sábado, 27 de abril de 2013

PAQUISTÃO - ANÁLISE











O Paquistão é um país asiático com população de cerca de 180 milhões de habitantes. Foi concebido nos anos 30 como forma de separar os muçulmanos da Índia. Em 1947, declarou sua independência em relação ao Reino Unido e em 1956 estabeleceu sua República Islâmica. Desde sua independência, o Paquistão tem participado dos Jogos Olímpicos, esteeiando, portanto, na edição de 1948, curiosamente, em Londres, Reino Unido. Seguindo a tradição da Índia, o Paquistão também se destacou no Hóquei sobre a grama, respnsável por 8 de suas 10 medalhas olímpicas,  e rivalizou com o vizinho, principalmente nos anos 50 e 60. O Paquistão esteve ausente apenas da edição olímpica de 1980, quando apoiou o boicote patrocinado pelos EUA aos Jogos Olímpicos de Moscou, disputados na então União Soviética. Nos Jogos Olímpicos de Inverno, o país iniciou sua participação somente em 2010, em Vancouver, Canadá. O Paquistão não obteve medalha nas edições de 1948 e 1952, mas conquistou sua primeira medalha olímpica em 1956, em Melbourne, Austrália. Sua equipe masculina de Hóquei sobre a grama conquistou a medalha de prata, perdendo a final para a Índia. Na fase de classificação, derrotou a Bélgica, 2-0, e a Nova Zelândia, 5-1, mas empatou com a Alemanha, 0-0, o suficiente para garantir a primeira posição de seu grupo. Na semifinal, derrotou o Reino Unido por 3-2, mas caiu na final, diante da Índia, por 0-1, ficando com a medalha de prata. O Paquistão somou 5 jogos, 3 vitórias, 1 empate e 1 derrota.Marcou 10 gols e sofreu 4. Em 1960, em Roma, Itália, o Paquistão realizou sua melhor participação olímpica na história ao conquistar 2 medalhas, 1 de ouro e outra de bronze. Foi a única vez que o país subiu mais de uma vez ao pódio numa edição olímpica. A equipe masculina de Hóquei sobre a grama conquistou a inédita medalha de ouro, conseguindo quebrar a seqüência de vitórias da poderosa Índia, campeã de 1928 a 1956. Na primeira fase, o Paquistão arrasou seus adversários, com vitórias diante de Austrália, 3-0, Polônia, 8-0, e Japão, 10-0. Nas quartas-de-finais, passou pela Alemanha, com o difícil placar de 2-1. Na semifinal, obteve outra difícil vitória, 1-0 diante da Espanha. Na final, diante da Índia, obteve nova vitória por 1-0. Ao todo, o Paquistão venceu todos os seus 6 jogos, marcou 25 gols e sofreu apenas 1. A medalha de bronze foi obtida na Luta Livre, na categoria meio-média, até 73 kg, por Mohammad Bashir, que obteve vitórias do britânico Amey, por derubada e do argentino Rolon, por pontos, em seus primeiros combates. Na terceira rodada, perdeu para o iraniano Gondarzi, por pontos. Na quarta-rodada, bateu o suíço Bruggmann por derrubada. Depois superou o italiano De Vescovi, por pontos. Na fase final, perdeu para o turco Ogan e para o norte-americano Blubaugh, ambas por pontos. Em 1964, em Tóquio, Japão, o Paquistão novamente ficou com a medalha de prata no torneio masculino de Hóquei sobre a grama, a sua única nos Jogos. Na primeira fase, a equipe paquistanesa venceu dos seus 6 jogos, batendo, na seqüência, Austrália (2-1), Quênia (5-2), Japão (1-0), Reino Unido (1-0), Rodésia (6-0) e Nova Zelândia (2-0). Na semifinal, bateu facilmente a Espanha por 3-0. Porém, na final, perdeu para a grande rival Índia por 1-0, limitando-se à medalha de prata. Em 1968, na Cidade do México, México, o Paquistão voltou a conquistar a medalha de ouro no torneio masculino de Hóquei sobre a grama, sua única nos Jogos. A equipe paquistanesa venceu todos os seus 7 jogos na fase de classificação, passando por Holanda (6-0), França (1-0), Austrália (3-2), Argentina (5-0), Reino Unido (2-1), Malásia (4-0) e Quênia (2-1). Na semifinal, venceu a Alemanha por 1-0, num jogo