, bronze
em 1948, novamente chegou ao pódio, mas com outro companheiro. A outra medalha
de bronze foi obtida pela aguerrida equipe masculina de Basquetebol, que ficou
conhecida pela violência de seus jogadores. Na primeira fase, derrotou a
Tchecoslováquia com dificuldades, 53-51, e a Hungria, 70-56, mas não resistiu a
forte equipe dos EUA, perdendo por 44-57. Na fase de quartas-de-finais, perdeu
para a França, 66-68, mas obteve vitórias diante da Bulgária, 62-54, e da
Argentina, 66-65. Na semifinal, depois de uma verdadeira guerra contra a União
Soviética, acabou derrotado, 57-61. Na disputa pela medalha de bronze,
novamente encontrou a Argentina pela frente e assegurou mais uma vitória e a
medalha de bronze, com um resultado de 68-59. Ao todo, a equipe realizou 8
jogos, obtendo 5 vitórias e 3 derrotas. Em 1956, em Melbourne, Austrália, o
Uruguai mais uma vez chegou ao pódio no Basquetebol masculino e novamente com a
medalha de bronze, a única do país naquela edição dos Jogos. Na primeira fase a
equipe obteve vitórias diante da Bulgária, 70-65, de Formosa, 85-62, e da
Coreia do Sul, 83-60. Na fase de quartas-de-finais, bateu as Filipinas, 79-70,
e o Chile, 80-73, mas caiu diante da França, 62-66. Mesmo assim, garantiu vaga
na semifinal, tendo sido batido largamente pela poderosíssima equipe dos EUA
por 38-101. Na decisão pela medalha de bronze, conseguiu se vingar da França,
derrotando-a por 71-62. A equipe uruguai disputou 8 jogos, venceu 6 e perdeu 2.
Em 1960, em Roma, o Uruguai não obteve medalha, mas retornou ao pódio na edição
seguinte dos Jogos, em 1964, em Tóquio, capturando uma medalha de bronze no
torneio de Boxe. Washington Rodriguez, na categoria até 54 kg, foi o
responsável pela conquista, com vitórias diante do cambodjano Ek (5-0) e do
tcheco Slajs (RSC) nas primeiras rodadas. Nas quartas-de-finais, passou pelo
nigeriano Young (4-1), garantindo ao menos a medalha de bronze. Na semifinal,
acabou derrotado pelo japonês Takeo Sakurai, confirmando a medalha de bronze.
Após esta conquista, o Uruguai permaneceu 36 anos sem chegar a um pódio
olímpico. Em 2000, em Sidney, Austrália, voltou a sentir o gosto de uma medalha
olímpica através de Milton Wynants, que conquistou uma inédita medalha de prata
na prova masculina de pontos, no Ciclismo, somando um total de 18 pontos,
ficando atrás apenas do espanhol Juan Llaneras. O Uruguai possui uma população
pequena, mas poderia apresentar melhores resultados no cenário olímpico. Seu
número de medalhas é muito limitado e a situação fica pior ainda quando se nota
que depois de 1964, em 50 anos, o país somente conquistou uma medalha olímpica,
desempenho aquém de muitos países africanos com gravíssimos problemas
econômicos e sociais.