dificílimo. Na final, o Paquistão garantiu a medalha de ouro ao bater novamente a Austrália, dessa vez por 2-1. Em 1972, em Munique, Alemanha Ocidental, o Paquistão novamente conquistou apenas uma medalha de prata e novamente no Hóquei sobre a grama masculino. Porém, dessa vez não perdeu para a rival Índia, mas sim para a anfitriã Alemanha Ocidental. Na primeira fase, obteve 5 vitórias, 1 empate e 1 derrota. Derrotou a França (3-0), empatou com a  Espanha (1-1), passou por Uganda (3-1), antes de cair diante da anfitriã Alemanha Ocidental (1-2). A seguir, obteve vitórias diante de Argentina (3-1), Malásia (3-0) e Bélgica (3-1). Na semifinal, passou pela rival Índia, por 2-0, garantindo ao menos a medalha de prata. Na final, acabou perdendo para a anfitriã Alemanha Ocidental por 0-1, confirmando a medalha de prata. Curiosamente, já havia perdido para os alemães na primeira fase, por 1-2. Em 1976, em Montreal, Canadá, o Paquistão obteve apenas uma medalha de bronze, mais uma vez com o Hóquei sobre a grama. A equipe paquistanesa obteve 3 vitórias e um empate na fase de classificação. Derrotou a Bélgica (5-0), empatou com a Espanha (2-2) e venceu a Alemanha Ocidental (4-2) e a Nova Zelândia (5-2). Porém, na semifinal, perdeu para a Austrália, 1-2. Na decisão da medalha de bronze, bateu a Holanda por 3-2, chegando mais uma vez ao pódio. Em 1980, o Paquistão apoiou o boicote dos Estados Unidos aos Jogos Olímpicos de Moscou, na então União Soviética. Após essa ausência, retornou com força total para os Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984, nos EUA, onde conquistaram uma única medalha, a de ouro do torneio masculino de Hóquei sobre a grama. A equipe paquistanesa obteve 2 vitórias e 3 empates na fase de clasisficação. Empatou com a Nova Zelândia (3-3), derrotou o Quênia (3-0), empatou com a Holanda (3-3), arrasou o Canadá (7-0) e empatou com o Reino Unido (0-0). Na semifinal, conseguiu uma convincente vitória diante da Austrália, por 3-0. Na final, novamente confirmou sua força ao bater a Alemanha Ocidental por 3-1. Hassan Sardar, com 10 gols, foi o principal goleador da equipe, seguido por Manzoor Hussain, com 5 gols. Em 1988, em Seul, Coreia do Sul, o Paquistão obteve apenas uma medalha olímpica de bronze, curiosamente no torneio de Boxe. A equipe masculina de Hóquei sobre a grama ficou de fora do pódio pela primeira vez, exceto por causa do boicote de 1980, desde 1956. A medalha do Boxe foi conquistada por Hussain Shah Syed, na categoria média, até 75 kg. Syed derrotou o mexicano Amarillas (3-2) na segunda rodada, o representante de Zaire, Kabongo, nas oitavas-de-finais (5-0), e garantiu ao menos a medalha de bronze ao derrotar o húngaro Fuzesy (3-2) nas quartas-de-finais. Porém, na semifinal, perdeu para o canadense Egerton Marcus (1-4). De certa forma, foi favorecido pelo boicote de Cuba aos Jogos de Seul. Em 1992, em Barcelona, Espanha, o Paquistão obteve sua última medalha olímpica ao ficar em terceiro lugar no torneio masculino de Hóquei sobre a grama. Depois dessa medalha, o Paquistão nunca mais subiu num pódio olímpico. A equipe paquistanesa de hóquei realizou uma excelente campanha na primeira fase ao vencer todos os seus 5 jogos. Obteve vitórias diante de Malásia (4-1), Nova Zelândia (1-0), Equipe Unificada (6-2), antiga URSS,  Holanda (3-2) e Espanha (6-1). Na semifinal, perdeu para a Alemanha por 1-2, mas garantiu a medalha de bronze ao bater a Holanda por 4-3. Depois dos Jogos de Barcelona, o Paquistão nunca mais voltou ao pódio olímpico em qualquer esporte, ficando sem medalha de 1996 a 2012. Para um dos países mais populosos do mundo, seu desempenho é simplesmente desapontador e não há perspectivas de melhora para as próximas edições olímpicas.   