LIECHTENSTEIN - ANÁLISE
Liechtenstein é
um pequeno país europeu, localizado entre a Áustria e a Suíça, com população de
aproximadamente 36,2 mil habitantes. O pequeno país europeu criou seu Comitê
Olímpico Nacional em 1935 e iniciou sua participação olímpica já em 1936, tanto
nos Jogos de Inverno quanto nos de Verão. Esteve ausente dos Jogos em poucas
ocasiões, nas edições de verão de 1956 e 1980 e na de inverno de 1952. Embora
tenha uma reduzidíssima população, o país está na frente de vários outros, com
um total de 9 medalhas, 2 de ouro, todas obtidas nos Jogos Olímpicos de Inverno
e na modalidade Esqui Alpino. Liechtenstein iniciou sua presença no pódio em
1976, em Innsbruck, Áustria, com a conquista de 2 medalhas de bronze, uma delas
entre os homens, com Willi Frommelt, na prova de eslalom, e a outra com Hanni
Wenzel, na ompetição feminina de eslalom. Frommelt marcou 2:04.28 min, ficando
a 0.99s do campeão Piero Gros, da Itália. Wenzel registrou a marca de 1:32.20
min, mais de 1.5 segundos atrás da alemã Rosi Mittermaier, campeã em 1:30.54
min. Em 1980, em Lake Placid, Estados Unidos, Liechtenstein registrou o melhor
desempenho olímpico de sua história ao conquistar um total de 4 medalhas, 2 de
ouro e 2 de prata. Hanni Wenzel teve uma atuação excepcional ao conquistar 3
medalhas, 2 de ouro e 1 de prata. Foi campeã nas provas de eslalom gigante, com
a marca de 2:41.66 min, 0.46s à frente da alemã Irene Epple, e na de eslalom,
com um resultado de 1:25.09 min, eternos 1.41s à frente de outra alemã, Christa
Kinshofer, além de ficar em segundo lugar na disputa de downhill, marcando
1:38.22 min, 0.70s atrás da austríaca Annemarie Moser-Pröll. Entre os homens, o
desempenho de Liechtenstein foi bem mais modesto, com apenas a medalha de prata
obtida por Andreas Wenzel na prova de eslalom gigante. Andreas marcou 2:41.49
min, 0.75s atrás do sueco Ingemar Stenmark. Andreas e Hanni são irmãos. Em
1984, em Sarajevo, Iugoslávia, Liechtenstein novamente chegou ao pódio, mas de
forma bem discreta, com apenas 2 medalhas de bronze. Andreas Wenzel ficou em
terceiro lugar na prova masculina de eslalom gigante, marcando 2:41.75 min,
resultado 0.57s pior do que o alcançado pelo campeão Max Julen, da Suíça. Entre
as mulheres, Ursula Konzett alcançou a medalha de bronze na prova de eslalom,
com a marca de 1:37.50 min, 1.03s atrás da campeã paoletta Magoni, da Itália.
Em 1988, em Calgary, Canadá, Liechtenstein obteve sua última medalha olímpica,
quando Paul Frommelt obteve a terceira posição na disputa masculina de eslalom,
com um resultado de 1:39.84 min, 0.37s atrás do campeão Alberto Tomba, da
Itália. Paul é irmão de Willy, medalhista em 1976. Curiosamente, eles encabeçam a lista de primeiro e último medalhista do país. Liechtenstein viveu um grande período olímpico entre 1976 e 1988, mas
não há expectativas de que volte aos bons tempos.
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segunda-feira, 1 de abril de 2013
FILIPINAS - ANÁLISE
As Filipinas são
um país formado por um vasto arquipélago localizado na Ásia e com população de
cerca de 92.3 milhões de habitantes. Declarou sua independência em 1898, mas a
mesma só foi reconhecida em 1946. As Filipinas participam dos Jogos Olímpicos de
Verão desde 1924, na edição de Paris, França. Desde então, esteve ausente
apenas dos Jogos de 1980, em Moscou, antiga URSS. Nos Jogos Olímpicos de
Inverno, as Filipinas competiram nas edições de 1972, 1988 e 1992. O país soma
um total de 9 medalhas olímpicas, mas nunca conseguiu subir no local mais alto
do pódio. Em 1928, em Amsterdã, Holanda, as Filipinas conquistaram sua primeira
medalha olímpica quando o nadador Teofilo Yldefonzo ficou em terceiro lugar na
prova masculina de 200m, estilo peito, na Natação. Yldefonzo completou a prova
em 2:56.4 min e garantiu uma medalha de bronze a seu país. O japonês Yoshiyuki Tsuruta
venceu a prova em 2:48.8 min. Em 1932, em Los Angeles, EUA, as Filipinas
aproveitaram a crise mundial que havia comprometido boa parte das delegações de
vários países, principalmente os europeus. O país conseguiu o melhor desempenho
de sua história ao conquistar um total de 3 medalhas, todas de bronze. As
conquistas ocorreram em 3 esportes diferentes: Atletismo, Natação e Boxe. No
Atletismo, Simeon Toribio garantiu a terceira colocação na prova masculina de
salto em altura, com a marca de 1.97m, mesmo resultado do campeão Duncan