 

quarta-feira, 17 de abril de 2013

TUNÍSIA - ANÁLISE


A Tunísia é um país africano, localizado no norte do continente, com população de aproximadamente 10,7 milhões de habitantes. Tornou-se independente da França em 20 de Março de 1956 e declarou sua república em 25 de julho de 1957, ano em que também foi criado seu comitê olímpico nacional. A Tunísia inciou sua participação olímpica em 1960, em Roma, Itália. Desde então, ausentou-se dos Jogos somente na edição de 1980, apoiando o boicote dos Estados Unidos aos Jogos Olímpicos de Moscou, antiga URSS. Nunca participou dos Jogos de Inverno. No geral, em suas participações olímpicas, acumula um total de 10 medalhas, 3 delas de ouro. O país não demorou muito para chegar ao pódio olímpico. Em 1964, em Tóquio, Japão, obteve sua primeiras medalhas olímpicas, uma de prata, no Atletismo, e outra de bronze, no Boxe. Mohammed Gammoudi ficou em segundo lugar na prova masculina de 10.000m no Atletismo, com um resultado de 28:24.8 min, apenas 0.4s atrás do surpreendente norte-americano William Mills, que nem era cotado como medalhista para a prova. A outra medalha da Tunísia foi obtida por Habib Galhia, que ficou em terceiro lugar na categoria até 63,5 kg do torneio masculino de Boxe. Galhia derrotou o holandês Gerlach (3-2) na segunda rodada. Nas oitavas-de-finais, derrotou Omparsad, do Nepal, por nocaute. Nas quartas-de-finais, obteve outro nocaute, dessa vez contra o cubano Betancourt. Com o resultado, Galhia garantiu a medalha de bronze, oficializada após perder para o soviético Yevgeni Frolov, nas semifinais, por 5-0. Em 1968, na Cidade do México, no México, a Tunísia conseguiu melhorar seu desempenho, novamente somando 2 medalhas, mas uma de ouro e uma de bronze. Ambas foram conquistadas pelo corredor Mohammed Gammoudi, que venceu a prova de 5.000m e ficou em terceiro lugar na de 10.000m. Na prova de 5.000m, Gammoudi registrou um tempo de 14:05.0 min, superando o queniano Kipchoge Keino por somente 0.2s. Com o resultado, tornou-se o primeiro campeão olímpico da história de seu país. Na prova de 10.000m, obteve a marca de 29:34.2 min, ficando apenas na terceira posição, 6.8s atrás do queniano Naftali Temu, medalhista de ouro, e 6.2s atrás do etíope Mamo Wolde, medalhista de prata. Gammoudi ajudou a Tunísia a registrar o melhor desempenho olímpico de sua história até então, algo que só mudaria em 2012. Em 1972, em Munique, Alemanha Ocidental, a Tunísia obteve apenas uma medalha de prata. Novamente o feito coube ao corredor Mohammed Gammoudi, que ficou em segundo lugar na prova masculina de 5.000m no Atletismo. Gammoudi registrou a marca de 13:27.4 min, perdendo apenas para o finlandês Lasse Viren, campeão em 13:26.4 min. Gammoudi tornou-se o maior medalhista da história da Tunísia, com 4 medalhas, 1 de ouro, 2 de prata e 1 de bronze. Depois do bom período proporcionado por Gammoudi, a Tunísia demorou para retornar ao pódio olímpico, algo ocorrido somente em 