McNaughton, do Canadá, e do medalhista de prata Robert van Osdel, dos EUA. No
Boxe, José Villanueva ficou em terceiro lugar na categoria até 54 kg, com um
retrospecto de 2 vitórias e 1 derrotas nos 3 combates que realizou. Derrotou o
japaonês Nakao, nas quartas-de-finais, mas perdeu para o canadense Horace Gwynne
na semifinal. Na disputa pela medalha de bronze, bateu o norte-americano Joseph
Lang por pontos. Villanueva iniciou a tradição filipina de obter medalhas
olímpicas no Boxe. Na Natação, Teofilo Yldefonzo novamente ficou na terceira
posição na prova masculina de 200m, estilo peito. Dessa vez, registrou a marca
de 2:47.1 min. Foi superado pelos japoneses Yoshiyuki Tsuruta, novamente, que
marcou 2:45.4 min, e Reizo Koike. Em 1936, em Berlim, Alemanha, as Filipinas
novamente conquistaram uma medalha de bronze no Atletismo, a única do país nos
Jogos. Miguel White ficou em terceiro lugar na prova masculina de 400m com
barreiras com a boa marca de 52.8s, sendo superado apenas pelo norte-americano
Glenn Hardin (52.4s) e pelo canadense John Loaring (52.7s). Após esta conquista,
as Filipinas ficaram 28 anos sem subir no pódio, retornando ao mesmo apenas em
1964, nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão. O país obteve apenas uma medalha,
de prata, no torneio masculino de Boxe. Antony Villanueva ficou em segundo
lugar na categoria até 57 kg, com 4 vitórias e uma derrota. Enfrentou países
tradicionais na modalidade. Derrotou o italiano Girgenti na primeira rodada, o
marroquino Hassen nas oitavas-de-finais e o polonês Gutman nas
quartas-de-finais. A vitória diante do polonês garantiu-lhe ao menos a medalha
de bronze. Na semifinal, bateu o norte-americano Charles Brown, por pontos,
4-1. Na final, acabou derrotado pelo soviético Stanislav Stepashkin por pontos,
3-2. Antony atingiu a posição mais alta do pódio olímpico na história das
Filipinas e seu resultado serviu para homenagear seu pai, Jose, medalhista em
1932. Novamente as Filipinas passaram por um grande jejum de medalhas, ficando
fora do pódio de 1968 a 1984, inclusive boicotando os Jogos de 1980 em Moscou,
URSS. Em 1988, em Seul, Coreia do Sul, o país novamente retornou ao pódio e
novamente com o Boxe. Leopoldo Serantes obteve a medalha de bronze na categoria
até 48 kg, com um resultado de 3 vitórias e 1 derrota. Bateu o egípcio Hassan,
na primeira rodada, Stewart, da Libéria, nas oitavas-de-finais, e o marroquino
Mijirich, nas quartas-de-finais, garantindo ao menos a medalha de bronze,
confirmada após perder para o búlgaro Ismail Husseinov (Ivailo Marinov
Khristov) na semifinal. Em 1992, em Barcelona, Espanha, as Filipinas novamente
chegaram ao pódio e mais uma vez com o Boxe, que garantiu uma medalha de bronze
com a atuação de Roel Velasco na categoria até 48 kg. Velasco derrotou o
queniano Wanene (16-1) na primeira rodada, o indiano Prasad (15-6) nas
oitavas-de-finais, e garantiu a medalha de bronze com uma vitória sobre o
britânico Rowan Williams por 17-6. Na semifinal, não resistiu ao cubano Rogelio
Marcelo García, que o derrotou por nocaute técnico no primeiro assalto. Em
1996, em Atlanta, EUA, as Filipinas obtiveram sua última medalha olímpica quando
Mansueto Velasco ficou em segundo lugar na categoria até 48 kg no torneio
masculino de Boxe. Velasco obteve 4 vitórias e 1 derrota. Na primeira rodada,
passou pelo chinês de Taiwan Chih-Hsiu Tsai, por nocaute técnico no primeiro
assalto. Nas oitavas-de-finais, derrotou o cubano Yosvani Aguilera (14-5), e
garantiu posição no pódio ao bater o marroquino Berhili nas quartas-de-finais.
Na semifinal, massacrou o espanhol Rafael Lozano (22-10), mas não foi
adversário para o búlgaro Daniel Petrov na disputa da medalha de ouro, perdendo
por 6-19. Mansueto Velasco é irmão mais novo de Roel Velasco. Ambos foram
medalhistas olímpicos pelas Filipinas. De uma forma geral, podemos afirmar que
o esporte filipino está estagnado, pois o país já está há exatas quatro edições
olímpicas sem subir no pódio. Em 2016 completará um jejum de 20 anos sem medalha.
Parece difícil acreditar que o país obterá alguma medalha, mas se isso ocorrer
provavelmente ela virá do Boxe, responsável por 5 das 9 medalhas do país.
Aliás, após a Segunda Guerra Mundial, o país só obteve 4 medalhas olímpicas.
Mais da metade de suas medalhas foram conquistadas entre 1928 e 1936.
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