1996, nos Jogos Olímpicos de Atlanta, nos Estados Unidos. Na ocasião, a Tunísia limitou-se a uma medalha de bronze conquistada no torneio masculino de Boxe. Fethi Missaoui ficou na terceira posição na categoria até 63.5 kg. Missaoui derrotou o australiano Trautsch na primeira rodada (25-9). Nas oitavas-de-finais, passou pelo irlandês Barrett (18-6). Nas quartas-de-finais, teve um difícil combate contra o argelino Mohamed Alalou, vencendo-o por apenas 16-15. Com a medalha de bronze garantida, Missaoui enfrentou o alemão Oktay Urkal nas semifinais, perdendo facilmente por 6-20. Depois deste retorno ao pódio olímpico, a Tunísia passou em branco nos Jogos de 2000 e 2004. Porém, em 2008, nos Jogos de Beijing, na China, retornou novamente ao pódio e para receber uma medalha de ouro. O autor da façanha foi o nadador Oussama Mellouli, que venceu a prova masculina de 1.500m, estilo livre, com o excelente tempo de 14:40.84 min. Foi a primeira medalha olímpica do país na Natação. Mellouli superou o australiano Grant Hackett, que buscava o tricampeonato olímpico, por 0.69s de diferença. Em 2012, em Londres, Reino Unido, a Tunísia realizou a melhor campanha olímpica de sua história ao conquistar um total de 3 medalhas, 1 de ouro, 1 de prata e 1 de bronze. As medalhas foram conquistadas por Oussama Mellouli, que chegou 2 vezes ao pódio na Natação masculina, e por Habiba Ghribi, medalhista no Atletismo feminino. Habiba Ghribi ficou em segundo lugar na prova feminina de 3.000m com obstáculos, com a marca de 9:08.37 min, 1.65s atrás da russa Yuliya Zaripova, garantindo a medalha de prata e se tornando a primeira mulher da história da Tunísia a chegar a um pódio olímpico. Oussama Mellouli, por sua vez, não conseguiu repetir sua vitória na prova masculina de 1.500m, estilo livre, na Natação, limitando-se apenas à terceira posição, com o tempo de 14:40.31 min. Aliás, não tinha a mínima condição de vencer a prova devido à presença do poderoso chinês Sun Yang, que registrou o fantástico recorde mundial de 14:31.02 min. Entretanto, Mellouli obteve sua segunda medalha de ouro olímpica ao vencer de forma surpreendente a prova de 10 km em mar aberto, com um tempo de 1:49:55.1h, superando o favorito alemão Thomas Lurz por 3.4s de diferença. Nos Jogos de 2012 a Tunísia realizou uma excelente campanha, obtendo sua primeira medalha feminina, com Habiba Ghribi no Atletismo, registrando seu primeiro competidor a chegar a duas medalhas de ouro, com Oussama Mellouli, e conseguindo seu melhor desempenho em termos de número de medalhas, chegando 3 vezes ao pódio. A Tunísia possui potencial para realizar melhores campanhas nos Jogos Olímpicos e poderá utilizar o tripé formado por Boxe, Natação e Atletismo para atingir este objetivo. Além disso o país possui algumas possibilidades de pódio em esportes de combate. Como seus desempenhos são modestos, não seria difícil o estabelecimento de outro recorde em 2016, nos Jogos do Rio de Janeiro.    

domingo, 14 de abril de 2013

URUGUAI - ANÁLISE







O Uruguai é um país da América do Sul com cerca de 3,3 milhões de habitantes. Sua participação nos Jogos Olímpicos tem sido discreta, embora apresente como destaque suas conquistas no Futebol. O país participou dos Jogos Olímpicos de Verão pela primeira vez em 1924, em Paris, França, e desde então esteve ausente apenas na edição de 1980, quando aderiu ao boicote norte-americano aos Jogos Olímpicos de Moscou, antiga URSS. Nos Jogos de Inverno, o Uruguai esteve presente apenas na edição de 1998, em Nagano, Japão. Embora possua uma população parecida com a da Noruega, por exemplo, o Uruguai conquistou apenas 10 medalhas olímpicas, 2 de ouro, em sua história, sendo que seu melhor período ocorreu de 1924 a 1956, quando obteve 8 de suas medalhas. Em 1924, nos Jogos Olímpicos de Paris, na França, em sua estreia olímpica, o Uruguai obteve a medalha de ouro no torneio masculino de Futebol. Na primeira rodada, o Uruguai massacrou a Iugoslávia com um placar de 7-0. Na segunda rodada, o Uruguai ignorou os Estados Unidos e venceram a partida por 3-0. Nas quartas-de-finais, realizaram um excelente jogo contra a França, vencendo-a por 5-1. Na semifinal, teve um jogo duríssimo com a Holanda, conseguindo vencê-la, de virada, por 2-1, garantindo a medalha de prata. A final foi contra a Suíça, e o Uruguai novamente mostrou sua força, vencendo por 3-0 e conquistando a medalha de ouro. A equipe contou com grandes jogadores da época, como Andrade, Cea, Petrone, Scarone, Nasazzi e Santos Urdinarán. A equipe do Uruguai realizou 5 jogos, obteve 5 vitórias, marcou 20 gols e sofreu apenas 2. Petrone, com 7 gols, Scarone, com 5, e Cea, com 4, foram os goleadores da equipe. Romano, com 3 gols e Vidal, com apenas 1, completaram a lista dos jogadores que marcaram gols para o Uruguai. Em 1928, em Amsterdã, Holanda, o Uruguai novamente limitou-se a uma medalha de ouro, e de novo com a equipe masculina de Futebol, que iniciou sua campanha com uma vitória por 2-0 diante da anfitriã Holanda. Nas quartas-de-finais, o Uruguai passou fácil pela Alemanha, com um resultado de 4-1. Na semifinal, o Uruguai enfrentou a forte Itália, mas conseguiu derrotá-la por 3-2, embora estivesse vencendo por 3-1 já no primeiro tempo. A final ocorreu diante da fortíssima seleção da Argentina e só foi decidida em dois jogos, já que no primeiro jogo houve empate em 1-1. Na segunda partida, o Uruguai conseguiu uma heroica vitória por 2-1, conquistando sua segunda medalha olímpica de ouro no Futebol masculino. A equipe uruguaia teve uma campanha bem menos eficiente do que há quatro anos, jogando 5 partidas, vencendo 4 e empatando uma, marcando 12 gols e sofrendo 5. Novamente, os maiores goleadores do time foram Petrone, com 4 gols, e Scarone, com 3. Em 1932, em Los Angeles, EUA, o Uruguai se fez representar e obteve apenas uma medalha de bronze, feito de Guillermo Douglas na prova masculina de esquife individual no Remo. Douglas chegou muito atrás do australiano Pearce, ouro, e do norte-americano Miller, prata, completando o percurso em 8:13.6 min, mais de 28s atrás dos outros dois medalhistas. Em 1936, o Uruguai não obteve qualquer medalha nos Jogos de Berlim, mas retornou ao pódio em 1948, em Londres, Reino Unido, com 2 medalhas, uma de prata e outra de bronze, ambas no Remo. Eduardo Risso ficou em segundo lugar na prova individual de esquife, com a marca de 7:38.2 min, derrotado pelo australiano Mervyn Wood por 13.8s de diferença, garantindo a medalha de prata. Já a medalha de bronze foi obtida por Juan Rodriguez e William Jones, terceiros colocados na prova de esquife duplo. Jones e Rodriguez completaram a prova em 7:12.4 min, ficando mais de 20 segundos atrás do barco do Reino Unido, medalha de ouro. Em 1952, em Helsinque, Finlândia, o Uruguai colecionou mais 2 medalhas de bronze, uma no Basquetebol e outra no Remo. Miguel Seijas e Juan Rodriguez obtiveram a terceira colocação na prova de esquife duplo no Remo, com um resultado de 7:43.7 min, bem atrás da URSS, prata, e da Argentina, ouro. Rodriguez, bronze em 1948, novamente chegou ao pódio, mas com outro companheiro. A outra medalha de bronze foi obtida pela aguerrida equipe masculina de Basquetebol, que ficou conhecida pela violência de seus jogadores. Na primeira fase, derrotou a Tchecoslováquia com dificuldades, 53-51, e a Hungria, 70-56, mas não resistiu a forte equipe dos EUA, perdendo por 44-57. Na fase de quartas-de-finais, perdeu para a França, 66-68, mas obteve vitórias diante da Bulgária, 62-54, e da Argentina, 66-65. Na semifinal, depois de uma verdadeira guerra contra a União Soviética, acabou derrotado, 57-61. Na disputa pela medalha de bronze, novamente encontrou a Argentina pela frente e assegurou mais uma vitória e a medalha de bronze, com um resultado de 68-59. Ao todo, a equipe realizou 8 jogos, obtendo 5 vitórias e 3 derrotas. Em 1956, em Melbourne, Austrália, o Uruguai mais uma vez chegou ao pódio no Basquetebol masculino e novamente com a medalha de bronze, a única do país naquela edição dos Jogos. Na primeira fase a equipe obteve vitórias diante da Bulgária, 70-65, de Formosa, 85-62, e da Coreia do Sul, 83-60. Na fase de quartas-de-finais, bateu as Filipinas, 79-70, e o Chile, 80-73, mas caiu diante da França, 62-66. Mesmo assim, garantiu vaga na semifinal, tendo sido batido largamente pela poderosíssima equipe dos EUA por 38-101. Na decisão pela medalha de bronze, conseguiu se vingar da França, derrotando-a por 71-62. A equipe uruguai disputou 8 jogos, venceu 6 e perdeu 2. Em 1960, em Roma, o Uruguai não obteve medalha, mas retornou ao pódio na edição seguinte dos Jogos, em 1964, em Tóquio, capturando uma medalha de bronze no torneio de Boxe. Washington Rodriguez, na categoria até 54 kg, foi o responsável pela conquista, com vitórias diante do cambodjano Ek (5-0) e do tcheco Slajs (RSC) nas primeiras rodadas. Nas quartas-de-finais, passou pelo nigeriano Young (4-1), garantindo ao menos a medalha de bronze. Na semifinal, acabou derrotado pelo japonês Takeo Sakurai, confirmando a medalha de bronze. Após esta conquista, o Uruguai permaneceu 36 anos sem chegar a um pódio olímpico. Em 2000, em Sidney, Austrália, voltou a sentir o gosto de uma medalha olímpica através de Milton Wynants, que conquistou uma inédita medalha de prata na prova masculina de pontos, no Ciclismo, somando um total de 18 pontos, ficando atrás apenas do espanhol Juan Llaneras. O Uruguai possui uma população pequena, mas poderia apresentar melhores resultados no cenário olímpico. Seu número de medalhas é muito limitado e a situação fica pior ainda quando se nota que depois de 1964, em 50 anos, o país somente conquistou uma medalha olímpica, desempenho aquém de muitos países africanos com gravíssimos problemas econômicos e sociais.   





LIECHTENSTEIN - ANÁLISE





Liechtenstein é um pequeno país europeu, localizado entre a Áustria e a Suíça, com população de aproximadamente 36,2 mil habitantes. O pequeno país europeu criou seu Comitê Olímpico Nacional em 1935 e iniciou sua participação olímpica já em 1936, tanto nos Jogos de Inverno quanto nos de Verão. Esteve ausente dos Jogos em poucas ocasiões, nas edições de verão de 1956 e 1980 e na de inverno de 1952. Embora tenha uma reduzidíssima população, o país está na frente de vários outros, com um total de 9 medalhas, 2 de ouro, todas obtidas nos Jogos Olímpicos de Inverno e na modalidade Esqui Alpino. Liechtenstein iniciou sua presença no pódio em 1976, em Innsbruck, Áustria, com a conquista de 2 medalhas de bronze, uma delas entre os homens, com Willi Frommelt, na prova de eslalom, e a outra com Hanni Wenzel, na ompetição feminina de eslalom. Frommelt marcou 2:04.28 min, ficando a 0.99s do campeão Piero Gros, da Itália. Wenzel registrou a marca de 1:32.20 min, mais de 1.5 segundos atrás da alemã Rosi Mittermaier, campeã em 1:30.54 min. Em 1980, em Lake Placid, Estados Unidos, Liechtenstein registrou o melhor desempenho olímpico de sua história ao conquistar um total de 4 medalhas, 2 de ouro e 2 de prata. Hanni Wenzel teve uma atuação excepcional ao conquistar 3 medalhas, 2 de ouro e 1 de prata. Foi campeã nas provas de eslalom gigante, com a marca de 2:41.66 min, 0.46s à frente da alemã Irene Epple, e na de eslalom, com um resultado de 1:25.09 min, eternos 1.41s à frente de outra alemã, Christa Kinshofer, além de ficar em segundo lugar na disputa de downhill, marcando 1:38.22 min, 0.70s atrás da austríaca Annemarie Moser-Pröll. Entre os homens, o desempenho de Liechtenstein foi bem mais modesto, com apenas a medalha de prata obtida por Andreas Wenzel na prova de eslalom gigante. Andreas marcou 2:41.49 min, 0.75s atrás do sueco Ingemar Stenmark. Andreas e Hanni são irmãos. Em 1984, em Sarajevo, Iugoslávia, Liechtenstein novamente chegou ao pódio, mas de forma bem discreta, com apenas 2 medalhas de bronze. Andreas Wenzel ficou em terceiro lugar na prova masculina de eslalom gigante, marcando 2:41.75 min, resultado 0.57s pior do que o alcançado pelo campeão Max Julen, da Suíça. Entre as mulheres, Ursula Konzett alcançou a medalha de bronze na prova de eslalom, com a marca de 1:37.50 min, 1.03s atrás da campeã paoletta Magoni, da Itália. Em 1988, em Calgary, Canadá, Liechtenstein obteve sua última medalha olímpica, quando Paul Frommelt obteve a terceira posição na disputa masculina de eslalom, com um resultado de 1:39.84 min, 0.37s atrás do campeão Alberto Tomba, da Itália. Paul é irmão de Willy, medalhista em 1976. Curiosamente, eles encabeçam a lista de primeiro e último medalhista do país. Liechtenstein viveu um grande período olímpico entre 1976 e 1988, mas não há expectativas de que volte aos bons tempos.   

 


 


segunda-feira, 1 de abril de 2013

FILIPINAS - ANÁLISE

 


As Filipinas são um país formado por um vasto arquipélago localizado na Ásia e com população de cerca de 92.3 milhões de habitantes. Declarou sua independência em 1898, mas a mesma só foi reconhecida em 1946. As Filipinas participam dos Jogos Olímpicos de Verão desde 1924, na edição de Paris, França. Desde então, esteve ausente apenas dos Jogos de 1980, em Moscou, antiga URSS. Nos Jogos Olímpicos de Inverno, as Filipinas competiram nas edições de 1972, 1988 e 1992. O país soma um total de 9 medalhas olímpicas, mas nunca conseguiu subir no local mais alto do pódio. Em 1928, em Amsterdã, Holanda, as Filipinas conquistaram sua primeira medalha olímpica quando o nadador Teofilo Yldefonzo ficou em terceiro lugar na prova masculina de 200m, estilo peito, na Natação. Yldefonzo completou a prova em 2:56.4 min e garantiu uma medalha de bronze a seu país. O japonês Yoshiyuki Tsuruta venceu a prova em 2:48.8 min. Em 1932, em Los Angeles, EUA, as Filipinas aproveitaram a crise mundial que havia comprometido boa parte das delegações de vários países, principalmente os europeus. O país conseguiu o melhor desempenho de sua história ao conquistar um total de 3 medalhas, todas de bronze. As conquistas ocorreram em 3 esportes diferentes: Atletismo, Natação e Boxe. No Atletismo, Simeon Toribio garantiu a terceira colocação na prova masculina de salto em altura, com a marca de 1.97m, mesmo resultado do campeão Duncan McNaughton, do Canadá, e do medalhista de prata Robert van Osdel, dos EUA. No Boxe, José Villanueva ficou em terceiro lugar na categoria até 54 kg, com um retrospecto de 2 vitórias e 1 derrotas nos 3 combates que realizou. Derrotou o japaonês Nakao, nas quartas-de-finais, mas perdeu para o canadense Horace Gwynne na semifinal. Na disputa pela medalha de bronze, bateu o norte-americano Joseph Lang por pontos. Villanueva iniciou a tradição filipina de obter medalhas olímpicas no Boxe. Na Natação, Teofilo Yldefonzo novamente ficou na terceira posição na prova masculina de 200m, estilo peito. Dessa vez, registrou a marca de 2:47.1 min. Foi superado pelos japoneses Yoshiyuki Tsuruta, novamente, que marcou 2:45.4 min, e Reizo Koike. Em 1936, em Berlim, Alemanha, as Filipinas novamente conquistaram uma medalha de bronze no Atletismo, a única do país nos Jogos. Miguel White ficou em terceiro lugar na prova masculina de 400m com barreiras com a boa marca de 52.8s, sendo superado apenas pelo norte-americano Glenn Hardin (52.4s) e pelo canadense John Loaring (52.7s). Após esta conquista, as Filipinas ficaram 28 anos sem subir no pódio, retornando ao mesmo apenas em 1964, nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão. O país obteve apenas uma medalha, de prata, no torneio masculino de Boxe. Antony Villanueva ficou em segundo lugar na categoria até 57 kg, com 4 vitórias e uma derrota. Enfrentou países tradicionais na modalidade. Derrotou o italiano Girgenti na primeira rodada, o marroquino Hassen nas oitavas-de-finais e o polonês Gutman nas quartas-de-finais. A vitória diante do polonês garantiu-lhe ao menos a medalha de bronze. Na semifinal, bateu o norte-americano Charles Brown, por pontos, 4-1. Na final, acabou derrotado pelo soviético Stanislav Stepashkin por pontos, 3-2. Antony atingiu a posição mais alta do pódio olímpico na história das Filipinas e seu resultado serviu para homenagear seu pai, Jose, medalhista em 1932. Novamente as Filipinas passaram por um grande jejum de medalhas, ficando fora do pódio de 1968 a 1984, inclusive boicotando os Jogos de 1980 em Moscou, URSS. Em 1988, em Seul, Coreia do Sul, o país novamente retornou ao pódio e novamente com o Boxe. Leopoldo Serantes obteve a medalha de bronze na categoria até 48 kg, com um resultado de 3 vitórias e 1 derrota. Bateu o egípcio Hassan, na primeira rodada, Stewart, da Libéria, nas oitavas-de-finais, e o marroquino Mijirich, nas quartas-de-finais, garantindo ao menos a medalha de bronze, confirmada após perder para o búlgaro Ismail Husseinov (Ivailo Marinov Khristov) na semifinal. Em 1992, em Barcelona, Espanha, as Filipinas novamente chegaram ao pódio e mais uma vez com o Boxe, que garantiu uma medalha de bronze com a atuação de Roel Velasco na categoria até 48 kg. Velasco derrotou o queniano Wanene (16-1) na primeira rodada, o indiano Prasad (15-6) nas oitavas-de-finais, e garantiu a medalha de bronze com uma vitória sobre o britânico Rowan Williams por 17-6. Na semifinal, não resistiu ao cubano Rogelio Marcelo García, que o derrotou por nocaute técnico no primeiro assalto. Em 1996, em Atlanta, EUA, as Filipinas obtiveram sua última medalha olímpica quando Mansueto Velasco ficou em segundo lugar na categoria até 48 kg no torneio masculino de Boxe. Velasco obteve 4 vitórias e 1 derrota. Na primeira rodada, passou pelo chinês de Taiwan Chih-Hsiu Tsai, por nocaute técnico no primeiro assalto. Nas oitavas-de-finais, derrotou o cubano Yosvani Aguilera (14-5), e garantiu posição no pódio ao bater o marroquino Berhili nas quartas-de-finais. Na semifinal, massacrou o espanhol Rafael Lozano (22-10), mas não foi adversário para o búlgaro Daniel Petrov na disputa da medalha de ouro, perdendo por 6-19. Mansueto Velasco é irmão mais novo de Roel Velasco. Ambos foram medalhistas olímpicos pelas Filipinas. De uma forma geral, podemos afirmar que o esporte filipino está estagnado, pois o país já está há exatas quatro edições olímpicas sem subir no pódio. Em 2016 completará um jejum de 20 anos sem medalha. Parece difícil acreditar que o país obterá alguma medalha, mas se isso ocorrer provavelmente ela virá do Boxe, responsável por 5 das 9 medalhas do país. Aliás, após a Segunda Guerra Mundial, o país só obteve 4 medalhas olímpicas. Mais da metade de suas medalhas foram conquistadas entre 1928 e 1936.